Pesquisa Acadêmica Aparecida de Goiânia
Por: Dayanna Gonçalves • 21/12/2020 • Pesquisas Acadêmicas • 1.473 Palavras (6 Páginas) • 182 Visualizações
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DIAGNÓSTICO DOS ÍNDICES SOCIAIS DE
APARECIDA DE GOIÂNIA - GOIÁS
Trabalho apresentado a Universidade Estadual de Goiás no curso de ciências econômicas no 4ª período, sob a orientação da professora Joana D’Arc Bardella Castro, realizado pela aluna: Dayanna Gonçalves Rodrigues de Oliveira.
Anápolis, 2019
Aparecida de Goiânia um município que surgiu por meio de pessoas devotas que construíram sobre área doada à Igreja Católica por fazendeiros locais, chamado de Santuário Nossa Senhora Aparecida para a realizações de eventos cristãos.
O município registra crescimento populacional desde a sua emancipação na década de 1960, porém, a partir dos anos 80 e inicio dos 90, houve um avanço demográfica no município passando de uma população de pouco mais de 40 mil habitantes em 1988 para quase 180 mil em apenas quatro anos, o que provocou um desenvolvimento repentino e totalmente desordenado. Este fenômeno corresponde ao alto crescimento demográfico do próprio estado de Goiás, que desde a década de 1950 passou a atrair migrantes de diversos estados e regiões, além das migrações para os centros urbanos que ocorreram internamente (GOIÁS, 2011). Aparecida de Goiânia tem atraído população devido à proximidade em relação à Goiânia e seu processo de industrialização iniciado na década de 1980, sendo o segundo município mais populoso do Estado, ficando atrás apenas da capital segundo o IBGE.
Segundo dados do Atlas Brasil (2000; 2010) e IBGE (2019) a população de Aparecida de Goiânia passou de 332.500, em 2000, para 455.657 em 2010 e atualmente com 578.179, apresentando um crescimento populacional de 3,08% entre 200-2010 e uma densidade demográfica (hab./km²) de 2075,756 atualmente. Do número total de habitantes, 99% concentram-se na área urbana e apenas 1% na área rural (Atlas Brasil, 2010), assim praticamente toda a população está no perímetro urbano.
A população feminina é predominante, o fato se explica por estas apresentarem condutas menos agressivas, menor exposição aos riscos no trabalho e maior atenção à saúde. Se verifica também um elevado número de jovens, onde a população na faixa etária de 0 a 24 anos corresponde a 45,35% do total (IBGE, 2010). Ainda que este dado indique uma composição demográfica típica de regiões pouco desenvolvidas em termos de qualidade de vida, cabe ressaltar que neste aspecto o perfil de Aparecida de Goiânia tem se modificado nas últimas décadas, a população tem envelhecido, o índice de envelhecimento é de 0,026 em 2000 e 0,038 em 2010(Atlas Brasil), e a proporção de idosos é 4,34% e 6,06% respectivamente.
Tanto a nível municipal quanto estadual e nacional registraram-se quedas nas taxas de fecundidade respectivamente de 2, 24; 2,23 e 2,37 para 1,85; 1,87 e 1,89 (Atlas Brasil 2000 – 2010) indicado que há fecundidade insuficiente pelo menos para assegurar a reposição populacional. Da mesma forma que houve aumento da esperança de vida ao nascer, com o município estando acima das médias estadual e nacional.
Diante de seu desenvolvimento Aparecida perdeu o título de cidade dormitório, ao invés disso se consolidou como um polo econômico regional. O que se pode observar no município é a materialização de uma cidade, passando por uma verdadeira metropolização, destacando se em importantes setores.
Segundo o Instituto Mauro Borges o Produto Interno Bruto em 2006 era de R$ 2.670.145 apresentando uma significativa elevação após 10 anos de R$ 11.980.985, sendo classificado como o terceiro PIB do Estado de Goiás.
O valor da renda per capita de Aparecida de Goiânia é de R$ 399,29 (IMB, 200) estando abaixo ao dos valores do estado e do Brasil, ainda que os mesmos tenham aumentado significativamente de 689,30 em 2010.
O Produto Interno Bruto per capita de Aparecida de Goiânia, em 2010, era de R$ 612.745,52, o que representava apenas 71,67% do PIB per capita no Estado de Goiás. Em 2016, com R$ 22.514,94, evolui para cerca de 83% do PIB per capita do estado.
Um aspecto positivo e que contribuiu significativamente com o desenvolvimento industrial de Aparecida de Goiânia, foi á localização estratégica, tenho suas divisas ás margens da BR-153 e praticamente no meio de grandes centros, isso facilitou e muito a instalação de grandes indústrias que buscam, é claro, regiões com melhor escoamento de produtos.
Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM) tem por objetivo mensurar os níveis de desenvolvimento alcançados pelos municípios. Segundo o Atlas Brasil o município evoluiu fortemente em 2000 o desenvolvimento humano era baixo de 0,582 após 10 anos obteve uma melhora 0,718 passando para desenvolvimento humano médio. Dos três componentes (educação, longevidade e renda), o pior desempenho foi em relação à educação em 2000 de 0,403 classificado como baixo e em 2010 com 0,62 sendo classificado como médio desenvolvimento o que indica a necessidade de maiores investimentos nesta área, se destaca o alto índice de desenvolvimento humano no fator Longevidade 0,834 em 2010.A renda teve um pequeno desenvolvimento continuando na classificação média de 0,628 em 2000 e 0,716 em 2010.
Os dados para o Índice de Gini revelam uma piora do indicador para Aparecida de Goiânia, que em 2000 era de 0,46 e em 2010 aumentou para 0,47, em contrapartida do Estado e do Brasil que melhoraram na desigualdade de renda.
Segundo o Ipeiadata a linha de indigência obteve uma melhora de 9,16 em 1991 para 7,06 em 2000, ou seja uma melhora em média de 0,23 ao ano. Em relação a extrema pobreza se observa uma avanço significativo de 4,34 em 2000 para 0,99 em 2010 o mesmo acontece com a proporção da pobreza em níveis municipal quanto estadual e nacional. Isso ocorreu devido aos programas sócias de redistribuição de renda.
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