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ISO/IEC 9126 PARA O DESENVOLVIMENTO DE SOFTWARE

Por:   •  6/11/2018  •  Artigo  •  2.460 Palavras (10 Páginas)  •  286 Visualizações

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ISO/IEC 9126 PARA O DESENVOLVIMENTO DE SOFTWARE VOLTADO À QUALIDADE NO SEGMENTO DE TRANSPORTE RODOVIÁRIO[pic 1]

Francieli Borges Tartari[1]

Nilo Otani[2]

Resumo

O presente trabalho tem como objetivo caracterizar a qualidade de software, suas característica, e subcaracterísticas para o gerenciamento da qualidade. Para tal finalidade, serve-se da fundamentação teórica no escopo voltado às formas de gerenciamento, caracterização e benefícios da ISO/IEC 9126 para a qualidade de software. Quanto aos procedimentos metodológicos, trata-se de um estudo de caso com uma pesquisa descritiva predominante qualitativa. A coleta de dados, será por meio de pesquisas descritiva, e questionários voltados a empresa em estudo. Falar dos resultados obtidos.

Palavras-chave: Qualidade de Software. ISO/IEC 9126. Sistema Informática Empresarial.

1 INTRODUÇÃO

O tema do presente trabalho é relacionado ao processo de qualidade de software.

O objetivo da presente pesquisa é caracterizar os atributos da ISO/IEC 9126 para o desenvolvimento de software voltado a qualidade no segmento de transporte rodoviário de cargas.

Introdução

2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

2.1 QUALIDADE DE SOFTWARE

Qualidade é um termo genérico, pois não tem um sentido único. Para cada conceito existem vários níveis de abstração e a visão popular normalmente é diferente do seu uso profissional. Na visão popular, o termo é indefinível e a qualidade pode ser discutida e julgada, mas não pode ser medida. Normalmente é relacionada a luxo e elegância, e os produtos caros e complexos têm melhor nível de qualidade (TAIT; DELARIZZA, 2011). Do ponto de vista técnico, a norma ISO/IEC 9126 define que qualidade é a totalidade das características de um produto ou serviço que lhe confere a capacidade de satisfazer as necessidades implícitas e explícitas dos usuários (ISO/IEC, 2001).

Para a área de Engenharia de Software qualidade é um fator básico, que disponibiliza métodos, técnicas e ferramentas para este fim, portanto o fundamental é que o software seja confiável, isto é, seja eficaz e siga os padrões exigidos para o contexto onde irá atuar. (LEITE, 2011).

Qualidade de software é um processo sistemático que foca em adequar o sistema para: ser utilizado pelo usuário; não apresentar defeitos; atender as especificações de requisitos; e possuir confiabilidade, usabilidade e manutenibilidade (CÔRTES; CHIOSSI, 2001). Para Bartié (2002), a garantia da qualidade é definida pelo processo que engloba a estruturação, sistematização e execução das atividades desenvolvidas, satisfazendo o processo de qualidade.

A qualidade de software é dividida em duas etapas: qualidade de processo, que compreende as etapas de contato, manutenção, documentação, testes, auditoria, treinamento e aceitação com o cliente; e qualidade de produto, que compreende a apresentação final, ou seja, o sistema informatizado apresentado ao cliente para utilização (TAIT; DELARIZZA, 2011).

Conforme Sodré (2011), foram criadas normas e padrões de qualidade de processo de software para auxiliar na obtenção de qualidade do produto, pois é por meio da melhoria de processo de software que é obtida a qualidade de produto. As principais normas para qualidade de processo são CMM (Capability Matury Model), ISO/IEC 12207, SPICE (Software Process Improvement and Capability Determination), ISO/IEC 15504 e a família da ISO/IEC 9000. A qualidade de produto de software é baseada em normas que avaliam se o cliente está satisfeito e se o produto tem fácil manutenção. Alguns exemplos de normas de qualidade de produto são as normas ISO/IEC 14598, 12119 e 9126.

