RESTAURAÇÃO DE PAVIMENTOS UMA PROPOSTA DE ADEQUAÇÃO AO DIMENSIONAMENTO DO REFORÇO

Alunos: Guilherme Penna

         Rafael Carvalho

         Leonardo Bittencourt

AVALIAÇÃO E RESTAURAÇÃO DE PAVIMENTOS UMA PROPOSTA DE ADEQUAÇÃO AO DIMENSIONAMENTO DO REFORÇO

O presente artigo aborda os principais métodos de definição de soluções de restauração de pavimentos utilizados no Brasil, a fim de tecer críticas sobre os mesmos e propor um método alternativo que leve em consideração toda a miríade de informações disponíveis a respeito da rodovia a ser restaurada e não se restringir às questões estruturais como a maioria dos métodos o faz.

O artigo faz uma análise inicial superficial sobre o método DNER-PRO 010/79 que além de considerar apenas a questão estrutural na definição da solução, também utiliza considerações imprecisas ao longo de sua descrição. Também é digno de nota a definição de uma espessura de reforço como solução unívoca proposta pelo método.

O método apresentado em seguida, DNER-PRO 11/79, é considerado mais preciso que o supracitado, uma vez que extingue as definições equivocadas definidas naquele e passa a considerar para a definição de soluções o raio de curvatura da linha de influência definida pelas deflexões medidas em campo. Além de considerar em seu cálculo o CBR do subleito.

O artigo ainda cita, “en passant”, o DNER-PRO 269/94 que define a espessura de reforço a partir da análise de fadiga na fibra inferior do reforço. E faz também a avaliação do subleito com base na deflexão, espessura da camada, porcentagem de silte e CBR, se mostrando mais completo que os métodos anteriores em relação à consideração do subleito. Pecando, contudo, ao restringir sua análise a três tipos possíveis de solo.

O último método brasileiro apresentado é o DNER-PRO 159/85, desenvolvido pelo IPR (Instituto de Pesquisas Rodoviárias). O mesmo apresenta uma evolução considerável em relação aos demais métodos, uma vez que propõe três possibilidades de solução: concreto asfáltico, tratamento superficial e lama asfáltica, além de definir soluções baseadas no estado estrutural e funcional do pavimento.

Posteriormente é apresentado um método de dimensionamento proposto pela AASHTO em que se define seções transversais de acordo com um modelo de estrutura pré-definido. Tais seções são então submetidas a modelos matemáticos que analisam a carga acumulada na estrutura e os danos por condições ambientais. Leva em conta ainda as características funcionais e estruturais do pavimento, definindo a solução a ser implementada a partir de uma árvore de decisões, se apresentando como o método mais completo dentre os apresentados no artigo. Este, peca apenas ao considerar o conceito de PSI, que se trata de um índice subjetivo que avalia a condição da rodovia, além de ser pautado em algumas rodovias dos Estados Unidos, fortalecendo o caráter endêmico do método em questão.

O artigo finaliza propondo uma nova forma de avaliação de pavimentos, mais completa e adequada do que as anteriores. Esta consiste em estabelecer inicialmente um diagnóstico do pavimento, com base nos aspectos funcionais, na funcionalidade da drenagem, nas mudanças no tráfego ao longo do tempo, nos fatores de segurança do projeto e nas dificuldades operacionais. Isso se configura como um avanço considerável, uma vez que tal avaliação permite determinar de forma mais ampla os fatores que influenciam o estado atual do pavimento estudado. Realiza-se então a captação de dados por meio de levantamentos de estado de superfície, de deflexões, de irregularidades transversal e longitudinal, além do tipo de rodovia em questão. Munido de tais informações é proposta uma divisão em segmentos homogêneos, considerando subtrechos em que se identifique a homogeneidade das informações obtidas. Define-se, então, um diagnóstico para cada segmento homogêneo. A espessura de reforço é, por sua vez, calculada avaliando tanto as características funcionais quanto estruturais do pavimento, com enfoque no nível de irregularidade longitudinal e na fadiga calculada na fibra inferior do revestimento. Os resultados das avaliações descritas previamente são então utilizados junto a uma árvore de decisões a fim de se obter a solução mais adequada e de menor custo. Sendo esta, submetida posteriormente a uma avaliação econômica comparando a vida de serviço possibilitada pela solução definida com o custo inicial para implantá-la.