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A Organização de Cooperação e Desenvolvimento Econômico

Por:   •  31/5/2015  •  Trabalho acadêmico  •  3.186 Palavras (13 Páginas)  •  143 Visualizações

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I FÓRUM INTERNACIONAL SOBRE E-COMMERCE

Rio de Janeiro, 27/05/2000

O E-Commerce, o EDI e a Internet nas Atividades Portuárias

        O setor marítimo e o setor portuário são, na realidade, instrumentos a serviço do comércio internacional e, como tal, são muito sensíveis às mudanças que ocorrem no mesmo. As novidades e transformações que surgem no meio comercial internacional, tem influência direta nos setores marítimo e portuário.

Neste cenário considerando a característica dos portos como pontos vitais na cadeia logística intermodal dos transportes, a introdução de novos procedimentos e serviços destinados a automação e agilização, não só da movimentação e transferência das cargas, mas também na troca de informações e documentação, são de vital importância ao setor.

Os processos comerciais e de distribuição de mercadorias encontram-se em um processo acelerado de mudanças em todo mundo, fato que está provocando uma redefinição dos centros de produção, armazenamento e de distribuição das cargas e também, com relação as formas tradicionais de "fazer os negócios", principalmente com relação aos métodos e procedimentos relativos a troca de informações e trâmite da documentação, com a substituição do "tradicional papel" pela informação e documentação eletrônica.

         A expressão "E-commerce", atualmente muito em evidência em todo o mundo, sendo inclusive o motivo deste Fórum, e que literalmente significa, comércio eletrônico, é definida de maneira distinta por organismos internacionais de comércio:

  • O Centro de Facilitação para o Comércio e Transporte - CEFACT das Nações Unidas,  define como a "realização de negócios eletronicamente". Isto inclui compartilhar informações estruturadas ou não, de negócios mediante qualquer meio eletrônico tais como, correio e mensagens eletrônicas, tecnologias World Wide Web, cartões inteligentes, transferências eletrônicas de recursos e intercâmbio eletrônico de dados, seja por meio de provedores, usuários ou outros interessados em conduzir e executar transações em atividades business-to-business (empresa a empresa) ou cliente-empresa;
  • A Organização Mundial do Comércio - OMC, define o "E-commerce" como sendo "a produção, promoção, venda e distribuição de produtos por meio de redes de telecomunicação" e;
  • A Organização de Cooperação e Desenvolvimento Econômico - OCDE, define o "E-commerce", como sendo "as transações comerciais nas quais estão envolvidos tanto particulares como organizações, baseadas no processamento e transmissão de informação digitalizada, incluindo textos, sons e imagens, através de redes abertas ( tipo internet), ou fechadas (tipo intranet ou AOL), que dispõem de uma saída a uma rede aberta".

        Portanto, pode-se concluir que comércio eletrônico é algo muito além do que a simples venda de um determinado produto entre uma empresa e um cliente através da rede da internet.  O mesmo é o conjunto de relações comerciais e intercâmbios de informações empresa-empresa, cliente-empresa ou máquina-pessoa, realizadas por meios eletrônicos. Uma transação comercial completamente eletrônica, implica que todos as etapas e procedimentos entre as partes sejam realizadas por meios eletrônicos e que, definitivamente, não sejam trocadas somente informações eletrônicas, mas também direitos e obrigações também de forma eletrônica.

        A liberalização econômica e o processo de globalização da economia mundial, aliados com o desenvolvimento das economias da informação, especialmente o fenômeno da internet, abriram o caminho para o surgimento  deste tipo de comércio.  

        Por outro lado, a sigla EDI que corresponde ao termo inglês "Eletronic Data Interchange", ou em português, troca eletrônica de dados, e na prática, "a transmissão eletrônica de documentos comerciais padronizados entre computadores de modo que a informação possa ser processada sem a necessidade da intervenção manual e do documento original impresso", ou também, "a troca de mensagens estruturadas entre computadores, sem a intervenção humana na leitura ou gravação dessas mensagens". Tal sistema tem-se revelado o meio mais adequado para solucionar e agilizar o tratamento da informação associada ao tráfego de cargas e serviços. 

Ambos os conceitos, o "E-commerce e EDI", surgem no mundo moderno e globalizado em que vivemos, como algo natural e necessário, conseqüência da corrida pela eficiência, agilidade, segurança e controle das atividades e operações comerciais, e visam principalmente, a redução dos custos finais das matérias primas, da produção, dos produtos finais e dos serviços.

Na realidade, tudo isso é ocasionado pela acirrada concorrência entre empresas que viram na automação dos seus processos comerciais, sejam estes produtivos ou relacionados a cadeia logística dos transportes,  uma das formas de vencer a concorrência no setor.

        Desde o momento que os processos comerciais e mercantis ultrapassaram os limites das aldeias, onde o carro de boi ou a carroça e o rústico barco era o meio habitual para transportar suas mercadorias e riquezas, surgiu a necessidade de documentar e controlar estas operações. Imaginem, na época, como deveriam ser feitos esses controles.

        Ao aumentar do volume das operações realizadas entre aldeias, posteriormente entre comerciantes, empresas e também entre nações, naturalmente que o controle das transações e o acompanhamento das cargas, até então realizadas manual, começou a tornar-se problemático. Erros, incoerências de informações, extravios, desvios, roubos, atrasos, etc., passaram a exigir a utilização de outros métodos mais eficazes, rápidos e seguros.

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