Programa de Pós-Graduação em Informática Inteligência Artificial

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Universidade Federal da Paraíba Centro de Informática Programa de Pós-Graduação em Informática  Inteligência Artificial Aluno: Thyago de Oliveira Freitas                             Matrícula: 20201006801

IA no cotidiano

        Desde a antiguidade, a humanidade tenta entender como fuciona o processo cognitivo, com o objetivo de empregá-lo no cotidiano. Na mitologia grega, o deus Hefesto cria e atribui inteligência ao autômato Talos, que é enviado por Zeus para proteger a ilha de Creta. Era de sua responsabilidade afastar os piratas, atirando pedras enormes a distância, e verificar se as leis divinas estavam sendo obedecidas pelos habitantes [1].

        Já na atualidade, durante a década de 50, a Inteligência Artificial é fundada como uma disciplina acadêmica, partindo do pressuposto de que a inteligência humana “pode ser descrita com tanta precisão que uma máquina consegue simulá-la” [2]. A nova disciplina reuniu diversas áreas do conhecimento, desde a filosofia, psicologia e linguística, até a matemática e a computação, resultanto em várias aplicações que impactaram a sociedade nas décadas seguintes.

        Nas últimas semanas, a pandemia de Coronavírus tem alertado vários países ao redor do globo, e as autoridades orientam a população a se manterem em suas residências. As entregas delivery se tornaram uma alternativa viável para entrega de alimentos sem a necessidade de deslocamento para boa parte das pessoas. Grande parte dos aplicativos de entregas utilizam a base do google maps, que permite a identificação de ruas e a localização de estabelecimentos.

        Muitos países não possuem uma padronização para nomeação de ruas e numeração de casas. A Google conseguiu desenvolver uma rede neural que consegue analisar as fotos captadas pelo Street View para extrair os nomes das ruas a partir das placas. Por exemplo, em uma placa onde está escrito “AV. PRES. CASTELO BRANCO”, é possível transformar “AV.” em avenida e “PRES” em presidente. Na imagem abaixo, a IA também consegue entender que o nome do estabelecimento não é “Bridgestone” ou “Firestone”, mas sim “Zelina Pneus” [3].        

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Foto de estabelecimento registrado pelo Google Street View [3]

        Em contrapartida, da mesma forma que é possível identificar nomes de ruas e estabelecimentos, a IA também é responsável por “borrar” números de placas de veículos e rostos de pessoas por questões de  confidencialidade. A base do Street View, que já conta com mais de 80 bilhões de imagens, são analisadas por chips conhecidos como Tensor Processing Unit, feitos sob medida para o TensorFlow, que é uma plataforma aberta de machine learning [4].

        Uma das grandes preocupações de empresas de vendas é buscar entender o que o cliente quer e mostrar recomendações baseadas em suas buscas. Geralmente, métodos de IA são empregados nessas situações, o que implica em contratação de mão-de-obra especializada, aumentando o custo. No entanto, existem serviços, como o Amazon Personalize, que se propõe como uma API baseada em machine learning, onde os desenvolvedores do site ou aplicativo fornecem o número de cliques, visualizações da página, cadastramentos, compras, ou opcionalmete dados dos usuários, como idade e localização geográfica, retornando as recomendações personalizadas para o cliente, sem a necessidade dos desenvolvedores da empresa que contratou o serviço lidarem com os algoritmos de IA [5].