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Por:   •  4/10/2015  •  Artigo  •  977 Palavras (4 Páginas)  •  176 Visualizações

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ENGENHARIA DA COMPUTAÇÃO – POLITICAS SOCIAIS E  AMBIENTAIS

MANIFESTAÇÕES CULTURAIS AFRO-BRASILEIRAS

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Guarulhos

2015

MANIFESTAÇÕES CULTURAIS AFRO-BRASILEIRAS

Trabalho apresentado ao Curso Engenharia da Computação da Faculdade ENIAC para a disciplina  Políticas Sociais e Ambientais.

Prof.

Guarulhos

2015

Respostas

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Síntese do texto: O contexto pós abolição e a atuação dos negros na sociedade brasileira.

No início do período pós abolição, a nova dificuldade dos negros eram adentrar ao mercado de trabalho livre. Para a elite brasileira, os negros deveriam ser excluídos da sociedade. Eles começaram trabalhando com limpeza de ruas, transporte de cargas e vendas de jornais, porém com o desenvolvimento econômico, os negros conseguiram entrar nas classes de trabalho operária, como em ferrovias, empresas responsáveis pela eletricidade e dos bondes, os negros participaram até de lideranças no início do movimento operário.

Na década de 1920, os trabalhadores organizados em associações políticas, reivindicaram rigorosamente seus direitos à melhores condições de trabalho, que assim conseguiram ingressar com mais intensidade no movimento operário.

Muitas dessas associações deram origens aos Grupos Carnavalescos como por exemplo o Grupo Carnavalesco Barra Funda (Camisa Verde atualmente), entre outros como Vai-Vai e Campos Elísios. A imprensa neste período costumava representar os negros de forma depreciativa e os jornais não tinham espaço para promover seus eventos das comunidades e associações negras. Os negros criaram seus próprios jornais, que se preocupavam em divulgar a exclusão vivida pelos negros e promover a solidariedade étnica.

Ao longo do século XX, os negros fundaram os grupos teatrais, como o Cia de Negra de Revistas e Cia Bataclã Preta. Também foi criado o Centro Cívico dos Palmares, com o objetivo de montar uma biblioteca de livre acesso a comunidade negra. Em 1938, num contexto autoritarismo do Estado Novo, governado por Getúlio Vargas, no qual organizações culturais e movimentos culturais eram fortemente reprimidos. Porém mesmo com o regime da ditadura de Getúlio, os sociedade culturais e clubes negros continuaram ativos e continuaram sendo incentivados pelo governo. Nas décadas de 1960 e 1970, os negros se destacaram nas lideranças de movimentos sindicais e novos grupos foram criados. Em 1978, o movimento chamado Movimento Negro Unificado (MNU) promoveram manifestações nas escadarias do Teatro Municipal de São Paulo contra o assassinato do trabalhador Robson Silveira da Luz e a proibição da entrada de negros no Clubes de Regatas Tietê. Outras manifestações foram feitas em diversos lugares do Brasil. A partir deste momento, várias organizações surgiram não somente de caráter cultural, mas políticos também, que atual até hoje pela igualdade racial, como resultado dessas batalhas surgiram Leis de cotas para negros a Lei de obrigação do ensino de História da África e cultura afro-brasileira nas escolas.


Cultura afro-brasileira

No passado e no presente, as manifestações culturais representam uma forma de resistência. Para os escravizados, preservar a língua, as músicas, as histórias e a religião trazidas da África significava não aceitar passivamente sua condição. Hoje, os movimentos negros utilizam a cultura também como uma demarcação de sua identidade e, por consequência, de sua luta. Apesar disso, muitas de suas manifestações não são conhecidas da maior parte da população. Por isso, é importante apresentá-las à turma.

A ideia do Brasil como um país miscigenado, que predominou durante boa parte do século 20, teve consequências também na negação da participação negra no que se convencionou chamar cultura brasileira. Diversas manifestações típicas dos descendentes de africanos, como o samba, foram incorporadas à perspectiva nacional e não são reconhecidas mais como originadas em grupos específicos. “A partir da década de 1930 no Brasil, houve um processo de clareamento de uma série de elementos culturais identificados com o protagonismo negro. Assim, o batuque e a feijoada deixaram de ser coisas de escravos e se tornaram símbolos nacionais, da mesma forma a capoeira, que não mais foi reprimida pela polícia, sendo considerada modalidade esportiva nacional”, explica Juliano Custódio Sobrinho, professor da Universidade Nove de Julho (Uninove).

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