Trabalho De Ambiente
Monografias: Trabalho De Ambiente. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: janamoura2011 • 4/6/2014 • 1.645 Palavras (7 Páginas) • 464 Visualizações
Introdução
O homem atual é um ser onívoro por excelência, consumindo, portanto,
alimentos vegetais e animais. No processamento desses alimentos resulta sempre uma fração de resíduos que, por suas características orgânicas, merecem toda a atenção das autoridades de vigilância sanitária e ambiental. No caso especial de alimentos de origem animal, trata-se de matéria orgânica facilmente putrescível, propícia para o desenvolvimento de microorganismos e com elevado potencial de atração de animais como insetos, roedores e aves. Nas grandes áreas urbanas, onde a demanda por alimentos é elevada, essa conjunção é de extrema relevância, tanto do ponto de vista estético como do ambiental e da saúde pública.
O problema da destinação dos resíduos de origem animal, pré e pós processamento, a despeito da importância que tem, recebe pouca atenção por parte das entidades de pesquisa e de regulamentação sanitária e de meio ambiente. Muito se publica a respeito da qualidade e preparação de alimentos e seus aspectos gastronômicos, econômicos, sociais e culturais, mas quase nada está escrito sobre como tratar e dispor os resíduos inevitáveis do processo, seus perigos e conseqüências de eventos associados.
É importante, primeiramente, entender a diferença entre resíduo e esterco.
Resíduos são constituídos por fezes, urina, água desperdiçada pelos bebedouros e de higienização, restos de ração, pelos, poeira e outros materiais provenientes do processo criatório. O esterco, por sua vez, são as fezes dos animais, em forma pastosa ou sólida. Aqui é abordada a gestão dos resíduos que, se não forem corretamente tratados, ocasionam diversos problemas ecológicos. Produtores sabem que o manejo inadequado dos resíduos animais causa poluição. O tratamento de resíduos animais é uma alternativa para
minimizar a emissão dos gases de efeito estufa (GEE) e mitigar as mudanças climáticas. Por isso, integra as estratégias do Programa Agricultura de Baixo Carbono (ABC), coordenado pelo Ministério da Agricultura, Pecuária
e Abastecimento (MAPA).
É fundamental impedir o contato direto dos resíduos com os cursos d’água, para evitar desequilíbrios ecológicos e poluição, desencadeados pela redução do teor de oxigênio dissolvido na água, além da disseminação de microorganismos patógenos e da contaminação da água potável com amônia, nitratos e outros elementos tóxicos.para tratamento dos resíduos
O tratamento dos resíduos pode ser realizado por meio de duas tecnologias: biodigestão e compostagem. A biodigestão é a fermentação anaeróbia – sem oxigênio – da matéria orgânica e gera como produtos o biogás e o biofertilizante. Já a compostagem é a fermentação aeróbia – na presença de oxigênio – e traz como produto final o fertilizante orgânico concentrado, de fácil transporte e comercialização. Ambas as soluções contribuem para
redução de emissões de gases GEE.
O fertilizante líquido e o biogás tornam-se agentes de sustentabilidade ambiental e econômica na propriedade rural onde são produzidos. O biogás, a partir da geração de energias elétrica, térmica e mecânica, pode virar uma nova fonte de renda para a propriedade.
Já o adubo orgânico sólido pode ser aproveitado como fertilizante e até ser comercializado, gerando novas receitas aos produtores. O processo de compostagem possibilita ainda a manutenção e a ampliação dos plantéis de suínos em regiões onde há alta concentração de animais, em áreas
agrícolas limitadas.
Além de produzir energia e adubo orgânico, o tratamento dos resíduos animais permite também a obtenção de certificados de redução de gases de efeito estufa, emitidos por mercados internacionais e regulados pelo mecanismo
de desenvolvimento limpo (MDL) do Protocolo de Kyoto.
Uso da compostagem para os resíduos animais gera adubos orgânicos.
Na seleção das áreas para implantação de empreendimentos destinados à atividade de bovinocultura deverão ser considerados, especialmente: as legislações referentes a Unidades de Conservação (UCs), Áreas de Proteção Ambiental (APAs), Áreas de Relevante Interesses Ecológico (ARIEs) e a Reserva da Mata Atlântica e Áreas de Preservação Permanente (APPs).
MANEJO DOS RESÍDUOS
1 No caso de dejetos líquidos, o sistema de armazenagem dos dejetos (esterqueira, tanque ou lagoa de retenção) deve observar os seguintes aspectos:
1.1 ser dimensionado de acordo com o plano de retirada e distribuição dos resíduos e também de modo a garantir, como margem de segurança, um volume adicional de armazenagem de 20%;
1.2 possuir dispositivo de contenção de vazamentos e dispositivos que evitem a entrada de água de escorrimento (pluviais) no sistema;
1.3 apresentar impermeabilização para evitar a contaminação de águas subterrâneas;
1.4 no caso de esterqueira escavada no solo, a base inferior da mesma deve estar, no mínimo, a 1,5 m de distância vertical em relação ao lençol freático, na situação crítica de maior precipitação pluviométrica;
1.5 o sistema de armazenagem ser dotado de estrutura que utilize mecanismos que evitem a proliferação de vetores através das seguintes medidas:
1.5.1 usar canaletas e/ou canos/tubos dimensionados de maneira que haja escoamento total dos dejetos para a esterqueira;
1.5.2 fazer a limpeza periódica das canaletas/canos/tubos internos e externos. Manter lâmina d’água nas canaletas;
1.5.3 apresentar alternativas para o projeto construtivo, de forma a garantir que não haja transbordamento nem formação de crosta nas instalações;
1.6 as estruturas de armazenagem (esterqueira, tanque ou lagoa de retenção) e/ou de tratamento dos resíduos devem estar distantes de corpos hídricos, conforme o distanciamento mínimo previsto no item V (tabela 3) destes critérios;
1.7 utilizar procedimentos que evitem a propagação de odores e dispersão de poeiras;
1.8 utilizar equipamentos de coleta e transporte dos resíduos até a área de aplicação dotados de dispositivos que impeçam a perda de material.
TRATAMENTO
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