VIABILIDADE DE BIODIGESTORES EM RESTAURANTES UNIVERSITÁRIOS: UM ESTUDO EXPLORATÓRIO

UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS – REGIONAL CATALÃO

VIABILIDADE DE BIODIGESTORES EM RESTAURANTES UNIVERSITÁRIOS: UM ESTUDO EXPLORATÓRIO

Gabriel Oliveira de Sousa

Gustavo Casadei Bellanda

Thiago Dias Yamashita

Victor Vaz

Yuri Cândido Neto

Catalão - GO

2018

VIABILIDADE DE BIODIGESTORES EM RESTAURANTES UNIVERSITÁRIOS: UM ESTUDO EXPLORATÓRIO

Pré-projeto apresentado à disciplina Metodologia Científica e Tecnológica dos cursos de Engenharia de Produção e Física (Licenciatura) como requisito básico para a conclusão da disciplina.

Orientador (a): Profª Fabianna Simão Bellizzi Carneiro

Catalão – GO

2018

SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO.......................................................................................           3

2. JUSTIFICATIVA.....................................................................................           3

3. OBJETIVOS............................................................................................          4

3.1 GERAL.............................................................................................          4

3.2 ESPECÍFICOS.................................................................................          4

4. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA...............................................................          4

     4.1 EVOLUÇÃO DOS ESTUDOS DO BIOGÁS COMO COMBUSTÍVEL         4

     4.2 FUNDAMENTOS DA DIGESTÃO ANAERÓBICA...........................           5

     4.3 ESTUDO DA VIABILIDADE ECONÔMICO-FINANCEIRA..............           7

           4.3.1 ÍNDICE DE PAYBACK DESCONTADO.............................           8

4.3.2 VALOR PRESENTE LÍQUIDO...........................................           9

4.3.3 ÍNDICE DE VALOR ATUAL...............................................           9

4.3.4 TAXA INTERNA DE RETORNO........................................         10

4.3.5 ÍNDICE DE LCURATIVIDADE...........................................         11

      5. METODOLOGIA......................................................................................        12

      6. CONCLUSÃO..........................................................................................        12

      7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS........................................................        12

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1. INTRODUÇÃO

A crise do petróleo de 1973, influenciada principalmente pela instabilidade do preço do barril e das alterações climáticas, favoreceu o surgimento de universos corporativos, que buscam formas de reinventar o processo, reduzir gastos e impactos ambientais, tal como a economia circular, além de pesquisas de fontes de energia sustentáveis. Analogamente ao período, surtos populacionais mudaram a perspectiva do consumo de combustíveis fósseis por todo o mundo, gerando uma maior exploração desses recursos ao longo dos últimos 50 anos.

Nessa perspectiva, este trabalho propõe analisar a viabilidade de implantação de biodigestores em restaurantes universitários, visando aproveitar restos de alimentos para extração de gás metano por meio de digestão de bactérias anaeróbicas em biodigestores. Assim sendo, busca-se responder o seguinte questionamento: o alto desperdício de alimentos nos restaurantes universitário é capaz de viabilizar a implantação de um biodigestor capaz de produzir consideráveis quantidades de gás metano para a autossuficiência da cozinha?

Parte-se da premissa de que os restos de alimentos podem ser suficientes para produzir uma quantidade aceitável de gás metano, que, por sua vez, pode ser utilizado como gás de cozinha, tornado o restaurante autossuficiente e reduzindo, assim, as consequências do desperdício. A ideia desse processo baseia-se em fenômenos espontâneos da natureza, os quais o químico francês Antoine Lavoisier, no Tratado Elementar de Química (1789), deixa bastante claro ao dizer sua célebre frase: “na natureza nada se cria, nada se perde, tudo se transforma”.

2. JUSTIFICATIVA

Com o aumento populacional proporcionado pelas inovações tecnológicas do último século, alimentar todo o contingente do planeta tornou-se um dos maiores desafios do mundo moderno. Crescendo a um ritmo exponencial, estima-se que haverá, no mínimo, 9 bilhões de habitantes no mundo em 2050, segundo a Universidade Humboldt de Berlim, sendo necessário que a produção alimentícia do planeta triplique de volume. De acordo com a Global Footprint Network, organização internacional que mede os impactos humanos no planeta, a Terra deveria ser 70% maior para dar conta de atender tal demanda. Como aumentar o território ainda não é economicamente e tecnologicamente viável, precisamos cuidar do que temos e reduzir gastos  

Entretanto, com o aumento da produção, analogamente, o desperdiço de comida aumentaria na mesma proporção. Hoje, segundo a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura – FAO Brasil – 28% dos alimentos são jogados no lixo após serem preparados para consumo em restaurantes e residências.

Além disso, no Brasil, são utilizadas grandes parcelas de combustíveis fósseis para alimentar as caldeiras e as bocas dos fogões que preparam todo esse alimento, principalmente o GLP – Gás Liquefeito de Petróleo - e o gás natural, fonte de calor para diversas atividades industriais, que tem o Metano ) como combustível ativo da combustão. Isso trouxe avanços significativos no aproveitamento do biogás por uso de biodigestores, tecnologia que acelera o processo de digestão das bactérias geradoras de metano, sendo possível aplica-los para a transformação de combustível com o fim de abastecer os fogões de restaurantes.[pic 1]