Relatório Diodos Semicondutores
Por: Lucas Passos • 9/4/2019 • Relatório de pesquisa • 1.021 Palavras (5 Páginas) • 594 Visualizações
UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS - UFMG
INSTITUTO DE CIÊNCIAS EXATAS - ICEx
DEPARTAMENTO DE FÍSICA
DIODOS SEMICONDUTORES
Nome: Lucas M Passos
Nicolas Heringer
Professor: Juan Carlos Gonzalez Perez
Disciplina: Física experimental A1
Belo Horizonte, 5 de junho de 2018
- INTRODUÇÃO
Diodo semicondutor é um elemento ou componente eletrônico composto de cristal semicondutor de silício ou germânio numa película cristalina cujas faces opostas são dopadas por diferentes materiais durante sua formação, que causa a polarização de cada uma das extremidades. Essa polarização do diodo é dependente da polarização da fonte geradora.
A polarização é direta quando o pólo positivo da fonte geradora entra em contato com o lado do cristal P(chamado de ânodo) e o pólo negativo da fonte geradora entra em contato com o lado do cristal N(chamado de cátodo). Assim, se a tensão da fonte geradora for maior que a tensão interna do diodo, os portadores livres se repelirão por causa da polaridade da fonte geradora e conseguirão ultrapassar a junção P -N, movimentando-os e permitindo a passagem de corrente elétrica.
Diodo polarizado diretamente e sua curva característica.
A polarização é inversa quando o inverso ocorre. Assim, ocorrerá uma atração das lacunas do ânodo (cristal P) pela polarização negativa da fonte geradora e uma atração dos elétrons livres do cátodo (cristal N) pela polarização positiva da fonte geradora, sem existir um f luxo de portadores livres na junção P-N, ocasionando no bloqueio da corrente elétrica.
A condutividade de um material semicondutor varia de acordo com a temperatura e com a natureza do material. A condutividade intrínseca de um semicondutor (aquela que não é provocada por dopagem) é praticamente nula a temperaturas próximas do zero absoluto. Quando aumenta-se a temperatura, os elétrons do material ficam excitados, o que contribui para a condutividade elétrica.
Em um diodo ideal, a curva de corrente em função aplicada está ilustrada na figura
abaixo:
[pic 1]
Figura 1 - Curva de condução de um diodo ideal.
Para um diodo real, obtém-se uma curva diferente, composta por algumas regiões:
[pic 2]
Ao comparar as duas curvas, observa-se diferenças em tensão direta e corrente de fuga iguais a zero, tensão de ruptura reversa infinita e corrente direta infinita. Na curva do diodo real, observam-se regiões que não existem na curva do diodo real. Essas regiões aparecem devido à presença de impurezas na constituição de um diodo real, que fazem com que o bloqueio de corrente na polarização inversa não seja total. A corrente observada é chamada corrente de fuga. Além disso, devido à resistência finita do diodo, a tensão de ativação não ocorre em zero.
Para um diodo real, então, a curva pode ser descrita por uma equação empírica da corrente em função da tensão aplicada, dada por:
I = IS (ekV /T − 1)
Em que IS é a corrente de saturação inversa, T a temperatura em Kelvin e k=11.600/η .
- PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL
OBJETIVO
Caracterização elétrica de diodos baseados em materiais semicondutores.
MATERIAIS UTILIZADOS
Há diversos tipos de diodo, cada qual com sua função: retificador, retificador controlado (SCR), Zener, emissor de luz (LED), de capacitância variável, túnel etc. Nesta prática serão vistos os seguintes diodos:
1 multímetro analógico;
1 gerador de áudio-frequência;
1 resistor de 1kΩ;
1 painel de ligação;
1 diodo de silício;
1 diodo de germânio;
1 diodo emissor de luz LED;
1 diodo Zener;
Sistema de aquisição - Pasco Cabos;
Computador;
PROCEDIMENTO E DISCUSSÃO
Um multímetro analógico foi utilizado para medir a ordem de grandeza das resistências dos diodos, em ordem direta e inversa. Os dados obtidos foram registrados na Tabela 1. Em seguida, o seguinte circuito foi montado:
[pic 3]
Figura 3 - Circuito diodo em série com resistor.
Neste circuito, foi aplicada uma tensão senoidal baixa, não ultrapassando 5V. As tensões no diodo e no resistor foram medidas utilizando o sistema PASCO, sendo a primeira aplicada ao canal A e a segunda ao canal B.
As tensões obtidas foram registradas em curvas de Corrente x Tensão no diodo, para cada um dos diodos. Com essas curvas, determinou-se a corrente de fuga e tensão de ativação para cada situação. Para os diodos de silício e germânio, determinou-se o fator η.
Os valores obtidos para as resistências dos diodos estão dispostos na tabela a seguir.
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