Resenha descritiva
Por: mari2013 • 19/4/2015 • Resenha • 941 Palavras (4 Páginas) • 774 Visualizações
RESENHA DESCRITIVA
CUNHA, Maria Antônia Antunes. Literatura infantil Teoria e Pratica: Série Educação. Ed. Ativa -São Paulo 2002. P.22 à175
É evidente a ligação entre leitura infantil e pedagogia quando vemos a importância que assume os grandes educadores na criação de uma literatura para crianças e jovens. Não podemos negar que grande parte da preocupação literária para a infância no Brasil ainda se ressente da excessiva preocupação pedagógica. Isso se deve ao fato de que muitos educadores e literatos questionam a existência da literatura infantil enquanto outros fazem pouco ou nenhum uso dela
A literatura infanto-juvenil se situa tanto no campo do simbólico quanto do concreto, ela é fala e ação e exige um grau maior de consciência e atenção, uma participação efetiva do receptor-leitor. Seria de suma importância que a escola buscasse métodos para desenvolver no aluno a forma ativa de lazer, tornando-os sujeitos conscientes e produtivos, com capacidade crítica e criativa. Dessa forma o papel da literatura seria muito relevante.
Assumindo o papel de autores e não de refletores, criadores da literatura infanto-juvenil podem transformar sua pobreza em arma, sua fragilidade em estratégia. Assim, por exemplo, o relacionamento professor-aluno arrasta o peso de uma instituição social, o peso de uma máquina burocrática com exigências e controles extremamente rígidos. A literatura infanto-juvenil, por sua forma especifica de comunicação, mediatizada pelo livro, lidando com o simbólico, com o imaginário, pode se constituir em terreno próprio à criação de novas formas de relacionamento com a criação. Ao invés de seguir modelos, constroem-se modelos.
Também não nos convém colocar a culpa, pela falta do hábito de leitura, e os meios de comunicação. É verdade que a televisão exige de quem recebe seu conteúdo, muito menos esforços que o livro. Porém não podemos concluir que por esta facilidade a criança vai dispensar o livro, visto que muitas crianças se empenham e dão grande atenção e importância à atividades e brinquedos de seu interesse.
Os adultos em geral não tem um bom relacionamento com o livro, argumentam frequentemente que não tem tempo e por isso leem somente o que lhes é interessante, sendo assim acabam o mal o livro quando o apresentam às crianças e jovens. Sendo o livro a principal ferramenta de trabalho de um professor este não receberia muita confiança se não conhecesse seus instrumentos básicos de trabalho. Porém como a maioria dos adultos não dá ao livro o devido valor que ele merece, essa desconfiança não tem grandes proporções.
Muitos alunos veem o livro como um remédio ruim e assim não demonstram muito interesse e por isso não será proveitoso que o educador tente, de maneira compulsiva, querer ligar a criança aos livros como se este fosse um remédio benéfico. As crianças espelham-se nos hábitos dos adultos e se o adulto não se interessa por livro a criança que convive com ele automaticamente não verá o livro como algo interessante, pois não convive com esta realidade de leitores em casa.
Ninguém é obrigado a gostar de ler, ou preferir ler ao invés de ouvir uma música, assistir ou jogar futebol, porém quem acredita na literatura como algo indispensável vê-se obrigado a mudar as táticas do jogo. Encontrar maneiras de motivar as crianças e jovens a gostar de ler, não é tarefa fácil, mas fundamental para despertar o hábito de leitura. A motivação deve ser verdadeira e com acompanhamento que estimule sempre mais este contato com o livro, que vale ressaltar, não deve ser obrigatório e sim prazeroso para que os efeitos sejam positivos.
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