Resenha Descritiva Usina Itaipu e Burj Khalifa
Por: BetoTomasoni • 16/5/2017 • Resenha • 1.465 Palavras (6 Páginas) • 484 Visualizações
Uniasselvi – Assevim ECV11- Introdução à Engenharia Civil; Profª: Rafaela Bohaczuk Venturelli; Acadêmico: Luiz Alberto Tomasoni; 04/04/2013.
Resenha Descritiva: Usina Hidrelétrica de Itaipu
A Usina Hidrelétrica de Itaipu é usina binacional, localizada no Rio Paraná, na fronteira entre o Brasil e o Paraguai. Foi construída pelos dois países em uma parceria que se estendeu de 1975 a 1982. Ela é hoje a maior usina geradora de energia do mundo, e também, é considerada uma das sete maravilhas do mundo moderno, e querendo ou não, um dos “milagres” da engenharia.
Para a sua construção foram contratados mais de quarenta mil operários, engenheiros civis, engenheiros elétricos, ambientalistas, entre outros, incluindo brasileiros e paraguaios responsáveis por esta imensa estrutura de concreto que posteriormente forneceria energia para estes dois países. Entre 1975 e 1978, mais de 9 mil moradias forma construídas nas duas margens do rio para abrigar os homens que atuavam na obra, hospitais, escolas, mercados, fabricas, enfim, uma imensidão de outras construções foram feitas para suprir a necessidade de tantos trabalhadores e , posteriormente suas famílias. A cidade de Foz de Iguaçu nunca mais foi a mesma, antes, esquecida pela maioria da população, posteriormente um dos maiores polos industriais do mundo. Em cerca de dez anos a população de Foz de Iguaçu passa de 20 mil habitantes para cerca de 100 mil habitantes.
A usina foi pensada em torno da década de sessenta para suprir a necessidade de energia que futuramente seria preciso devido ao elevado crescimento da economia e da população de ambos os países, principalmente do Brasil, e assim evitando posteriormente uma crise econômica. O Brasil não possuía recursos suficientes como petróleo e gás natural, muito menos dinheiro para importar esses tipos dematérias para a fabricação de energia elétrica, então, pensaram num grande recurso natural em abundância e gratuito, a água, daí em diante pensou-se nas hidrelétricas. Local escolhido para a obra foi o leito do Rio Paraná, naquele local, encontrava-se uma ilha chamada de Itaipu, logo após uma curva acentuada do rio, onde, segundo especialistas, a correnteza do local parecia ser de acordo para suprir as necessidades energéticas da usina em poucos quilômetros.
Primeira de tantas tarefas a serem executadas foi alterar o curso do Rio Paraná, removendo cerca de 55 milhões de metros cúbicos de terra e rocha para escavar um desvio de 2 km. Em 20 de outubro de 1978, 58 toneladas de dinamite explodem as duas “barragens” que protegiam o desvio por onde iria passar o novo curso no rio.
Cerca de 40 comunidades foram dizimadas, ou seja, removidas de seus respectivos locais para poder efetuar o alagamento das áreas ao redor da construção da usina, em torno de 20 milhões de Dólares são gastos para a indenizaçãode mais de 8.500 casas e fazendas que ocupavam a região.
Em novembro 14 de novembro de 1978 são lançados na obra cerca de 7.207 metros cúbicos de concreto, recorde sul-americano, o equivalente a um prédio de dez andares por hora. O concreto total despejado na barragem foi de 12,3 milhões de metros cúbicos.
Entre 1978 e 1981, eram contratadas até 5 mil pessoas por mês, mais de 100 mil trabalhadores foram contratados indiretamente para efetuar essa grande manobra da engenharia.
Após a concretagem quase pronta começa a montagem das unidades geradoras de energia, a primeira pesava cerca de 300 toneladas, saiu de São Paulo em 4 de dezembro de 1981 e chegou ao canteiro de obras somente em 3 de março de 1982.
As obras chegam ao fim em outubro de 1982. É feito o fechamento das comportas do canal de desvio, para a formação do reservatório da usina, a partir de então, dá início à operação MymbaKuera (do tupi guarani que significa “pega bicho”). A operação salvou cerca de 36.450 animais que viviam na área a ser inundada pelo lago.
Em 5 de novembro de 1982, com o reservatório pronto, João Figueiredo (presidente do Brasil) e Alfredo Stroessner (presidente do Paraguai) dão o marco inicial acionando o mecanismo que levanta as 14 comportas do vertedouro, e assim é inaugurada oficialmente a maior hidrelétrica do mundo.
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