Os Resíduos Hospitalares
Por: lucasleal.civil • 27/6/2017 • Trabalho acadêmico • 621 Palavras (3 Páginas) • 268 Visualizações
Introdução
Os Resíduos Sólidos Hospitalares, Resíduos de Serviços de Saúde, lixo hospitalar ou resíduo séptico, são os resíduos produzidos não somente por hospitais, também por farmácias, clínicas médicas, odontológicas e veterinárias. Esses resíduos sempre foram um problema bastante sério para os administradores hospitalares, devido principalmente à falta de informações. Hoje vamos identificar os tipos de resíduos hospitalares e suas classes, como realizar o descarte correto e ver alguns casos do mau descarte.
Separação
De acordo com a Resolução do CONAMA nº 358/05 e a Resolução ANVISA nº 306/04, os resíduos de serviços de saúde são classificados em:
Grupo A – Componentes infectantes, com possível presença de agentes biológicos, vamos ver exemplos depois;
Grupo B – Componentes que contém substâncias químicas, como medicamentos apreendidos, vencidos, reagentes de laboratório, e resíduos contendo metais pesados;
O Treinamento e a Classificação são de exigência e responsabilidade do CONAMA (conselho nacional do meio ambiente), esse treinamento visa adequar os estabelecimentos às normas de tratamento do lixo hospitalar, normas estabelecidas pela Lei Federal nº 237. Conforme essa lei, os hospitais têm um prazo para apresentar um Plano de Gerenciamento dos Resíduos, e com isso obter um licenciamento ambiental. Caso não consiga o licenciamento, ficam sujeitos à multas diárias de R$ 140,00, cobrados pela Vigilância Sanitária.
Lixos Infectantes - Classe A
Resíduos do Grupo A (apresentam risco devido à presença de agentes biológicos):
- Sangue hemoderivados;
- Excreções, secreções e líquidos orgânicos;
- Meios de Cultura;
- Tecidos, órgãos, fetos e peças anatômicas;
- Filtros de gases aspirados de áreas contaminadas;
- Resíduos advindos de área de isolamento;
- Resíduos alimentares de área de isolamento;
- Resíduos de laboratório de análises clínicas;
- Resíduos de unidade de atendimento ambiental;
- Resíduos de sanitário de unidades de internação;
- Objetos perfuro-cortantes provenientes de estabelecimentos prestadores de serviços de saúde. Os estabelecimentos deverão ter um responsável técnico, devidamente registrado em conselho profissional, para o gerenciamento de seus resíduos.
Lixos Não-Infectantes - Classe C
Especiais: Radioativos: compostos por materiais diversos, expostos à radiação; resíduos farmacêuticos, como medicamentos vencidos e contaminados; e resíduos químicos perigosos (tóxicos, corrosivos, inflamáveis, mercúrio).
Comuns: lixo administrativo, limpeza de jardins e pátios, resto de preparo de alimentos, estes não poderão ser encaminhados para alimentação de animais.
Processos de Destino
Incineração: é um típico exemplo de excesso de cuidados, trata-se da queima do lixo infectante transformando-os em cinzas, uma atitude politicamente incorreta devido aos subprodutos lançados na atmosfera como dioxinas e metais pesados.
Auto-Clave: esteriliza o lixo infectante, mas por ser muito caro não é muito utilizado. Como alternativa, o lixo infectante pode ser colocado em valas assépticas, mas o espaço para colocar todo o lixo produzido é um problema em muitas cidades.
A maioria dos hospitais tomam pouco ou quase nenhuma providência com relação às toneladas de resíduos produzidos. Muitos encaminham o seu lixo para o Departamento de Limpeza Municipal, aonde que na maioria das cidades só descartam em lixões ou aterros, ou simplesmente queimam.
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