Lixo Eletrônico
Por: misaelbmendes • 9/3/2016 • Resenha • 1.016 Palavras (5 Páginas) • 972 Visualizações
Lixo Eletroeletrônico
Os resíduos de equipamentos eletroeletrônicos, o lixo eletroeletrônico, são produtos que têm componentes elétricos e eletrônicos e que, por razões de obsolescência são descartados pelos consumidores. Obsolescência programada é a decisão intencional de fabricar um produto que se torne obsoleto ou não funcional após certo tempo, já a obsolescência perceptiva é uma forma de reduzir a vida útil de produtos ainda funcionais. São lançadas novas gerações o que induz o consumidor à troca. O consumidor raramente reflete sobre as consequências do consumo crescente desses produtos, o mundo globalizado impõe uma constante busca de informações em tempo real, e a interação com novas tecnologias traz maiores oportunidades e benefícios. Dois aspectos justificam a inclusão dos eletroeletrônicos entre as preocupações da ONU: as vendas crescentes e a presença de metais e substâncias tóxicas em muitos componentes, trazendo risco à saúde e ao meio ambiente. A produção cada vez maior e mais rápida de novos eletroeletrônicos traz dois problemas, o elevado consumo de recursos naturais para sua fabricação e a destinação final inadequada. O grande impacto ambiental do lixo eletroeletrônico não é seu descarte, e sim a extração dos insumos para sua produção. O simples descarte no ambiente de um equipamento, ou pedaços não aproveitados na desmontagem, pode causar impactos ambientais futuros. Descartar esse tipo de lixo é desperdiçar a oportunidade de recuperar partes recicláveis e metais de alto valor agregado, como ouro, prata, cobre. Em aterros sanitários, o lixo eletroeletrônico é fonte de liberação de metais tóxicos, por reações químicas, ficam acumulados na cadeia alimentar, causando danos à saúde dos seres vivos atingidos, o descarte de eletroeletrônicos no lixo urbano que é incinerado é um grave problema ambiental e de saúde pública. Países desenvolvidos exportam esse tipo de lixo para países da África e da Ásia, em uma pretensiosa inclusão digital, isso prejudica a saúde das pessoas que lidam com esse material e o ambiente. Estudos confirmaram que a maior chance de ter câncer e outras doenças perto de unidades de reciclagem. O Brasil é o quinto maior produtor mundial de computadores e esses produtos compunham 1,9% do lixo urbano do país, em 2011, e a coleta seletiva só atingia 12% da população, em 2010, como o país ainda vive uma explosão da compra de eletroeletrônicos o problema do descarte tenderá a se agravar no futuro. O maior desafio é estabelecer uma coleta seletiva eficiente e um sistema de logística reversa que dê conta das diferenças regionais e da extensão territorial, espera-se que, com a nova política nacional e a adequação gradual de todos os envolvidos, o mercado de reciclagem de eletroeletrônicos no Brasil cresça. Uma resposta à geração acelerada de lixo eletroeletrônico são as leis, surgidas em países desenvolvidos, para responsabilizar os fabricantes pelos produtos após o fim de sua vida útil, foi recentemente adotado por Argentina, Brasil, Colômbia, Peru Japão e África do Sul. A logística reversa deve abranger do consumidor à indústria recicladora e garantir, ao mesmo tempo, sustentabilidade ambiental, econômica e social. Dada a diversidade social, cultural, geográfica e burocrática das populações, a logística reversa deve ser diferente em cada país, muito esforço e incentivo devem ser feitos para que esta se torne uma rotina cultural no país.
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