Toxicologia: O ambiente e as doenças do trabalho.

UEM - UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ[pic 1]

Pós-Graduação em Engenharia de Segurança no Trabalho

Avaliação - O ambiente e as doenças do trabalho.

Professor:

Gustavo Henrique Oliveira da Rocha

Acadêmico:

Marcos Felipe M. da Silveira

Maringá

2014

QUESTÕES

Monitorização da exposição Ocupacional

1. Qual a importância da toxicologia ocupacional:

-Para os trabalhadores?

-Para os empregadores?

R. A toxicologia ocupacional apresenta-se com importância relevante para a obtenção de um ambiente ocupacional mais saudável, pois visa identificar agentes químicos perigosos no ambiente ocupacional, seus efeitos nos trabalhadores expostos a tais agentes, assim como definir as condições seguras de  uso desses agentes no ambiente de trabalho. Assim, a toxicologia ocupacional é importante para a saúde e bem estar dos trabalhadores, pois faz com que os níveis de exposição dos trabalhadores sejam mantidos em níveis aceitáveis, com baixo risco.

Para os empregadores a toxicologia ocupacional é importante pois permite identificar e controlar os níveis de agentes químicos e biológicos, e disponibiliza parâmetros para elaboração e implantação de programas de prevenção da saúde dos trabalhadores.

2. Qual a principal diferença entre monitorização ambiental e monitorização biológica? Cite uma vantagem de cada uma sobre a outra.

R. A monitorização ambiental permite a medição e avaliação de agentes físicos, químicos e biológicos no ambiente de trabalho, avaliando se encontram-se dentro dos limites de tolerância. Uma vantagem é permitir a antecipação no reconhecimento e controle dos riscos existentes.

A monitorização biológica avalia, através de exames nos trabalhadores, os efeitos dos agentes no ambiente de trabalho. Uma vantagem é avaliar se as medidas planejadas estão alcançando resultados satisfatórios na prevenção da saúde dos trabalhadores.

3. Quais as principais leis que regulam a toxicologia ocupacional no Brasil?

R. As principais leis que regulam a toxicologia ocupacional no Brasil são as Normas Regulamentadoras, NR-1 (Programa de Controle médico de saúde ocupacional), NR-9 (Programa de prevenção de riscos ambientais) e NR-15 (Atividades e operações insalubres).

Avaliação de Risco Químico

1. Quais as principais etapas da avaliação de risco?

R. A avaliação de risco pode ser dividida nas seguintes etapas:

- Identificação do perigo;

- Caracterização do perigo;

- Avaliação da exposição;

- Caracterização e manejo do risco.

2. Qual é a relação entre exposição e toxicidade no processo de avaliação de risco?

R. A toxicidade de uma substância está relacionada com o grau de exposição a que o indivíduo é submetido. Toda substância possui um limite de tolerância ao qual o indivíduo pode ser submetido, a toxicidade da substância depende desses valores não sejam ultrapassados.

3. Mencione e fale um pouco sobre um dos agentes químicos vistos em aula.

R. O Benzeno é um solvente muito comum, encontrado na indústria petroquímica, presente na gasolina, em agrotóxicos e em tintas. Possui baixa absorção dérmica, porém uma alta absorção pulmonar e gastrointestinal. É eliminado completamente após 48 horas e sofre a maior parte de sua biotransformação nos microssomas hepáticos. É excretado através da urina como fenol e ácido mucônico. Pode causar efeitos neurológicos, cardíacos, dérmicos e carcinogênicos.

Agrotóxicos

1. Quais são as formas de classificação dos agrotóxicos?

R. Os agrotóxicos podem ser classificados por 3 formas principais, sendo elas:

- Funcionalidade: Que classifica de acordo com o tipo de praga combatida;

- Características químicas: Que leva em consideração a família química à qual o praguicida pertence;

- Mecanismo de ação: Na qual os agrotóxicos são classificados conforme o modo que o praguicida exerce seus efeitos.

2. Como se dão as intoxicações por agrotóxicos (caráter agudo ou crônico; principais efeitos tóxicos, etc.) e como remediá-las?

R. Os agrotóxicos são constituídos por uma grande variedade de substâncias químicas ou produtos biológicos. São produtos desenvolvidos para matar, dificultar a vida (muitos atuam sobre processos específicos, como os reguladores do crescimento). Assim, por atuarem sobre processos vitais, em sua maioria, esses venenos têm ação sobre a constituição física e a saúde do ser humano. Os efeitos sobre a saúde podem ser agudos, resultantes da exposição a concentrações de um ou mais agentes tóxicos capazes de causarem dano efetivo aparente em um curto período, ou efeitos crônicos, resultantes de uma exposição continuada a doses relativamente baixas de um ou mais produtos. Os efeitos agudos são mais visíveis, aparecem durante ou após o contato da pessoa com o produto e apresentam características bem marcantes. No caso dos agrotóxicos, essas características podem ser espasmos musculares, convulsões, náuseas, desmaios, vômitos e dificuldades respiratórias. Já os efeitos de uma exposição crônica podem aparecer semanas, meses, anos ou até mesmo gerações após o período de contato com tais produtos, sendo, portanto, mais difíceis de identificar. Normalmente acarretam danos irreversíveis, do tipo paralisias e neoplasias. 
Em muitos casos podem até ser confundidos com outros distúrbios, ou simplesmente não relacionados ao agente causador.