Sistemas Integrados de Gestão

Sistemas Integrados de Gestão – ERP (Enterprise Resource Planning)

Estamos atravessando a era da informação, ela faz com que as empresas utilizem cada vez mais as técnicas e a tecnologia . Surge um novo conceito de gestão empresarial denominado GRI (Gestão de Recursos de Informação) fundado em três componentes: informação, sistemas de informação e tecnologia da informação.

Para atender essas novas necessidades das empresas, tem sido implantado o sistema de informação ERP, denominado sistema para o planejamento de recursos da corporação. O ERP denominação dada  por Kel1er (1995) em relatório do Gartner Group, empresa de consultoria, é um modelo de gestão corporativo baseado num sistema de informação.

O surgimento do ERP pode ser visto como uma evolução a partir dos sistemas MRP. Assim na década de 1970, o foco da manufatura estava centrado nos MRP's, planejamento dos recursos de materiais, que traduzia o MPS ou programa mestre de produção.

Trabalha integrando as diferentes funções: manufatura, logística, finanças, recursos humanos e engenharia, entre outras. Ainda apresenta uma base de dados que opera em urna única plataforma em que todas as informações são interligadas, idealmente o objetivo de um ERP é ser capaz de entrar com a informação uma única vez.

Utiliza a arquitetura cliente/servidor, significando que qualquer cliente do sistema que utiliza uma aplicação como manufatura ou finanças acessa a informação que se encontra armazenada na base de dados comum ou servidor, refletindo o conceito de processamento distribuído. Além

disso o ERP utiliza uma base de dados centralizada que é a alma do sistema e que opera para todas as aplicações garantindo a integridade e a unicidade dos dados.

Apresentam diversos módulos que tratam as diferentes funções da empresa e também podem desenvolver aplicações específicas, tais como aplicações para governo e hospitais e ultimamente os fabricantes têm desenvolvido ou incorporado o gerenciamento da logística de distribuição e para a programação com capacidade finita.

Possibilita o acesso às informações pelo fato de ser um sistema integrado, as dificuldades que existiam em compatibilizar informações de sistemas, como CAD e MRP, que necessitavam de transferências de dados até de maneira manual, desaparecera com o advento do ERP. O sistema integrado permite melhorar as informações gerenciais assegura dados consistentes.

A visão dos negócios é estruturada por processos e não mais como funções. Isso elimina repetições de atividades e a reentrada de dados de cada uma das aplicações, como ocorria em antigos sistemas.

Com relação à manufatura, o ERP deve ser suficientemente completo para tratar as manufaturas discretas e contínuas e versáteis para os diferentes ambientes da manufatura.

Segue três tipos de ERP’s mais comuns no mercado nacional:

SAP R/3

Em 1972 cinco engenheiros decidiram abandonar seus empregos, apostando numa ideia bastante audaciosa para a época, abrir uma nova empresa. Surgia a SAP (Systems Applications and Products).

A ideia por trás dessa iniciativa era a criação de uma solução totalmente integrada capaz de automatizar todos processos inerente a uma empresa. Vinte e nove anos e milhões de usuários depois, a SAP surge como a terceira maior empresa de software do mundo e a primeira em software de gestão empresarial, empregando mais de 24 mil pessoas em 50 países diferentes e contando com mais de mil parceiros.  

Star Soft

Atuando no mercado desde 1988, desenvolve soluções corporativas para mais de 600 empresas de diversos portes e segmentos.

Microsiga

A Microsiga é outra empresa nacional que apresenta um ERP com diversas funcionalidades como ativo fixo, controle de direitos autorais, financeiro, contábil, etc.

A implantação do sistema ERP exige que a empresa se reorganize, tendo como foco o processo do seu negócio como um todo, eliminando a gestão departamentalização da empresa. Isso é facilitado pelo sistema ERP, pois este é integrado, e as informações que são geradas por um departamento são compartilhadas por outros.

As principais etapas da implantação do ERP são:

         • Preparação dos dados a serem convertidos do sistema;

• Identificação e desenvolvimento das adaptações criticas necessárias;
• Treinamento;
• Estudo dos processos internos e parametrização dos módulos;
• Testes;

Entre os principais problemas enfrentados com a implantação do ERP, destacam-se os seguintes:

Interfaces: os programas específicos de interface eram responsáveis por receber os dados dos sistemas das filiais e integrá-los no sistema ERP. Como todas as outras informações geradas pelo sistema ERP dependiam da qualidade das informações oriundas dos sistemas das filiais, elas não ficaram satisfatórias enquanto os problemas não foram corrigidos.

Ciclos: além do problema do item anterior, o módulo de custos possuía um agravante pelo fato de o sistema ERP originalmente não ter controle de custo pelo método FIFO (primeiro que entra, primeiro que sai) exigido pela controladora para análises gerenciais, mas apenas o do custo médio. O FIFO foi adaptado e implantado no ERP, mas o cálculo apresentava uma série de problemas;

Contas a receber: o sistema ERP adquirido foi desenvolvido originalmente para indústrias, e não embutia uma série de formas de pagamento e características de cobrança para o comércio atacadista e varejista. As adaptações realizadas desenvolvidas por meio de rotinas específicas, também apresentaram uma série de problemas.