Trabalho de Steel Framing
Por: AmandaGanimi • 1/7/2022 • Trabalho acadêmico • 1.701 Palavras (7 Páginas) • 90 Visualizações
1. INTRODUÇÃO
O Brasil possui grande necessidade de novas habitações. As novas tecnologias no setor da construção civil surgem para aumentar a rapidez na execução de obras, diminuir perdas; reduzir mão-de-obra aumentando a produtividade, diminuir o peso próprio da estrutura e a melhorar os acabamentos finais. (SANTIAGO, et al., 2012)
Dentre as novas tecnologias, o Light Steel Framing (LSF) é um sistema que destaca a viabilidade técnica e econômica, ganhos de prazo, maior produtividade de moradias com a mesma mão-de-obra, a diversidade do sistema de se adaptar em qualquer ambiente, além da oportunidade de qualificação da mão-de-obra para este novo avanço da construção civil (Silva; 2003).
Como mercado imobiliário está sendo incentivado por inúmeros programas governamentais, por exemplo, o PAC (Programa de aceleração do crescimento) e o programa Minha Casa, Minha Vida, o Plano Nacional de Habitação PLANHAB previu uma necessidade de produção de unidades habitacionais com a finalidade de atender futuras demandas e abolir o atual déficit habitacional. O estudo indicava que deveriam ser construídas entre os anos de 2009 até 2023 aproximadamente 28 milhões de unidades (MINISTÉRIO DAS CIDADES, 2009)
O estudo utilizou o Light Steel Framing (LSF) como método de construção para moradias populares, utilizando como estudo uma residência mínima indicada pela Caixa Econômica Federal.
2 OBJETIVOS
Este trabalho tem como objetivo analisar a viabilidade do sistema light steel framing para a construção de residências populares, visando atender em menor prazo e melhor qualidade.
2.1 Objetivos específicos
- Analisar as aplicações do sistema light steel frame (LSF).
- Verificar as vantagens e as desvantagens deste sistema LSF.
- Analisar uma comparação entre uma construção LSF e uma “convencional” (alvenaria), em relação a operacionalidades de cada uma.
- Realizar um levantamento dos componentes de cada etapa do sistema LSF.
3 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
3.1 Evolução da construção civil
No século XVI, além dos colonizadores portugueses chegaram também às técnicas de construções que seriam aplicadas no território brasileiro, em cada região as técnicas aplicadas foram baseadas na disponibilidade dos materiais. Nas regiões litorais do Sudeste predominavam o uso de cal e pedra, enquanto a região litorânea do Sul, a cal foi substituída por material calcário oriundo de conchas e ossos de animais que os indígenas foram depositando com o passar dos séculos, dando origem a uma pasta para assentamento de pedras, extraída através da mistura do calcário e óleo de baleia. (CAMPOS, 2014)
Nas regiões onde não havia disponibilidade abundante de pedras, era utilizada a técnica constituída de argila, originando as técnicas denominadas de taipa de pilão, taipa de mão, o adobe e pau-a-pique, como mostrado na Figura 1.
Figura 1: Construção em pau-a-pique
Fonte: ARCOweb (2015)
Com a chegada dos imigrantes europeus no século XVII, deu início a utilização do tijolo queimado nas construções, tornando-se o principal método construtivo da época. Sua fabricação era uma produção familiar realizada em pequenas olarias, utilizava-se o barro amassado com os pés e era depositado em formas de madeira, onde em seguida seriam colocados em forno para realização de sua queima. (MOURA; 2011)
No século XVIII, as construções em alvenarias tornaram-se predominantes por não haver a necessidade de mão-de-obra qualificada, além de proporcionar conforto térmico e acústico. (CAMPOS; 2014)
Com a Revolução Industrial (1960), os processos construtivos deixaram de ser artesanais e manuais tornando-se industrializados através dos avanços tecnológicos (Figura 2). Aconteceu, então, o interesse pelas ideias relacionadas à racionalização e otimização como forma de aumentar os lucros em diversos mercados e setores (MOURA; 2011).
Figura 2: Estação da luz, São Paulo (1900)
Fonte: Estação da Luz.org (2019)
No início do século XX, em Chicago ocorreu a aplicação dos métodos construtivos industrializados denominados Wood Framing (Figura 3), compondo-se de placas e tábuas de madeira, tendo como vantagem uma alta velocidade de execução, tomando lugar no mercado construtivo.
Figura 3: Construção Wood framing
Fonte: Escola Engenharia (2019)
Devido à dificuldade de encontrar madeira em todos os territórios, os governantes em conjunto com os profissionais de engenharia foram em busca de um novo tipo de sistema que abrange os conceitos de industrialização, racionalização, normalização, modulação e pré-fabricação conforme a demanda industrial dos Estados Unidos e juntamente com a grande oferta do aço, originou-se o sistema construtivo Light Steel Framing, trocando assim as peças de madeira por perfis metálicos leves formados a frio, mostrado na Figura 4.
Figura 4: Construção em light steel framing
Fonte: Finestra (2009)
No Japão iniciaram-se as construções de LSF após a segunda Guerra Mundial tendo em vista reconstruir as casas de madeira destruídas durante bombardeio, pois constatou-se a ocorrência de grandes incêndios neste modelo de WOOD FRAMING provocando assim a restrição ao uso da madeira na formação de elemento estruturais, causando um aumento da fabricação de perfis de aço tendo em vista que a indústria nesse setor torna-se altamente desenvolvida (SANTIAGO, et al, 2012). (Figura 5).
Figura 5: Linha de montagem de módulos residências no Japão
Fonte: Buildin (2019)
Em 1970 no Brasil, o governo fazia grandes investimentos na construção tradicional que era predominante, não possuía o controle de qualidade, e o Banco Nacional de Habitação (BNH) incentivava a manter profissionais desqualificados
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