RELATÓRIO DE AULA PRÁTICA: DIFUSIVIDADE EM GASES
Por: Gabriel Sperotto • 24/8/2016 • Relatório de pesquisa • 3.617 Palavras (15 Páginas) • 692 Visualizações
[pic 1]UNIOESTE – Universidade Estadual do Oeste do Paraná
Campus Toledo
RELATÓRIO DE AULA PRÁTICA
Prática 12: DIFUSIVIDADE EM GASES
Gabriel Sperotto
Rafael Maurício Urnau
TOLEDO - PARANÁ
Janeiro de 2016
Gabriel Sperotto
Rafael Maurício Urnau
Difusividade em Gases
Relatório apresentado à disciplina de Laboratório de Engenharia Química I. Universidade Estadual do Oeste do Paraná - Campus de Toledo.
Prof.ª Dra. Veronice Slusarski Santana
TOLEDO – PARANÁ
RESUMO
Processos de transferência de massa possuem grande importância para a maioria dos processos industriais, sendo assim, a difusividade aparece como um dos principais processos de transferência de massa. Esta prática teve como objetivo o estudo dos processos difusividade por meio da análise da evaporação de diferentes líquidos a sob condições ambiente. Para o experimento foram adicionados individualmente diferentes líquidos em tubos capilares e seguida foi feita a análise da variação da altura dos líquidos em função do tempo. Além disso, foi feito o controle das temperaturas, sendo essas as de bulbos úmido e seco. Neste experimento, os líquidos utilizados foram o diclorometano e a acetona, sendo considerados duas substâncias polares. Foi determinado os valores de difusividade de ambas a substâncias, considerando-se o ar como uma substância e em seguida, como uma mistura bi componente. Os valores experimentais encontrados para as difusividades da acetona e do diclorometano foram de 0,1067 e 0,1136 cm² s-1, respectivamente considerando o ar como uma substancia pura. Já considerando o ar como uma mistura bi componente, os valores obtidos para as difusividade foi de 0,10004 e 0,1024 cm² s-1, os quais ficaram significativamente próximo dos valores teóricos das difusividade para ambas as substancias, apresentando erros de apenas 1 e 0%, quando comparado com os valores teóricos, o que demonstra uma possível atenuação no erro, ao considerar as diferentes interações entre os líquidos estudados e o oxigênio e nitrogênio, presentes no ar atmosférico.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
A partir dos dados coletados experimentalmente construiu-se a Tabela 1, esta contendo hora de coleta, temperatura de bulbo seco (TBS) e bulbo úmido (TBU) e a altura da coluna de ar (h) dentro de cada tubo referente as duas substâncias estudadas, acetona e diclorometano.
Tabela 1 – Dados experimentais
Dia | Hora | TBU (ºC) | TBS (ºC) | h acetona (cm) | h diclorometano (cm) |
01/12 | 16:40 | 23 | 24,5 | 16,0 | 17,6 |
02/12 | 11:50 | 24 | 24,6 | 16,4 | 18,4 |
18:10 | 23 | 23,9 | 16,7 | 18,8 | |
03/12 | 07:40 | 20 | 21,5 | 16,9 | 19,3 |
17:32 | 23 | 24,1 | 17,0 | 19,8 | |
04/12 | 08:30 | 21 | 22,2 | 17,5 | 20,4 |
18:28 | 21 | 21,7 | 17,8 | 21,0 | |
05/12 | 14:00 | 21 | 22,6 | 18,2 | 21,7 |
06/12 | 14:55 | 22 | 23,1 | 18,7 | 22,6 |
07/12 | 08:22 | 19 | 21,6 | 19,0 | 23,2 |
19:20 | 23 | 25,2 | 19,1 | 23,4 | |
08/12 | 10:15 | 23 | 24,2 | 19,5 | 24,0 |
16:00 | 24 | 26,4 | 19,6 | 24,3 | |
Média | - | 22,1 | 23,5 | - | - |
De acordo com Wolfram Alpha (2015), a pressão média durante os dias de coleta foi equivalente a 1014 hPa (760,6 mmHg = 1,0007 atm).
Para determinação da difusividade teórica, antes estudou-se a polaridade de ambas as substâncias. Primeiro, no caso da acetona, sua geometria é trigonal plana, como consequência da hibridação sp2 do carbono central. A molécula, o plano, os dipolos e o dipolo resultante são esquematizados na Figura 1, onde se percebe claramente que o oxigênio drena a densidade eletrônica do conjunto H3C-C-CH3, resultando num dipolo permanente (em vermelho na figura) no sentido R2Cδ+Oδ- (R = metila). Como consequência a acetona é uma molécula polar.
[pic 2]
Figura 1 – Geometria e vetor resultado do momento dipolo da acetona
Agora para o diclorometano, um solvente muito utilizado em laboratório, cuja fórmula é CH2Cl2, de estrutura tetraédrica. Respeitando as eletronegatividades relativas dos átomos, é possível notar a polaridade através do vetor resultante do momento dipolo, como exposto na Figura 2.
[pic 3]
Figura 2 – Geometria e vetor resultante do momento dipolo para o diclorometano
A obtenção dos valores teóricos dos coeficientes de difusividades em gases para fins de comparação com os experimentais foram calculados a partir da Equação de Chapman-Enskog. Obtendo-se da literatura os valores necessários para os termos da correlação, utilizando-se a temperatura média de bulbo seco (23,5°C = 296,65 K) e considerando os modelos de Lennard-Jones e Neufeld .
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