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UTILIZANDO A APRENDIZAGEM COOPERATIVA COMO FERRAMENTA DE ESTUDO NA DISCIPLINA DE MATEMÁTICA APLICADA

Por:   •  28/6/2019  •  Projeto de pesquisa  •  1.829 Palavras (8 Páginas)  •  308 Visualizações

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 UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ CAMPUS CRATEÚS

 

 

 

 

 

 

JOSÉ MOTA DE SOUSA NETO

 

 

 

 

 

 

UTILIZANDO A APRENDIZAGEM COOPERATIVA COMO FERRAMENTA DE ESTUDO NA DISCIPLINA DE MATEMÁTICA APLICADA

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

CRATEÚS

2017 

INTRODUÇÃO

 

 É notável a dificuldade que grande parte dos alunos enfrentam no decorrer das disciplinas do curso de engenharia. Elas influenciam grandemente o cotidiano dos universitários de forma a provocar uma grande carga emocional sobre os mesmos. Destaca-se ainda que essas dificuldades crescem mais ainda nas disciplinas que envolvem Cálculo Fundamental, uma disciplina básica e de grande importância para o curso.  

 A Matemática Aplicada é uma disciplina que constitui a grade curricular dos cursos de engenharia ofertados na Universidade Federal do Ceará – Campus de Crateús. Ela tem como objetivo estabelecer uma conexão entre a matemática e os problemas que se enfrentam usualmente na engenharia, fazendo uso de equações diferenciais. Porém, alguns alunos têm bastante dificuldades em lidar com a disciplina, o que faz com que esta tenha altos índices de reprovações na instituição.

 Na busca de identificar os agentes causadores dessas reprovações e, consequentemente das dificuldades na disciplina, surgem algumas possibilidades que podem evidenciar esses fatores. Dentre elas, um ponto importante a se exprimir é a deficiência nos conceitos fundamentais de cálculo, que, segundo Máximo (2004), é uma ferramenta poderosa de trabalho para a engenharia, que estuda e modela problemas reais das áreas de atuação do engenheiro moderno. Quando o aluno não tem um bom domínio desses conceitos, isso acaba refletindo diretamente no rendimento das próximas disciplinas que necessitarão deles, que é o caso da Matemática Aplicada. A ementa relativamente extensa e a carga grande de conteúdos a serem estudados também podem contribuir para essa situação.

Outro aspecto que poderia influenciar no rendimento dos discentes seria a própria responsabilidade individual dos mesmos. Apesar de ser um aspecto pessoal e psicológico dos estudantes, é relevante discutir-se os fatores que geram a sua desmotivação. A falta de organização pode gerar uma perda de controle nos estudos e, consequentemente, a essa situação.

 Analisando os motivos que poderiam ocasionar esse problema, pôde-se perceber que em todos os pontos citados, os fatores estavam relacionados de alguma forma ao estudo individual. Levando em conta essa hipótese, surgiu a ideia de ampliar as formas de estudo individual para o nível interpessoal, que poderia ser uma boa solução para o problema presente. Dessa forma, tornou-se relevante a utilização da aprendizagem cooperativa como ferramenta para reduzir os índices de reprovação.  

 Com base nessa filosofia, criou-se a “Célula de estudo cooperativo de Matemática Aplicada”, um projeto do Programa de Aprendizagem Cooperativa em Células Estudantis (PACCE) do campus de Crateús. A célula foi criada com o intuito de suprir as necessidades que os discentes têm em Matemática Aplicada, bem como as eventuais deficiências em Cálculo.

Esse projeto tem como objetivo principal alcançar bons índices de rendimento e permanência na disciplina de Matemática Aplicada, fazendo uso dos grupos de estudo, que podem ser uma ferramenta fundamental para a obtenção de bons resultados. Também deseja-se fazer um comparativo com o rendimento de alunos que estudam sozinhos, com alunos que estudam em grupo, com o intuito de analisar a eficiência da aprendizagem cooperativa no ambiente acadêmico.

A seguir alguns objetivos específicos que ajudarão a nortear esse projeto:

  • Proporcionar a autonomia intelectual dos participantes; 
  • Facilitar a compreensão da disciplina; 
  • Promover sinergia entre os discentes que cursam a disciplina; 
  • Incentivar os alunos a estudarem em grupo; 
  • Suprir a deficiência de conceitos básicos de cálculo; 
  • Incentivar a interdependência positiva entre os participantes;

REFERENCIAL TEÓRICO

 A disciplina de Matemática Aplicada envolve basicamente os conceitos de equações diferenciais e suas aplicações. Segundo Miotto, Cargnelutti e Machado (2013, p. 2), as equações diferenciais são uma extensão do cálculo e por este motivo exigem habilidade dos alunos com as disciplinas de Cálculo estudadas anteriormente. Porém, há muitos estudantes com um nível considerado baixo de conhecimento desses conceitos, e isso acaba por gerar maiores dificuldades no decorrer da disciplina de Matemática Aplicada. Segundo Máximo (2004), salas superlotadas, aulas sem outras metodologias alternativas e livros fora da realidade do engenheiro brasileiro são alguns aspectos que podem minimizar a aprendizagem do Cálculo. Ou seja, as dificuldades no aprendizado de algumas disciplinas podem ser reflexos diretos de disciplinas má cursadas anteriormente.

         Um ponto que está diretamente ligado, tanto ao Cálculo, quanto à

Matemática Aplicada, é o próprio esforço pessoal com a disciplina. Fatores como a desorganização dos estudos, falta de concentração, falta de responsabilidade e/ou interesse ocasionam desmotivação na disciplina e, consequentemente a reprovação ou abandono. Segundo Vasconcelos, Almeida e Monteiro (2009), o abandono resulta das interações dinâmicas e recíprocas que se estabelecem ao longo do tempo entre as características dos estudantes (os seus atributos, intenções e compromissos). O esforço pessoal dependerá de como o aluno lida pessoalmente com a disciplina e com as adversidades nela presente.

 Como citam Johnson e Johnson (1998), no cenário de que os alunos têm deficiências tanto na aprendizagem, como no esforço individual, o isolamento não é a melhor alternativa para alimentar esses conhecimentos. O estudo em grupo surge como uma boa alternativa aos estudos individuais. Dessa forma, torna-se relevante o uso da metodologia Aprendizagem Cooperativa, em que, segundo Lima (2007, p. 17):

[...] os alunos estudam em pequenos grupos e diante deles são colocadas situações favoráveis à construção compartilhada de conhecimentos, como questões desafiantes para serem resolvidas ou tarefas para serem desempenhadas em conjunto.

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