A Ética e Responsabilidade Social

Após décadas de uso descuidado e desenfreado de recursos ambientais por parte do ser humano, a sociedade atual colhe consequências acentuadas e que apontam para uma crise ambiental ainda maior em curto espaço de tempo. Tendo como prioridade o aspecto financeiro, muitas empresas ignoraram por anos os efeitos colaterais do mau uso de recursos e utilizando como motor de avanço a exploração, muitas vezes desumana, da mão de obra. Em busca da contenção e reparo dos danos causados, diversas instituições estão agregando ações à sua política, que vão de encontro às antigas práticas corporativas, evidenciando a relação saudável entre humanidade e ambiente.

Como efeito da Revolução Industrial, a sociedade usufruiu de um considerável avanço tecnológico e estrutural do mundo, mas que trouxe consigo diversos danos socioambientais, que estão sendo tratados com maior cautela nos dias atuais. A Organização das Nações Unidas (ONU) projeta, até 2030, a implantação dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), que visam dirigir as ações globais, rumo ao desenvolvimento sustentável.

Algumas práticas empresariais podem ser destacadas na aderência aos ODS e que estão revolucionando o mercado. Como exemplo, a Raízs, uma foodtech nacional que prioriza a parceria com pequenos produtores e utiliza recursos de inteligência artificial para prever o consumo das produções, permitindo que sejam retirados do solo apenas os recursos necessários, evitando o desperdício. Também no ramo alimentício, a Connecting Food atua no mapeamento de alimentos que seriam descartados por outras empresas e disponibilizam para pessoas em estado de vulnerabilidade social. Atendendo ao compromisso de promover a igualdade de gênero, a Tech Girls promove o acesso do público feminino, principalmente autônomas e donas de casa, à tecnologia, disponibilizando cursos gratuitos e aparelhos eletrônicos recondicionados.

Portanto, assim como em todo o processo de construção da sociedade, as corporações permanecem assumindo o protagonismo no papel de guias do comportamento social e que hoje, no processo de reestruturação socioambiental, podem impulsionar a transição para um mundo mais equalitário e sustentável.

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