Contribuição da Tecnologia Assistiva para a Educação
Por: Lais Guimarães • 29/6/2016 • Trabalho acadêmico • 1.978 Palavras (8 Páginas) • 602 Visualizações
Contribuição da Tecnologia Assistiva para a Educação
Lais Rodrigues Guimarães
RESUMO
Este trabalho apresenta relatos sobre tecnologias assistivas e sua importância para a construção da autonomia para pessoas com necessidades especiais, especificamente crianças. Uma visão teórica sobre tecnologia assistiva, descrição de algumas tecnologias assistivas serão apresentados com o intuito de dar suporte dentro da sala de aula, partindo da inclusão.
1. INTRODUÇÃO
Ultimamente um tema muito discutido é a inclusão, pois todo ser humano independente se ele é portador de alguma deficiência ou não tem assegurados os direitos e devem ser respeitados, principalmente quando se trata de uma educação de qualidade.[a]
Presenciamos com o passar das décadas uma mudança na elaboração do processo de educação para alunos com necessidades educacionais especiais, no sentido de incluí-los nas instituições de ensino regular.
A proposta educacional de inclusão visa atender a todos os alunos independente de gênero, raça, situação social ou religião, devendo garantir a qualidade de ensino, respeitando e reconhecendo a diversidade e proporcionando o devido atendimento especializado conforme as necessidades de cada aluno (BORTOLONI, 2012).
Inovações no mundo tecnológico muito têm contribuído e ainda têm a contribuir para essas crianças, mas requerer necessidade dentro das salas de aula, pois os alunos tem muito contato com a tecnologia fora da sala de aula, como por exemplo: televisão, celular, internet dentre outros.[b]
Contudo os profissionais da educação devem utilizar a tecnologia a seu favor planejando as aulas com os recursos tecnológicos disponibilizados para estimular e contribuir pra uma mudança de crescimento no processo educativo.[c]
Em virtude disso, levanta-se a seguinte questão norteadora deste projeto: Como as Tecnologias Assistivas (TA’s) podem minimizar as barreiras do aprendizado e do desenvolvimento.
Segundo perspectivas da Análise Experimental do Comportamento (AEC), ler e escrever não são os únicos comportamentos, mais um conjunto de habilidades diferenciadas e específicas que devem ser aprendidas para que ocorra a aprendizagem. A obtenção de um repertório básico para essas habilidades de leitura e escrita podem ser entendidos como uma relação comportamental interligada por formação de classes de estímulos equivalentes (OLIVEIRA, GAROTTI, SÁ 2008).
Com isso este trabalho tem como objetivo principal apresentar os recursos, serviços e equipamentos que contribuem para proporcionar ou ampliar as habilidades de pessoas com deficiência no processo educativo, e como objetivo especifico apresentar uma visão teórica sobre tecnologia assistiva, identificar quais são os recursos e serviços e por fim analisar como são os recursos e serviços no cotidiano das pessoas.
*[d]
2. METODOLOGIA
Para realização dessa pesquisa torna-se importante a definição do procedimento metodológico, as técnicas e critérios utilizados, como a modalidade de pesquisa, campo de observação, instrumento de coleta de dados, o critério para a análise, descrição das etapas, para o alcance dos objetivos propostos neste estudo.
Esta pesquisa pode ser classificada quanto aos fins como uma pesquisa descritiva, pois irá expor características de uma determinada população ou de determinado fenômeno. Também irá estabelecer correlações entre variáveis e definir sua natureza. Creswell (1994 apud Steil, 2002).
A triangulação permitirá um levantamento bibliográfico, análise de dados e aplicação de questionários nos alunos e professores que buscam uma melhor maneira de aproveitar os recursos e equipamentos para alunos deficientes.
De acordo com Manzini:
Os recursos de tecnologia assitiva estão muito próximos do nosso dia-a-dia. Ora eles nos causam impacto devido à tecnologia que apresentam, ora passam quase despercebidos. Para exemplificar, podemos chamar de tecnologia assistiva uma bengala, utilizada por nossos avós para proporcionar conforto e segurança no momento de caminhar, bem como um aparelho de amplificação utilizado por uma pessoa com surdez moderada ou mesmo veículo adaptado para uma pessoa com deficiência. (MANZINI, 2005, p. 82). [e]
Com isso o primeiro momento da pesquisa partirá de estudo de dados secundários para identificar o contexto escolar em que os alunos estão inseridos, ou seja, nas escolas da cidade de Sabará – MG – Brasil.
Em um segundo momento será feito uma reunião em profundidade com a secretaria de educação, a fim de identificar os alunos que são portadores de necessidades e que precisão de recursos serviços e equipamentos para um melhor desempenho no aprendizado.
Em um terceiro momento, será aplicada uma pesquisa com os alunos para determinar o nível de habilidades motoras e as limitações presentes nas crianças de acordo com a faixa etária.
Em um quarto e ultimo momento será realizada uma pesquisa observacional em relação à como os alunos se saem utilizando os equipamentos tecnológicos adaptados. Neste caso pode ser considerado um fator importante visto que estamos retratando de como vai ser o desempenho dos alunos com novos recursos e métodos de aprendizagem.
3. REFERENCIAL TEÓRICO
3.1 Tecnologia Assistiva
Nascida em 1988, nos Estados Unidos da América, a TA foi definida pelo Ato Congressional 100.407 (Technology Related Assistance for Individuals with Disabilities Public Act 100.407) como “qualquer item, peça de equipamento ou sistema de produtos que, quando adquiridos comercialmente modificados ou feitos sob medida, serão utilizados para aumentar, manter ou melhorar as habilidades funcionais do indivíduo com limitações funcionais” (Reis, 2004).
Diversos profissionais utilizam TA, mesmo tendo chegado a pouco no Brasil, porém diversas nomenclaturas são utilizadas por eles como: tecnologia assistida, equipamentos e auto-ajuda, tecnologia adaptativa, tecnologia terapêutica dinâmica ou tecnologia inclusiva.
Chega à constituição brasileira então em 1998, no decreto 3298 no art 19ª a definição de tecnologia assistiva:
Consideram-se ajudas técnicas, para os efeitos deste Decreto, os elementos que permitem compensar uma ou mais limitações funcionais motoras, sensoriais ou mentais da pessoa portadora de deficiência, com objetivo de permitir-lhe superar as barreiras da comunicação e da mobilidade e de possibilitar sua plena inclusão social. (Brasil, 1998).
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