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Planejamento de Coleta, Tratamento e Lançamento de Esgoto

Por:   •  24/9/2018  •  Trabalho acadêmico  •  778 Palavras (4 Páginas)  •  350 Visualizações

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PLANEJAMENTO DE COLETA, TRATAMENTO E LANÇAMENTO DE ESGOTO

O esgotamento sanitário pode ser dividido em dois segmentos, o sistema individual, podendo também ser chamado de sistema estático que é uma solução local que visa atender um número reduzidos de unidades. A outra maneira de lidar com esgotos é o sistema coletivo ou sistema dinâmico que é uma solução com afastamento dos esgotos dá área servida (Von Sperling, 1996).  

  • Sistema individual: a solução é local, sendo assim, deve ser utilizado apenas para atendimento unifamiliar ou no máximo com a junção de poucas residências em um único local. O tratamento do esgoto é realizado pelo solo, sendo assim, é necessário que o solo apresente boas condições de infiltração e que o nível da água subterrânea se encontre a uma profundidade adequada a fim de evitar contaminação. Esta solução pode ser viável para lotes com grandes áreas livres, comum no meio rural e ainda apresenta uma baixa necessidade de investimento (Von Sperling, 1996).
  • Sistema coletivo: são indicados para locais com elevada densidade populacional, como no meio urbano. A solução é a canalização para receber os esgotos de um número elevado de residências, transportando-o para um único destino final, aonde esse esgoto deve ser tratado, reduzindo seus níveis de DBO (Demanda Bioquímica de Oxigênio), para que a água residuária possa ser despejada no corpo receptor (rios ou lagos) sem alterar substancialmente seus índices de qualidade. Esta solução tem níveis econômicos altos, porém seus benefícios para a população e o meio ambiente são imensuráveis (Von Sperling, 1996).

O município de Alexânia-GO, no ano base da pesquisa, 2013, do Atlas de Esgoto da ANA (Agência Nacional de Águas), não apresenta tratamento de esgoto. Mais de 80% da população do município não conta com nenhum tipo de assistência, ou seja, sem coleta e sem tratamento, apenas 1,4% da população tem algum tipo de auxílio, com a coleta, porém sem o tratamento. Ainda existe uma parcela de 17,3% da população que faz a utilização de solução individual para a disposição de seu esgoto (ANA, 2017).

Com este alto índice de falta de tratamento os níveis de despejo de esgoto, que totalizam 19,73 L/s, são depositados em corpos receptores de forma inadequada. Em 2013 foram identificados 3 corpos receptores que são prejudicados por esta prática. A tabela X detalha os parâmetros de lançamento nos corpos receptores do município de Alexânia-GO.

Tabela X – Resumo de despejo do esgoto de Alexânia-GO em 2013.

[pic 1]

FONTE: Atlas de Esgoto, ANA, 2017

A fim de reverter tal situação existe um plano da ANA, juntamente com a prefeitura do município de Alexânia, de implementação de um sistema coletivo com a inserção de uma ETE (Estação de Tratamento de Esgoto), a ETE Sapezal, que será projetada para atender 90% da população do município, enquanto os outros 10% serão atendidos por solução individual. O plano visa contemplar a população projetada para 2035 de 28.010 pessoas (ANA, 2017). A Tabela Y expõe as características principais do projeto da ETE Sapezal.

Tabela Y – Características ETE Sapezal.[pic 2]

FONTE: Atlas de Esgoto, ANA, 2017

O corpo receptor da ETE Sapezal será o Ribeirão Cachoeira, enquadrado como classe 2 e identificado na Tabela X, possui uma alta vazão de referência, comparada com a vazão do efluente da ETE Sapezal, sendo assim não é identificado problemas de contaminação.

O investimento necessário para a realização deste empreendimento está detalhado na Tabela Z.

Tabela Z – Investimento ETE Sapezal[pic 3]

FONTE: Atlas de Esgoto, ANA, 2017

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