RESENHA: A CATEDRAL E O BAZAR
Por: Jordana Lourenço • 27/10/2017 • Resenha • 762 Palavras (4 Páginas) • 646 Visualizações
[pic 1]
UFPA - UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ
ILC - INSTITUTO DE LETRAS E COMUNICAÇÃO
FACOM - FACULDADE DE COMUNICAÇÃO
COMUNICAÇÃO SOCIAL – PUBLICIDADE E PROPAGANDA
JORDANA LOURENÇO DE SENA
RESENHA: A CATEDRAL E O BAZAR
BELÉM-PA
2017
RAYMOND, Eric Steven. A Catedral e o Bazar. O’Reilly Media, 1999.
Eric Steven Raymond conhecido também como “ESR”, é um hacker e escritor. Depois de sua publicação do livro “A Catedral e o Bazar”, Raymond foi por alguns anos frequentemente citado como porta-voz para o movimento open source e visto como um ícone no movimento “software livre”. Também é o enunciado da lei de Linus, alusão ao criador do sistema operacional “Linux”, Linus Torvalds. “A Catedral e o Bazar” que é o contexto da resenha, trata-se sobre os métodos de engenharia de software, baseado em suas observações do processo de desenvolvimento do Linux e suas experiências administrando o projeto “Fechtmail”.
Em sua obra, o autor apresenta sua trajetória em relação ao projeto “Fechtmail” e como o software se tornou um código aberto e a evolução que ocorreu devido a cooperação entre usuários e desenvolvedores. O autor mostra também, até de uma forma bem persuasiva, um outro lado do sistema operacional Linux que por falta de busca de informações, muitas vezes é pouco conhecido entre as pessoas que optam por usar o sistema operacional da Microsoft Windows ou “Catedral”, termo bastante usado pelo Raymond durante seu ensaio. Um ponto interessante que foi relatado de forma muito clara pelo artigo, é o fato do Linux ser de alguma forma um sistema mais colaborativo, já que conta não com um, mas com milhares de desenvolvedores e hackers que buscam sempre aperfeiçoar, formar parcerias e partilhar entre si afim de atingir uma melhora de softwares e códigos abertos. Como Eric relata em sua obra “Em uma cultura de software que encoraja a troca de código, isto é um caminho para um projeto evoluir ” (RAYMOND,1999), reforça que a base do sistema Linux é a cooperação e a busca também de co-desenvolvedores, que no livro, Eric cita sendo os clientes.
Um outro ponto, é a visão que o autor tem sobre um projeto que inicialmente não é dele, mas que pela sua experiência ou até mesmo pela sua intuição, decide ter uma visão de melhoramento sobre o projeto que então na época se chamava “Popclient”. E é aí que entra um dos grandes diferenciais apontados no texto entre o estilo “Catedral e Bazar”. Durante toda a sua narrativa ele expõe argumentos sobre como um sistema mais “fechado” pode ocorrer um certo acomodamento por parte do desenvolvedor enquanto que quando existe a troca de códigos, o projeto é revisto mais vezes, atendendo sempre as expectativas dos clientes, diminuindo assim a insatisfação por parte destes e atingindo possivelmente um nível muito maior que o imaginado no início, “havendo olhos suficientes, todos os erros são óbvios” (RAYMOND, 1999). Percebe-se inclusive, que ocorreu isso com o “fechtmail”, pois o autor conta de forma até um pouco indignada a trajetória do projeto e percebe-se ao longo dos capítulos a proporção muito maior que esse software toma a partir do auxílio de outros usufrutuários do kernel Linux.
...