PROBLEMÁTICA DO ABASTECIMENTO DE ÁGUA DE CATALÃO
Por: Gustavo Assunção • 28/11/2020 • Artigo • 4.126 Palavras (17 Páginas) • 110 Visualizações
PROBLEMÁTICA DO ABASTECIMENTO DE ÁGUA DE CATALÃO
Fabrício Rodrigues de Bastos[1]
Gustavo Ribeiro Assunção[2]
Hiálen Mariane Netto Rodrigues[3]
Lucas Faria Bessa4
Matheus Caetano dos Santos5
RESUMO
As causas para o problema no abastecimento de água em Catalão são diversos. Além da falta de água propriamente dita, há alguns fatores agravantes como o crescimento desorganizado da cidade, o uso inconsequente de água e as chuvas torrenciais, que fazem entupir os filtros devido à sujeira. Considerando a falta de água e os crescentes problemas de distribuição deste recurso, foram realizados estudos sobre possíveis soluções para esse problema que Catalão vem enfrentando.
Palavras-chave: Abastecimento, falta de água, soluções.
- RESUMO
As causas para o problema no abastecimento de água em Catalão são diversos. Além da falta de água propriamente dita, há alguns fatores agravantes como o crescimento desorganizado da cidade, o uso inconsequente de água e as chuvas torrenciais, que fazem entupir os filtros devido à sujeira. Considerando a falta de água e os crescentes problemas de distribuição deste recurso, foram realizados estudos sobre possíveis soluções para esse problema que Catalão vem enfrentando.
- OBJETIVOS
O objetivo deste trabalho é analisar o sistema de abastecimento da cidade de Catalão e prescrever medidas mitigadoras para solução dos problemas de abastecimento do município.
- INTRODUÇÃO
É indubitável a importância da água para a manutenção da vida no planeta. Contudo, mesmo sendo o recurso natural mais utilizado, vem sofrendo consideráveis interferências que afetam tanto qualitativa quanto quantitativamente, levando em conta a pequena parcela desse recurso que pode ser efetivamente aproveitado. Esse problema é acarretado principalmente devido ao crescimento acelerado e desordenado das cidades. Catalão é um exemplo destas cidades que vem sofrendo acelerado crescimento populacional e de atividades agrícolas e industriais, causando uma deterioração na qualidade da água e aumentando o consumo da mesma. Como consequência deste quadro tem-se por exemplo a constante falta de água em diversos bairros da cidade, levando, em situações críticas, a práticas de racionamento de água. O sistema de abastecimento de água é composto por várias etapas, iniciando-se pela captação da água, tratamento adequado para torná-la potável e, por fim a sua distribuição em quantidade suficiente para suprir as necessidades de consumo urbano, agrícola e industrial. O Ribeirão Pari/Samambaia é o principal fornecedor de água para o abastecimento urbano da cidade de Catalão, além disso, ele tem fundamental importância na produção de produtos hortifrutigranjeiros. Porém este não é a única fonte de abastecimento urbano, há também, por exemplo, captação de água subterrânea que é bombeada até a rede e representa uma considerável parcela do abastecimento.
- DISPONIBILIDADE HÍDRICA NA BACIA HIDROGRÁFICA DO RIBEIRÃO PARI/SAMAMBAIA
Professores do Departamento de Engenharia Civil da Universidade de Goiás, unidade Catalão - GO realizaram um artigo analisando a disponibilidade hídrica e o uso da água na bacia hidrográfica do Ribeirão Pari/Samambaia. O Ribeirão é de grande importância para o município, pois fornece água para o abastecimento urbano e maior parte da produção de produtos hortifrutigranjeiros da região.
Para o trabalho utilizou-se dos seguintes métodos: dados hidrológicos e climáticos, índices do crescimento populacional, estudo sistematizado da vazão da bacia, pesquisa de forma sucinta do uso e consumo no município. Com a obtenção desses dados foi possível discutir e concluir que a disponibilidade hídrica da cidade de Catalão será comprometida nos próximos anos, quando a demanda de água passar a ser maior do que a oferta. Sendo assim necessários estudos mais aprofundados da região, com o intuito de se buscar um outro manancial para dessa forma suprir a demanda dos próximos anos (SARMENTO, 2011).
- CAUSAS DO PROBLEMA DE ABASTECIMENTO
O superintendente da SAE, César Ferreira, defende que o problema de falta de água em Catalão não é de ordem estrutural da companhia. Ele argumenta que o problema é realmente a falta de água, que também afeta a zona rural e não é um problema só de Catalão, visto que 26 cidades de Goiás sofrem com o mesmo problema. Ele também destaca que o problema é agravado pelo uso insensato e indevido da água pelo moradores.
O superintendente ainda critica ações da prefeitura, como por exemplo o fato de administrações anteriores terem autorizado a instalação de 39 loteamentos sem devido estudo e execução de obras suficientes para atender o crescimento da cidade. Segundo ele, foram construídos 5 poços artesianos no bairro Ipanema, mas ainda assim há um déficit de 130 litros e água por segundo.
Porém, os problemas relacionados com a crise de água em Catalão não ficam restritos apenas à falta de água propriamente dita. A crise muitas vezes é agravada pelas chuvas torrenciais na região, que fazem com que a água captada chegue ao sistema de tratamento com muita sujeira e lama, fazendo entupir os canos e filtros. Esse contratempo pode levar a um déficit de aproximadamente 45 litros de água por segundo que deixam de ser filtrados, tratados e levados aos consumidores, gerando atraso no abastecimento. Além da falta de água, há outros problemas devido a isso, como a chegada de água de cor turva para os consumidores, gerando grande insatisfação.
Dessa forma, as constantes faltas de água na cidade, tiveram diferentes motivos, dentre eles: rompimento de adutoras, excesso de sujeira a ser infiltrada, queima do motor de bombeamento por queda de energia, rompimento da rede de captação, manutenção da rede elétrica, problemas nos equipamentos e danos gerados aos registros.
- MEDIDAS JÁ TOMADAS
Algumas medidas já foram tomadas pela SAE como forma de amenizar os problemas de falta de água. Algumas dessas alternativas foi interligar a estação de tratamento do Dimic (Distrito Industrial de Catalão), que consegue tratar 25 litros por segundo, ao seu sistema, fazendo com que diminua a falta de água em bairros mais próximos como o Santa Terezinha; e o investimento em uma nova unidade de tratamento ao lado do Morro de São João. Além dessas medidas, pode-se se destacar outra mais radical, que foi a implantação de rodízio de água na fase de crise, em que alguns bairros chegaram a ficar vários dias sem água. Nesse caso, cada bairro recebia água de 3 a 4 horas em um horário determinado.
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