Relação Entre Pressão Sistólica E Nível De Risco Materno Durante A Gravidez
Por: Beatriz Melo • 8/7/2023 • Trabalho acadêmico • 2.554 Palavras (11 Páginas) • 90 Visualizações
TRABALHO DE BIOESTATÍSTICA – RELAÇÃO ENTRE PRESSSÃO SISTÓLICA E NÍVEL DE RISCO MATERNO DURANTE A GRAVIDEZ
2022
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ........................................................................................................2 2 MATERIAIS E MÉTODOS ...................................................................................... 3 3 RESULTADOS E DISCUSSÃO .............................................................................. 6 4 CONCLUSÃO ....................................................................................................... 12 REFERÊNCIAS ...................................................................................................... 13
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1- INTRODUÇÃO:
O objetivo primordial deste trabalho é mostrar por meio de dados estatísticos que existe uma relação intrínseca entre a pressão sistólica e o nível de risco da saúde materna na gravidez, para isso, foi utilizado um programa para gráficos e cálculos estatísticos. Nesse período, algumas mulheres ficam propensas à hipertensão gestacional, caracterizada pelo aumento da pressão arterial após a 20ª semana de gestação, geralmente desaparece entre 1 ou 2 semanas após o parto, porém se não tratada adequadamente, pode evoluir para um quadro de pré-eclâmpsia ou até mesmo para a eclâmpsia.
De acordo com a medicina, a pressão alta da gestante também pode causar danos à saúde do bebê, pois aumenta o risco de descolamento precoce da placenta, e o crescimento do bebê em formação pode ficar restrito pela insuficiência placentária. Ademais, o risco de um nascimento prematuro pode aumentar, já que essa elevação pode provocar grave redução do fluxo sanguíneo para a placenta, em alguns casos ocorre a asfixia do bebê dentro do útero, por falta de oxigenação adequada, fator que pode levar o feto à óbito. Além disso, a gestante fica em um estado de saúde alarmante, podendo ter inúmeros prejuízos sistêmicos a curto e longo prazo, podendo levar à morte.
O Ministério da Saúde (MS) aponta a pressão alta na gravidez como a maior causa de morte materna no país, sendo responsável por cerca de 35% dos óbitos, sendo assim, é de suma relevância uma atenção redobrada nessa fase. Portanto, fica evidente a necessidade de medidas de intervenção para o controle da pressão arterial no período gestacional. Desse modo, é importante que a mulher tenha uma dieta equilibrada, rica em ácido fólico (nutriente de ação vasodilatadora e pobre em sódio), e controle o peso, já que o excesso do mesmo também contribui para a incidência de hipertensão, já que esses fatores, além daqueles que são indeterminados e desconhecidos, contribuem para a incidência de hipertensão, corroborando em um maior nível de risco materno.
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2- MATERIAIS E MÉTODOS:
Nesse trabalho abordou-se a respeito do nível de risco de saúde materna durante a gravidez, mais especificamente para deduzir uma relação entre o nível de pressão sistólica com o nível de risco, e a partir de leituras a respeito do tema, e de dados coletados, iniciou-se a pesquisa. Os dados foram obtidos através do kaggle, uma plataforma que disponibiliza inúmeros datasets, e no conjunto de dados utilizado, os dados foram coletados de diferentes hospitais, clínicas comunitárias e de cuidados de saúde materna, por meio do sistema de monitoramento de risco baseado em “Internet das Coisas” (IoT). No arquivo encontrado para o trabalho há 1014 amostras, no qual contém informações como idade da gestante, valor da pressão arterial sistólica e diastólica, os níveis de glicose no sangue em termos de concentração molar, a frequência cardíaca em repouso e o nível de intensidade de risco previsto durante a gravidez considerando esses fatores.
Para a realização do trabalho o programa escolhido foi o RStudio, e a técnica utilizada foi a de regressão logística, que permite estabelecer relação entre duas variáveis, também, porque nesse contexto a variável resposta é qualitativa, além de que essa técnica permite estimar a probabilidade associada à ocorrência de determinado evento. As amostras foram reduzidas de 1014 para 678, pois foram utilizados como dados da variável somente os níveis de risco alto e baixo, removendo o risco de nível médio, além de que os valores escolhidos para a pressão sistólica foram de entre 80mmHg e 160mmHg. Ademais, no programa não é possível trabalhar com variáveis qualitativas, portanto, foi necessário tornar os dados “alto nível de risco” e “baixo nível de risco” em numéricos, substituindo o risco alto por 1 e o risco baixo por 0, assim, foi possível prosseguir com o trabalho.
Na Imagem 1, pode-se ver a implementação em código dos passos acima descritos.
[pic 1]Imagem 1 – Utilização apenas das variáveis alto risco e baixo risco. Fonte: Autores (2022)
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Posteriormente, foi realizado o gráfico de dispersão, que é utilizado para pontuar dados em um eixo vertical e horizontal com a intenção de exibir quanto uma variável é afetada por outra. Cada linha na tabela de dados é representada por um marcador cuja posição depende dos seus valores nas colunas determinados nos eixos X e Y. Só assim foi possível analisar se seria ou não possível trabalhar utilizando os dados coletados e mencionados anteriormente. Depois de analisado o gráfico de dispersão, onde é notório que os dados se comportam conforme o esperado para o modelo escolhido, verificou-se a possibilidade de fazer a regressão logística.
[pic 2]Imagem 2 – Utilização das variáveis para a construção do gráfico. Fonte: Autores (2022).
Na imagem 3 pode-se ver o gráfico de dispersão gerado dos dados. No eixo x está a variável independente, ou seja, a pressão sistólica (mmHg), enquanto no eixo y está a variável dependente (gravidez de alto ou baixo risco).
[pic 3]
Imagem 3 – Gráfico de dispersão da gravidez de alto/baixo risco com base na pressão sistólica. Fonte: Autores (2022).
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Em suma, estamos investigando a relação entre as variáveis, assumindo que a regressão logística. ��̂ = ଵ
pressão sistólica é um dos indicativos de uma gravidez de alto risco. Visualmente é possível notar que quanto mais alta for a pressão sistólica, há uma certa tendencia a gravidez de risco. Para verificar esta prerrogativa como supracitado, iremos executar regressão logística destes dados.
൜��: �� = 0
Em poucas palavras regressão logística é um modelo estatístico utilizado para ��ଵ: �� ≠ 0 (2)
previsão da ocorrência de um determinado evento. Foi escolhida a regressão logística principalmente pois diferente da regressão linear, a variável dependente na regressão logística é categórica, o que se encaixa no problema em questão, onde a variável dependente é ligada com alto//baixo risco de gravidez.
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