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Resenha Crítica: "Avaliação de Desempenho do Processo de Orçamento: Estudo de Caso de uma Obra de Construção Civil"

Por:   •  19/3/2020  •  Resenha  •  2.314 Palavras (10 Páginas)  •  363 Visualizações

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Resenha Crítica                                                                                “Avaliação de desempenho do processo de orçamento: estudo de caso de uma obra de construção civil”

O estudo de caso, redigido por Rogério Cabral Azevedo e publicado pela revista “Ambiente Construído”, propõe um modelo de avaliação do processo orçamentário na construção civil.

Logo na introdução do estudo, nota-se uma preocupação com a economia nacional, já que a atividade representa grande parte do PIB de cada país. Sabe-se que, no tempo atual, planejar e orçar são as principais etapas de uma construção civil, porque qualquer erro encontrado na mesma é capaz de deixar uma obra inacabada ou, em extremo caso, falir uma empresa.

O presente estudo cita 3 (três) metodologias para a elaboração de estimativas de custos que se destacam em nosso país. Há de se concordar que essas metodologias limitam a empresa em determinados quesitos. Atualmente, a busca de precisão é cada vez maior, e essas ferramentas têm acarretado percentuais de erros acima do aceito. O autor cita que, devido a isso, houve  necessidade de propor novas metodologias.

O autor dividiu o processo em etapas, semelhante ao que encontramos no mercado nos dias de hoje. Iniciando no gerenciamento de projetos. Para este, é apresentado 4 (quatro) características principais para executá-lo de maneira adequada:

- mobilização de grande quantidade de recursos especializados;

- executado em ambiente dinâmico, incerto e complexo, que envolve a maioria dos projetos de construção;

- complexidade na avaliação do grau de risco do projeto;

- envolvimento de muitos stakeholders, com posicionamentos diferentes ou até conflitantes.

        Diante dessa apresentação, o autor afirma que através dessas características, o segmento da construção civil busca qualidade de produtos e serviços, dentre outros processos de extrema importância para o sucesso empresarial.

        Para se atingir o sucesso nesses desafios é importante basear o planejamento em informações confiáveis para a previsão de resultados. Fato que já se faz presente em algumas empresas a mais tempo, pois fontes duvidosas podem fazer com que esse processo seja mal executado. Nesse trecho do estudo de caso, vemos que o autor cita informações já presentes em empresas e que já é de conhecimento da maioria, como, por exemplo, o objetivo de se planejar. É importante esses ressaltos, já que, por mais que conhecidos, são esquecidos no ato.

        Um ponto muito importante citado, é o parecer repetitivo do processo. Porém, como muito bem colocado, esse processo será único em cada empreendimento, em termos de projetos, condições locais, estrutura organizacional e cadeia de suprimentos.

        Pode-se entender que o processo de orçamentação na construção civil reside em um contexto complexo, conflituoso e incerto. Porque:

- envolve múltiplos critérios;

- por se tratar de um contexto onde distintos grupos buscam melhorias;

- por usar dados tanto qualitativos como quantitativos sem a preocupação da acuracidade que outras ciências poderiam disponibilizar.

        A avaliação de desempenho apresenta os dados, informações e conhecimento necessários para que sirvam de auxílio para as tomadas decisões de forma assertiva por parte dos responsáveis. Diante da avaliação é possível identificar os aspectos relevantes para o orçamento, ou seja, é levado em consideração os fatores de risco crítico e estatísticas de orçamentos já realizados.

        A forma como esses aspectos são mensurados, geralmente, são adquiridos em números ordinais e posteriormente transformados em escalas de intervalo; essa transformação acontece quando há a descoberta da distância entre todos os níveis ordinais encontrados. Alcançada essa precisão de escala, o grau de mensuração por intervalos é atingido e então a escala passa a ser cardinal.

Após a mensuração dos aspectos, a empresa realiza o diagnóstico de situação atual. Esse é trabalhado com base em cada aspecto mensurado, que é feito mediante comparação dos valores orçado e realizado, respectivamente; é composto pelo modelo integrado de análise, que mede o rendimento cardinal local e global.

Outro ponto importante citado sobre os referenciais teóricos foram as formas de aperfeiçoamento, cujo autor busca excelência em suas melhorias. Essa será atingida através dos conhecimentos das consequências advindas das ações potenciais nos objetivos suficientes e necessários para avaliação do contexto. Há de se concordar com o mesmo, porque as melhoria são melhor resolvidas diante dos erros mais comuns.

A pesquisa, realizada como um estudo de caso, conta com o método qualiquantitativo. São levadas em consideração quatro abordagens de solução: a descritivista, ideal onde a relevância da percepção humana é nula; a abordagem normativista, que aplica as teorias de um modelo utilizado em outra organização/situação na esperança de que se obtenha sucesso novamente; a abordagem prescritivista, que entende que cada organização deve ter o seu próprio modelo de gestão, ou seja, o modelo que um consultor julga recomendável para tal; e, por fim, a abordagem construtivista, que capacita o líder com uma série de informações e conhecimentos e consequentemente faz com que ele tenha consciência das consequências ocorridas das ações tomadas por ele.

        A abordagem construtivista conta com seis paradigmas: o paradigma da singularidade, em que os modelos de auxílio para a tomada de decisões são úteis exclusivamente para a situação em que foram planejados; o paradigma do conhecimento, em que a liderança tem conhecimento sobre a necessidade de aprimorar o entendimento sobre as reações causadas pelas ações tomadas pelos mesmo; o paradigma da entidade social, em que é avaliada a consideração de outras pessoas, sejam internas ou externas; o paradigma da participação dos decisores, que envolve a participação direta e efetiva de vários líderes; o paradigma da mensuração, em que os modelos de auxílio devem conhecer os limites das escalas cardinais e ordinais; e, por fim, o paradigma da legitimação e validação, em que todo produto final  deve ser o espelho das características da organização como um todo, além da ciência de que a abordagem tem respaldo científico na sua respectiva utilização.

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