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Ponte Rio Niterói

Por:   •  11/6/2016  •  Trabalho acadêmico  •  1.606 Palavras (7 Páginas)  •  840 Visualizações

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1. Introdução

A ideia inicial do projeto de construção de um meio alternativo de deslocamento entre as cidades do Rio de Janeiro e Niterói, foi devido que seu trajeto que só era possível através de duas travessias, sendo uma marítima, utilizando balsas, e a outra via terrestre com um percurso com mais de 120 Km que passava pela cidade de Magé.

Com o objetivo de diminuir o tempo de travessia das cidades do Rio de Janeiro e Niterói, vários projetos entre túneis e pontes foram pensados, sendo que o projeto da Ponte Rio-Niterói, batizada de Ponte Presidente Costa e Silva, que foi concretizada para a construção é atualmente considerada umas das maiores pontes do mundo.

2. Contexto Histórico

O túnel ligando a cidade do Rio de Janeiro e Niterói foi o primeiro passo de pesquisa de um meio alternativo de ligação das cidades, sendo que devido as dificuldades de financiamento junto com ao governo inglês impediram de irem à frente estudos em andamento para construção de um túnel ferroviário, ligando o Calabouço do Rio de Janeiro ao lugar denominado Gragoatá da cidade de Niterói.

No decorrer dos anos, vários projetos de pontes foram elaborados, sendo que um dos projetos foi elaborado em 1932 pelo Engenheiro Melo Marques e outro em 1943 pelo Engenheiro Duarte de Oliveira. Dentre o ano de 1952 a 1959, foram abertas concorrências internacionais para a possível construção de um túnel, solução da época mais adequada às exigências da defesa nacional.

No ano de 1967, ao assumir a responsabilidade de transportes, o ministro Mário Andreazza trazia em seus procedimentos a decisão de construir a Ponte Rio-Niterói. Determinando um análise na documentação sobre a ligação da cidade do Rio de Janeiro e Niterói, sendo como responsável pela essa análise do estudo de viabilidade técnica e econômica a DNER (Departamento Nacional de Estrada e Rodagem).

No ano de 1968 deu-se o início a construção da ponte Rio-Niterói, sendo está, batizada de Ponte Presidente Costa e Silva que fazia parte de um conjunto de construções realizadas na época pelo Ministério dos Transportes e facilitando um meio mais viável de travessia do Rio de Janeiro e Niterói, dando continuidade da BR-101, rodovia que liga o Norte ao extremo Sul do país.

No ano de 1974 após passar por passar por duas construtoras devida a problemas de licitações e atrasos a ponte foi inaugurada em Março de 1974, a ponte ficou sob concessão de três empresas, sendo a Noronha Engenharia, Ponte S/A e CCR Ponte, hoje administrada pela Ecoponte.

3. Dados adicionais a Ponte Rio-Nitéroi

3.1. Nome e Localização

A Ponte Presidente Costa e Silva, popularmente conhecida como Ponte Rio-Niterói e uma estrutura de concreto protendido e aço que atravessa a Baía de Guanabara, ligando a cidade de Niterói e Rio de Janeiro através do mar pela BR-101.

3.2. Responsáveis pela Estrutura

O projeto estrutural da ponte foi calculado por duas empresas em conjunto, a brasileira Noronha Engenharia e a americana HNTB, sendo que os brasileiros ficaram responsáveis pelo projeto da ponte de concreto e dos acessos, enquanto a empresa americana ficou responsável pela estrutura de aço dos vãos centrais incluindo os pilares e fundação. Os principais Engenheiros responsáveis foram Antônio Alves de Noronha filho e James Grahem.

Foi necessário encontrar um trajeto onde a ponte deveria ter uma altura suficiente para permitir a passagem de navios e ao mesmo tempo não atrapalhar o trafico aéreo da região.

3.3. Custos da Obra

Para projetar e executar a obra foi necessário a realização de um empréstimos com alguns bancos britânicos no valor de US$ 22 milhões de dólares, equivalente a NCr$ 114 milhões de cruzeiros novos.

O custo total da ponte foi de aproximadamente US$ 50 milhões de dólares, equivalente a NCr$ 290 milhões de cruzeiros novos.

3.4. Objetivo da Obra

A ponte foi construída com o propósito de diminuir o tempo de viagem das cidades do Rio de Janeiro e Niterói, capacitando a passagem de mais de 15.000 mil veículos por dia que podiam transitar pelas seis faixas da ponte, diminuindo mais de 100 Km do trajeto que liga essas duas cidades.

Com o crescimento do fluxo de veículos na ponte houve a necessidade de criar duas novas faixas na ponte, assim atendendo a nova demanda que hoje é de uma média diária de dez vezes mais veículos, podendo sofrer variações.

3.5. Dimensões da Ponte Rio-Niterói

A Ponte Rio-Niterói possui 13.290 metros dos quais 8.830 metros e sobre a água, sendo que mais 10 Km de acessos.

A estrutura conta também com 3 grandes vãos centrais composto por dois de 200 metros e um de 300 metros. A região central da ponte possui altura de 72 metros para permitir a passagem de navios e reconhecida como maior estrutura de concreto protendido do Hemisfério Sul.

4. Construção da Ponte

No ano de 1969 teve inicio q construção da ponte que durou 6 anos, começando com a distribuição dos canteiros de obras principais e secundários em ilhas na Baía de Guanabara.

[pic 1]

4.1. Etapas da Construção

O projeto de construção foi dividido em três etapas: ponte sobre o mar, acesso ao Rio de Janeiro e acesso a Niterói, sendo que todas as partes foram executadas simultaneamente.

[pic 2]

4.2. Estruturas da Ponte

Estruturalmente observam-se três conjuntos:

Superestrutura - composta pelo tabuleiro e pelas pistas de rolamento. No elevado da Avenida Rio de Janeiro e nas rampas nas duas cidades foram utilizadas vigas pré-moldadas, de concreto protendido (longarinas), que se apoiam nas travessas dos pilares. Na parte marítima, utilizaram-se as aduelas nos trechos correntes e a estrutura metálica no vão central.

Mesoestrutura - formado pelos pilares e pelas travessas. Em terra, foram construídos pilares e travessas com formas preparadas no local. No mar utilizou-se o processo de "formas deslizantes", em que formas metálicas deslocavam-se à medida que o pilar ia sendo concretado.

Infraestrutura - Constituída pelas fundações e blocos de coroamento. Na parte terrestre, utilizou-se o processo tradicional: estacas cravadas em terreno resistente, capeadas por bloco de concreto. Na baía, a pequenas profundidades, utilizaram-se estacas metálicas; nas profundidades maiores utilizaram-se "ilhas flutuantes", plataformas equipadas com perfuratrizes e guindastes. Cada fundação é encimada por bloco de coroamento, em concreto.

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