Trabalho pratico

INTRODUÇÃO

Com o avanço tecnológico do país, o sistema de vedações nos últimos anos foi mudando a sua forma. Hoje além de se construir uma parede com o método tradicional de alvenaria, pode se optar por utilizar o sistema drywall, que consiste em utilizar placas de gesso acartonado, fixados em montantes de aço, para separar um ambiente do outro.

O uso dessa tecnologia apresenta algumas vantagens consideráveis em cima do método convencional de alvenaria, onde a sua montagem é extremamente rápida, não gerando entulho, o que acarreta uma economia no final da obra de cerca de 20% a mais se fosse utilizar a parede de argamassa e bloco cerâmico.

Por essas e outras vantagens do drywall é que grandes empresas de alto porte de todo o mundo estão optando por utilizar este método construtivo, substituindo em grande parte a alvenaria convencional.

Temos como exemplo a empresa na qual fizemos o estudo de caso deste trabalho, ela preferiu optar por utilizar o sistema drywall por ser bastante eficaz e rápido, diminuindo a tempo que gastaria levantando paredes de blocos cerâmicos, além de ser muito mais fácil de desfazer uma parede se assim for necessário. Levando em consideração sempre que o sistema drywall só é recomendado para a divisão de ambientes.

História do Drywall

No ano de 1898 um homem norte americano chamado Augustine Sackett (Figura 1) inventou uma chapa de gesso acartonado que mudaria o ramo da alvenaria construção civil significativamente.

Figura 1 - Augustine Sackett (1841–1914).

Hoje conhecido como Drywall, este produto acabou sofrendo inúmeras modificações, tornando-se resistente ao fogo e a umidade, inclusive se tornou um método construtivo muito mais rápido se comparado com o método tradicional de construção. Em 1917 esse sistema construtivo foi até utilizado na I Guerra Mundial.

Com o passar do tempo as chapas Drywall conquistaram espaço em grandes projetos e com baixo custo. O que explica a sua alta aceitação em países como Europa, Ásia, África, Estados Unidos, America Latina e Japão.

O Drywall chegou ao Brasil a mais de 20 anos, mas naquela época foi pouco divulgado por vários interesses. Somente com o avanço tecnológico do país é que ganhou espaço na construção civil.

Há mais de 10 anos que esta tecnologia vem ganhando espaço no mercado de forros e paredes internas em varias obras de todo o Brasil, conquistando pequenos e médios empreendimentos, além de mostrar expressividade na demanda em construções de alto-porte.

Em apenas 6 anos de atividades com o Drywall desde que chegou aqui, o Brasil já alcançou mais de 18 milhões de m², e esta atividade continua crescendo a cada ano. Abaixo se encontra um gráfico mostrando o consumo Brasileiro de chapas drywall em milhões de m² (Figura 2).

Figura 2 – chapas para drywall em milhões de m²

Fonte - Associação Brasileira de Drywall, 2012

Hoje o Drywall no mundo esta em torno de 4,5 bilhões de m², representando a maior fatia no mercado de vedações, ultrapassando até mesmo o método convencional de alvenaria. (Figura 3)

Figura 3 – Chapas para Drywall – consumo em m² por habitante/ano

Fonte - Associação Brasileira de Drywall, 2012

Mas o que é o Drywall?

A palavra Drywall de acordo com Silva (2007, p.5) significa “parede seca” representando a ideia de construção a seco, ou seja, sem causar muita sujeira, isto porque o seu processo de aplicação é bastante diferente do método tradicional de alvenaria.

O drywall nada mais é do que uma estrutura rígida composta por perfis de aço, onde são parafusadas as chapas de gesso. A estrutura é composta por montantes e guias,onde são fixadas as placas de gesso,gerando uma superfície que possa receber um acabamento. A parede construída por chapas de drywall é oca, e servem parada dividir ambientes internos e são amplamente usados como forro e revestimento. As patologias ocorridas em alvenarias convencionais são reduzidas com o drywall, já que ele é mais resistente. Por ter uma aparência das paredes tradicionais, pode receber diversos tipos de acabamento. Mas sua resistência a impactos é menor que a alvenaria.

O sistema tradicional do Drywall normalmente deve ser aplicado no meio interno, pois ele não é tão resistente contra as intempéries com a alvenaria é, mas já existente também o sistema de Drywall que pode ser aplicado no meio externo, já que há uma variação na sua chapa de gesso acartonado, estrutura e vedação, possibilitando uma maior resistência contra as intempéries.

É o revestimento de forros e paredes mais utilizados no mundo, como por exemplo, nos Estados Unidos e Austrália. Consiste em uma chapa de gesso com alta resistência, onde é fixado em uma estrutura de aço galvanizado. Sendo um método construtivo que diminui custo com mão-de-obra, havendo uma maior racionalização de materiais e gera uma execução rápida e limpa.

O método construtivo com Drywall é bastante diferente da alvenaria tradicional, pois ao invés de utilizar blocos cerâmicos como na alvenaria, ele utiliza gesso acartonado e perfis de aço galvanizado para dar um melhor revestimento acústico e estabilidade.

Para atender as exigências estabelecidas pelas normas, o drywall foi testado e ensaiado em laboratórios, como o IPT (Instituto de Pesquisa e Tecnologia), e antes de virar a parede de uma casa, passa por um controle de qualidade. Para realizar as reformas, manutenção das instalações elétricas, hidráulica ou telefonia, basta apenas desmontar o sistema e descartá-lo, conforme as recomendações da associação drywall.

Um aspecto fundamental relacionado à especificação do sistema a seco é o atendimento às normas técnicas de projeto e execução. ''O drywall hoje é um sistema normatizado pela ABNT NBR 15.758:2009, que descreve claramente todos os procedimentos executivos de montagem dos sistemas. A norma é dividida em três capítulos: um dedicado às paredes, outro que discorre sobre os forros e uma terceira parte específica sobre os revestimentos em gesso”.

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