2.3 ISO/IEC 9126

O modelo proposto pela ISO/IEC 9126 tem por objetivo servir de referência básica na avaliação de produto de software, possuindo a finalidade de manter o software no seu nível de desempenho dentro de condições estabelecidas (SCHUHMACHER, 2011). Além de ter força de norma internacional, ela cobre os aspectos mais importantes para qualquer produto de software. (GOMES, 2011)

Conforme Côrtes (2011), a ISO/IEC 9126 serve para:

  • Definir os requisitos de qualidade de um produto de software;
  • Descrever as características e atributos do software implementado;
  • Avaliar as especificações do software durante o desenvolvimento para verificar se os requisitos de qualidade estão sendo atendidos;
  • Avaliar o software desenvolvido antes da efetiva entrega ao cliente;
  • Avaliar o software desenvolvido antes da aceitação do cliente.

        Em 1911, foi publicada a norma ISO/IEC 9126 contento características e atributos que definem a qualidade de um produto. Após diversas revisões e sucessivas melhorias na norma, foram criadas divisões, conforme figura 1.

[pic 2]

 

          Figura 1: Representações da Norma ISO/IEC 9126

                          Fonte: Adaptado de Sodré (2011).

2.3.1 Características da ISO/IEC 9126

        Segundo Machado e Souza (2011), a ISO/IEC 9126 é formada pelos modelos Qualidade Externa e Interna que possui as seguintes características:

  • Funcionalidade: o sistema se comporta conforme o esperado e definido nos requisitos.
  • Confiabilidade: extensão em que se pode esperar que um programa execute as funções programadas com a precisão requerida.
  • Usabilidade: esforço requerido para aprender, operar, preparar as entradas e interpretar os resultados de um programa.
  • Eficiência: quantidade de recursos computacionais e de código requerida por um programa para executar uma função.
  • Manutenibilidade: esforço requerido para localizar e corrigir um erro num programa. A facilidade de manutenção envolve também a documentação do software.
  • Portabilidade: facilidade do software de operar em vários ambientes.

Cada característica da ISO/IEC 9126 possui suas subcaracterísticas definidas, conforme Côrtes (2011):

  • Funcionalidade:
  • Adequação: presença das funções especificadas;
  • Acurácia: o produto gera resultados precisos ou dentro do solicitado;
  • Interoperabilidade: capacidade de interagir com outros sistemas, de acordo com o especificado;
  • Conformidade: observância a padrões, convenções ou regras estabelecidas;
  • Segurança de acesso: capacidade para prevenir acessos indevidos.

  • Confiabilidade:
  • Maturidade: indicação de poucas falhas;
  • Tolerância a falhas: capacidade do produto para manter determinados níveis de desempenho mesmo na presença de erros;
  • Recuperabilidade: capacidade do produto para reestabelecer o nível de desempenho desejado e recuperar dados em casos de falhas;
  • Usabilidade:
  • Inteligibilidade: facilidade do usuário para reconhecer a lógica de funcionamento do produto;
  • Apreensibilidade: facilidade do usuário para aprender a utilizar o produto;
  • Operacionalidade: facilidade para operar o produto;
  • Eficiência:
  • Comportamento com relação ao tempo: tempo de resposta e de processamento, mesmo ao executar a funções prescritas;
  • Comportamento com relação ao uso de recursos: quantidade de recursos necessários e a duração.
  • Manutenibilidade:
  • Analisabilidade: esforço necessário para diagnosticar causas de falhas ou até mesmo localizar as partes a serem modificadas para corrigir os problemas;
  • Modificabilidade: esforço necessário para realizar alterações, remover falhas ou para adequar o produto a mudanças operacionais;
  • Estabilidade: risco de consequências inesperadas provenientes de modificações no produto;
  • Testabilidade: medida do esforço necessário para testar o produto alterado.
  • Portabilidade:
  • Adaptabilidade: facilidade de se adaptar o produto para funcionar em outros diversos ambientes;
  • Facilidade de instalação: esforço necessário para se instalar o produto;
  • Capacidade para co-existir: nível de conformidade do produto com padrões referentes à portabilidade;
  • Facilidade para substituir: esforço necessário para usar o produto em substituição a outro produto.

Quanto a Qualidade de Uso, a ISO/IEC 9126 possui as características:

  • Efetividade: permitir ao usuário atingir metas específicas com acurácia e completude, em um contexto de uso específico;
  • Produtividade: permitir que seus usuários empreguem quantidade adequada de recursos em relação à efetividade;
  • Segurança: apresentar níveis de aceitáveis de riscos de danos a pessoas, a negócios, a propriedade, entre outros;
  • Satisfação: satisfazer os usuários em um contexto com o uso específico.

3 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

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