Resumo de Engenharia Econômica

1 SISTEMA ECONÔMICO

É a forma política, social e econômica pela qual está organizada a sociedade. É um particular sistema de organização da produção, distribuição e consumo de todos os bens e serviços que as pessoas utilizam buscando uma melhoria no padrão de vida e bem-estar.

1. ELEMENTOS BÁSICOS

• Estoque de recursos produtivos ou fatores de produção (recursos humanos, capital, terra, reservas naturais e tecnologia);
• Complexo de unidades de produção (empresas);
• Conjunto de instituições políticas, jurídicas, econômicas e sociais (base da organização da sociedade).

1. CLASSIFICAÇÃO DOS SISTEMAS ECONÔMICOS

• Capitalismo ou economia de mercado (forças de mercado, livre iniciativa e propriedades privadas);
• Socialismo ou economia centralizada/planificada (economia regida por órgão central, propriedade pública dos meios de produção);
• Economia mista: prevalecem forças de mercado, mas com atuação do governo em bens públicos (saúde, educação, etc.). Exemplo: China.

CUSTO DE OPORTUNIDADE/ALTERNATIVO: “sacrifício” de deixar de produzir um bem X para produzir um bem Y.

1. ESTUDO DE ECONOMIA

Se divide em 4 partes:

• Microeconomia: examina a formação de preços em mercados específicos;
• Macroeconomia: estuda a determinação e o comportamento dos grandes agregados nacionais, como PIB;
• Economia internacional: analisa as relações econômicas entre residentes e não residentes do país;
• Desenvolvimento econômico: preocupa-se com a melhoria do padrão de vida da coletividade ao longo do tempo.

1. MICROECONOMIA

Examina a formação de preço em mercados específicos, como consumidores e empresas interagem no mercado.

Pressupostos:

• Hipótese: de que tudo o mais permanece constante. É possível estudar determinado mercado, selecionando apenas agentes econômicos (consumidores e produtores), independente de outros fatores poderem influenciá-los.
• Princípio: racionalidade. O empresário sempre busca a maximização do lucro total, otimizando a utilização dos recursos que dispõe.

CONSUMIDOR: quem dirige o mercado com o intuito de adquirir um conjunto de bens ou serviços.

EMPRESA OU ESTABELECIMENTO: combinação do empresário dos fatores de produção: capital, trabalho, terra e tecnologia.

CUSTO MARGINAL: mudança no custo total de produção advinda da variação de uma unidade da quantidade produzida (acréscimo do custo total pela produção de mais uma unidade).

RENDA MARGINAL: renda extra que uma unidade adicional de produto irá gerar.

LUCRO MARGINAL: lucro obtido pela produção e venda de uma unidade adicional de um produto ou serviço (renda marginal – custo marginal).

1. APLICAÇÕES DA MICROENOMIA

Para empresas: políticas de preços, previsão de demanda, faturamento e custos de produção, decisões de produção, avaliação e elaboração de projetos de investimentos, política de propaganda, localização da empresa.

Em relação à política econômica: efeitos de impostos sobre mercados, política de subsídios, fixação de preços mínimos da agricultura, controle de preços, política salarial, políticas de tarifas públicas (água, luz, etc.)

1. DIVISÃO DO ESTUDO DE MICROECONOMIA

1. Análise da demanda: divide-se em Teoria do Consumidor e Teoria da Demanda de Mercado;
2. Análise de oferta: divide-se em oferta de firma individual e oferta de mercado;
3. Análise das estruturas de mercado: a partir da demanda e da oferta de mercado são determinados o preço e a quantidade de um bem/serviço. Avaliam-se seus efeitos tanto no mercado de bens e serviços, quanto no mercado de fatores de produção.

1. DEMANDA, OFERTA E EQUILÍBRIO DE MERCADO

3.1 DEMANDA

Teoria do valor utilidade: pressupõe-se que um valor de um bem se forma pela sua demanda. Permite distinguir o valor de uso do valor de troca de um bem. O valor de uso é a utilidade que ele representa para o consumidor. Valor de troca se forma pelo preço no mercado, pelo encontro da oferta e da demanda do bem → Teoria da demanda.

UTILIDADE TOTAL: Tende a aumentar quanto maior a quantidade consumida do bem/serviço.

UTILIDADE MARGINAL: Satisfação adicional (na margem) obtida pelo consumo do bem/serviço. É decrescente, porque o consumido vai perdendo a capacidade de percepção da utilidade proporcionada por mais uma unidade do bem, chegando a saturação. Comparação água e diamante.

DEMANDA/PROCURA: Quantidade de um determinado bem/serviço que os consumidores desejam adquirir em determinado período de tempo. Depende de variáveis que influenciam a escolha do consumidor (preços, renda, gosto e preferência). Coeteris Paribus considera cada uma dessas variáveis separadamente afetando as decisões do consumidor.

LEI GERAL DA DEMANDA: relação inversamente proporcional entre a quantidade procurada e o preço do bem.

1. Fatores que afetam a demanda

• Bem normal: se a renda dos consumidores aumenta, a demanda do produto também;
• Bem inferior: demanda varia inversamente às variações de renda. Produtos que consumidor deixará de comprar se sua renda aumentar (ex. tipos de carnes);
• Bens de consumo saciado: quando a demanda do bem quase não é influenciada pela renda dos consumidores;
• Bens substitutos: quando há uma relação direta entre o preço de um bem e a quantidade de outro (ex. aumento no preço da carne deve elevar a demanda de outras opções);
• Bens complementares: bens que podem ser utilizados em conjunto (ex. aumenta o preço de impressoras e a demanda por cartuchos cai).

Demanda do bem X = f(preço de X, preços dos bens substitutos, preço de bens complementares, renda e preferência dos consumidores).

1. OFERTA

LEI GERAL DA OFERTA: A função de oferta é uma correlação direta entre a quantidade ofertada e nível de preços.

Oferta do bem X = f(preço de X, custos dos fatores de produção, nível de desenvolvimento tecnológico, número de empresas no mercado).

1. EQUILÍBRIO DE MERCADO

A interação das curvas de demanda e oferta determina o preço e a quantidade de equilíbrio de um bem/serviço.