Trabalho Ambiente

Universidade Estadual Paulista

“Júlio de Mesquita Filho”

Campus de Ilha Solteira

ANÁLISE E GESTÃO AMBIENTAL

Impactos Ambientais Sobre Rios e Reservatórios

Ilha Solteira, 05 de Outubro de 2013

Sumário

1. Introdução 2

2. Alterações na Dinâmica do Rio 2

2.1 . Desequilibro no Transporte de Sedimentos 3

3. Impactos Causados com a Construção de Reservatórios 4

3.1 . Efeito Estufa 5

3.2 . Mudanças no Regime de Escoamento 6

3.3 . Alteração no Processo de Transporte de Sedimentos e Nutrientes 6

3.4 . Mudança no Regime de Cheias 7

3.5 . Estratificação da Água 7

3.6 . Bloqueio à Migração 8

3.7 . Impactos Sobre a Pesca 8

3.8 . Desativação de Barragens 8

4. Poluição dos Rios 9

4.1 . Formas de Contaminação 9

4.1.1. Poluição Pontual 9

4.1.2. Poluição Difusa 11

5. Impactos Sociais 11

5.1 . Impactos Positivos 12

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 14

1. Introdução

Desde o início da humanidade, as comunidades utilizavam as águas dos rios como elemento mantenedor e propulsor para o seu desenvolvimento. Entretanto, essas comunidades enfrentavam grandes dificuldades devido às oscilações das vazões dos rios ao longo do tempo. A construção de barramentos aos cursos de água e a consequente criação de reservatórios de armazenamento de água, surgiu há muito tempo com o objetivo de regular as vazões, irrigar e suprir água para abastecimento doméstico. Somente mais tarde, esses barramentos tiveram como finalidade geração de energia.

Com o crescimento populacional e econômico, a urbanização, as mudanças tecnológicas e as mudanças nos padrões de consumo, as construções de barragens com a consequente criação de reservatórios, expandiram-se pelo mundo.

Com o aumento populacional, o crescimento das atividades industriais e consequentemente o crescente lançamento de poluentes domésticos e industriais sem o devido tratamento, a poluição hídrica tem aumentado significativamente. Agravando esse processo tem-se ainda a retirada de mata ciliar e o aumento da agricultura.

As ações humanas como a construção de reservatórios, a retificação de cursos de água, o desmatamento e o lançamento de poluentes nos corpos dos rios, geram impactos significativos que alteram a morfologia, o regime fluvial e a qualidade das águas de um rio. Por isso é muito importante que a água seja utilizada de modo correto para que esta esteja disponível dentro dos padrões para as gerações futuras.

2. Alterações na Dinâmica do Rio

Os rios possuem naturalmente uma dinâmica fluvial, a qual move grandes quantidades de solo na forma de sedimentos. Os sedimentos provenientes da erosão do solo são transportados pelos cursos de água e, eventualmente, depositados em lagos, reservatórios ou no mar.

O equilíbrio de um rio é função da vazão líquida (transporte de água) e da vazão sólida (transporte de sedimentos) transportada por esse rio. Quando aumenta a vazão líquida e/ou diminui a vazão sólida pode ocorrer a erosão do leito e margens do rio, mas, quando diminui a vazão líquida e/ou aumenta a vazão sólida ocorre a deposição dos sedimentos, isto é, o assoreamento do rio.

O desmatamento, isto é, a retirada da cobertura vegetal geralmente aumenta a erosão e como cada rio tem uma capacidade limite de transporte de sólido, é muito provável que ocorra o assoreamento. Obras hidráulicas como canalizações e cortes de meandros tendem a aumentar a velocidade do escoamento podendo também aumentar a erosão do leito e das margens dos rios. A construção de uma barragem também altera e muito o transporte de sedimentos, pois, nos reservatórios ocorre a deposição de sedimentos, e com isso o fluxo desses sedimentos para a jusante é interrompido, podendo aumentar a erosão do solo a jusante.

2.1. Desequilíbrio no Transporte de Sedimentos

Compostos químicos tóxicos: Os sedimentos têm como características aderir ou absorver partículas de sedimentos, transportando-os para outras áreas, podendo liberá-los posteriormente na água, causando um impacto de poluição na água.

Navegação: A deposição de sedimentos em rios e lagos pode diminuir sua profundidade, tornando a navegação difícil ou impossível. Para garantir a normalidade do tráfego de embarcações, parte dos sedimentos pode ser dragada. Os níveis de água devem ser constantemente monitorados e as taxas de sedimentação estimadas para se determinar quanto e quando se deve fazer dragagem.

Dragagem: A dragagem por sua vez, também pode perturbar o meio ambiente. A exemplo disso tem-se a retirada de organismos que habitam o fundo e serve de alimento para os peixes, interferindo negativamente na cadeia alimentar. Pode ocorrer também de substâncias tóxicas presentes nos sedimentos serem liberadas na hora da dragagem, dentre outras coisas.

Pesca e hábitats aquáticos: Os sedimentos em excesso podem afetar as populações de peixes de várias maneiras, pois tendem a:

• Diminuir a penetração da luz na água, isso pode afetar os hábitos alimentares e outras habilidades dos peixes;

• Irritar as brânquias dos peixes, podendo causar até sua morte;

• Destruir a mucosa protetora que cobre os olhos e escamas dos peixes, tornando-os mais susceptíveis a infecções e doenças;

• Provocar a extinção de plantas, invertebrados e insetos do leito dos cursos de água, afetando