A COMPOSIÇÃO BÁSICA DE UMA TINTA EM PÓ
Por: pezao • 23/11/2016 • Trabalho acadêmico • 1.450 Palavras (6 Páginas) • 3.058 Visualizações
CLASSIFICAÇÃO DE TINTA EM PÓ
Termoplásticas: São uma classe de tintas que não passam por nenhuma transformação química durante a cura. Fundem-se de acordo com a temperatura de exposição e se solidificam com o resfriamento, permanecendo com a mesma estrutura. Apresentam características insatisfatórias como baixa resistência a solventes, alta temperatura de fusão e pequena aceitação de pigmentos.
Termoconvertíveis: Constituem a classe mais importante e mais comum. Apresentam reações químicas irreversíveis durante a cura, transformando a estrutura de linear para tridimensional, com alta resistência a solventes, excelente aderência, flexibilidade, etc.
COMPOSIÇÃO BÁSICA DE UMA TINTA EM PÓ
∙ 40% Pigmentos Ativos e Inativos
∙ 4,5% Aditivos
∙ 0,5% Agente de Cura
∙ 55% Resinas Base
RESINAS
A resina além de ser o constituinte que mais caracteriza a tinta, é o constituinte ligante ou aglomerante das partículas de pigmentos e responsável pela formação da película e adesão ao substrato.
A escolha da resina é muito importante, pois, é esta que determina as propriedades do tinta, controla as propriedades do filme curado e as características físico-químicas desejadas para a pintura.
As tintas podem ser à base de resinas: Epóxi, Poliéster, Híbrido (Epóxi + Poliéster), Acrílico e Poliuretano.
AGENTE DE CURA
Endurecedores / Reticulantes ou Agente de cura: Substâncias que reagem com a resina formando o polímero (TGIC ou Primid).
Catalizadores: Substâncias que são adicionadas a tinta para acelerar o processo de reação (polimerização) de formação do filme de tinta entre as resinas e o endurecedor.
O agente de cura não deve reagir à temperatura ambiente e sim a temperaturas entre 140 e 200°C.
PIGMENTOS
Os pigmentos são substâncias em geral pulvurulentas adicionadas à tinta para dar cor, encorpar a película ou conferir propriedades anticorrosivas. Os pigmentos devem ser inertes, resistentes à luz e ao calor.
Podem ser classificados de acordo com:
a) A natureza: em orgânicos e inorgânicos;
b) A finalidade: em tintoriais, cargas, anticorrosivos e especiais;
CARGAS
Pertencem a classe dos pigmentos, também denominados reforçantes e encorpantes, desempenham importante papel na formulação das tintas, conferindo-lhes propriedades especiais, reforçando a película, influenciam no custo final do produto, no brilho e na dureza da película, proporcionam enchimento e melhora na proteção do filme por barreira.
PRINCIPAIS TIPOS DE CARGAS
Carbonatos: os mais importantes são os carbonatos de cálcio (calcita) e o carbonato de cálcio e magnésio (dolomita).
Sulfatos: os mais importantes são o sulfato de bário precipitado e natural (barita). Possuem elevada resistência química e são recomendados em tintas de alto brilho.
ADITIVOS
Mesmo depois da escolha da resina, do pigmento e do agente de cura, alguns ajustes na formulação podem ser necessários para modificar as propriedades do filme curado e/ou atingir a condição ideal de aplicação e cura do produto.
Os aditivos são constituintes que aparecem de acordo com a exigência de qualidade do cliente, com objetivo de melhorar certas características ou propriedades da mesma.
Podem ser agrupados em diferentes classes, cada uma das quais se refere a determinadas propriedades a serem alcançadas ou maximizadas.
Fabricação da Tinta em Pó
A produção de tinta em pó consiste nas seguintes etapas: Pré–mistura, Extrusão, Resfriamento, Micronização, Classificação e Embalagem. Para cada etapa da produção, deve ser feito um rígido controle de qualidade, pois a tinta em pó estando pronta, ela não pode ser alterada e modificada.
Entre os diferentes métodos possíveis de ser usada na produção de tinta em pó, a extrusão é sem dúvida o mais usado, por ser o mais universal, rápido e seguro.
Pré-Mistura - As matérias-primas, que se encontram na forma de grânulo com tamanhos de partículas inferior a 3 mm são misturadas em um misturador apropriado até atingirem uma homogeneização adequada; é uma operação realizada à temperatura ambiente.
Devem ser evitados pós muito finos por serem de difícil mistura. Existem diferentes misturadores adequados para esta operação.
A pré-mistura deve garantir uma homogeneização perfeita a fim de que se obtenha uma tinta em pó uniforme nas suas propriedades. A homogeneização é conseguida quando não há grandes diferenças no tamanho e densidades das partículas dos diferentes sólidos a serem misturados.
É nesta fase que são realizados testes de cor e propriedades físicas como brilho, resistência ao impacto e desdobramento. Uma pré-mistura bem feita é condição importante para se conseguir uma boa extrusão.(Apostila WEG)
Extrusão - A homogeneização dos ingredientes da tinta em pó, que havia sido iniciada na pré-mistura é completada na extrusão. As resinas usadas em tinta em pó se fundem entre 75°C a 105°C, resultando em líquido muito viscoso nessa faixa de temperatura. A força de cisalhamento provocada pelo movimento da rosca da extrusora resulta na mistura adequada das matérias-primas, conseguindo assim uma homogeneização eficiente. Apostila WEG)
Alguns fatores são essenciais da eficiência da extrusora:
A) velocidade da rosca;
B) velocidade da alimentação do material pré-misturado;
C) o tamanho das partículas das resinas deve ser em torno de 2 a 4 mm (partículas maiores ou menores do que estas faixas afetam a qualidade da extrusão).
Resfriamento - O material fundido em forma de pasta com alta consistência necessita ser resfriado o mais rápido possível, o material passa por dois rolos (espécie de calandra) resfriados na água que vai transformando o material em forma de uma lâmina e em seguida é resfriada e quebrada e formando em uma forma denominada de “chips”.
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