TELEPRESENÇA REUNIÕES MAIS FÁCEIS

1. Introdução

O termo Telepresença refere-se a um conjunto de tecnologias que torna possível um indivíduo sentir como se estivesse presente em uma outra localidade que não a sua real, provendo possivelmente da mesma forma a outros participantes a sensação que este indivíduo está fisicamente presente.

As tecnologias envolvidas em um sistema de Telepresença vão desde os subsistemas de vídeo e som, até a capacidade de manipular ou monitorar remotamente objetos ou o ambiente. Esta capacidade é conhecida como Teleoperação. Para entender o conceito de Telepresença, é preciso ter conhecimento de uma forma mais básica da mesma, a videoconferência.

A videoconferência é uma forma de comunicação, em tempo real, que possibilita o contato visual e sonoro entre indivíduos que estão em locais geograficamente distintos, dando a sensação de que os interlocutores encontram-se no mesmo ambiente. A grande diferença entre essas tecnologias é que na videoconferência não se faz necessário o uso de salas especiais e aparelhos complexos, evitando o alto custo. A interface é feita através de uma webcame um microfone convencional, onde a infraestrutura da internet pode ser utilizada por transmissão de dados de voz e vídeo de forma compactada. A largura de banda para esse tipo de procedimento é consideravelmente baixa, 2MBps.

Dando continuidade ao conceito, o termo Telepresença surgiu em 1980 por Marvin Minsky com a necessidade de adaptar o conceito de Teleoperação. Mais tarde em 1993, ocorreu a fundação da primeira empresa de sucesso comercial em Telepresença, a Teleport (mais tarde renomeada TeleSuite) como fundadores David Allen e Harold Williams. Antes essa empresa administrava outra empresa da qual surgiu o conceito original, pois eles frequentemente encontravam empresários que tinham que interromper suas estadias para participarem de grandes reuniões em outros ambientes. Sua ideia era desenvolver uma tecnologia que permitisse que os empresários pudessem participar de suas reuniões sem sair do resort de modo que pudessem alongar suas estadias no hotel.

Hoje em dia essa tecnologia é usada preferencialmente no âmbito empresarial, pois o custo é bastante alto. O custo desses sistemas pode chegar até US$ 500 mil.
Para fornecer uma experiência de Telepresença, são necessárias tecnologias que implementam os elementos humanos sensoriais da visão, som e manipulação.

Idealmente, todo o campo de visão do usuário é preenchido com vista para o local remoto, e do ponto de vista corresponde ao movimento e orientação da cabeça do usuário. Desta forma, ela difere da televisão e do cinema, onde o ponto de vista é fora do controle do espectador. O som é geralmente o mais fácil de implementar com a sensação de alta fidelidade, já a capacidade de manipular um objeto remoto ou ambiente é um aspecto importante para alguns usuários de Telepresença, e pode ser implementado de diversas formas, dependendo das necessidades do usuário. Tipicamente, os movimentos das mãos do usuário (posição no espaço, e postura dos dedos) são detectados por luvas com fio, sensores inerciais etc.

Enfim, a Telepresença é uma solução adequada, porém não muito barata, para empresas que necessitem de ambientes confortáveis e de alta qualidade de comunicação à distância, de som e vídeo, afim de evitar grandes despesas com viagens e acomodações para a realização de reuniões das mais variadas pessoas, de qualquer lugar do mundo.

1. Fundamentação Teórica da Proposta

Para entendermos melhor a Telepresença, precisamos definir alguns conceitos simples que antecedem, explicam e, justificam a aplicação desta tecnologia.

1. Tecnologias Relacionadas à Telepresença

São inúmeras as tecnologias ligadas a Telepresença, dentre elas cito somente as quais julgo mais importante.

1. Telepresença Holográfica

A Telepresença, com capacidade de projetar uma cena ou pessoa em movimento, a três dimensões (3D), com cores e em tempo real, mas num lugar diferente, já é uma realidade, a empesa inglesa EyeMotion já disponibiliza esta tecnologia. A tecnologia dos hologramas com base numa bateria de câmeras em um determinado local, um laser e um polímero especial (Foil) para refletir o vídeo ou a imagem em tempo real. Esta capacidade do dispositivo é de alguns segundos, ou seja, quase em tempo real, segundo um grupo de estudiosos investigadores da Universidade do Arizona. Os avanços desta tecnologia foram publicados na Nature e com destaque de capa.

A empresa EyeMotion já faz demonstrações com “Foil” de tamanho médio de 3m de altura por 7m de comprimento, este “Foil” é uma película metálica onde o laser reflete a imagem. OFoilé tão fino quanto uma folha de papel. A equipe de investigação da Nature, liderada por Nasser Peyghambarian, já havia apresentado um trabalho semelhante a esse, só que muito inferior, pois, na época a película era pequena, media aproximadamente 25 centímetros, e a imagem demorava quatro minutos para aparecer.

Peyghambarian explicou que a Telepresença holográfica, no fundo “significa que se pode gravar imagens em 3D em qualquer lugar do mundo e mostrá-las em tempo real em qualquer outro lugar”. Ainda existem alguns obstáculos que encarecem muito a holografia dinâmica, tais como, a alta definição, o tamanho do Foil, dentre outras.

A primeira imagem holográfica surgiu há vários anos atrás em “Star Wars”, vide figura 1 em anexo de imagens.

Este tipo de imagem criou grande curiosidade desde fenômenos como o filme “Avatar”, bem como a utilização de jornalistas holográficos em entrevistas na CNN, durante as eleições presidenciais norte-americanas, vide figura 2. Contudo, acrescentava-se que a informação necessária para criar um holograma de alta qualidade é tão grande que a possibilidade de reproduzir um vídeo está limitada pelo tamanho ou resolução, mas, hoje estes problemas já vão sendo superados.

1. Teleparticipação

Agora, esta nova tecnologia permite que a imagem ou cena gravada com uma bateria de câmeras, sejam gravadas em conjunto, onde cada uma capta um objeto a partir de determinada perspectiva. Quantas mais forem utilizadas, maior será a qualidade. A informação gravada é transmitida para o destino, a partir do qual é codificada em impulsos de luz laser que interferem com outro, que vem por seu lado de referência. Cada impulso de laser registra um pixel holográfico ou versão tridimensional de um pixel individual em polímero, que vai refrescando o holograma em segundos. A imagem desvanece-se após pouco tempo, dependendo das condições em que a experiência seja realizada, ou assim que se grava um novo holograma.