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A Dietilamida do Acido lisérgico: O LSD

Por:   •  9/6/2020  •  Trabalho acadêmico  •  1.745 Palavras (7 Páginas)  •  236 Visualizações

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Dietilamida do ácido lisérgico: O LSD

Ana Letícia Soares de Lima

Faculdade Campo Limpo Paulista
Rua Guatemala, 167, Jd. América
13231-230 Campo Limpo Paulista, SP, Brasil
(11) 4812 9400

analeticia_s@outlook.com

RESUMO: Esse artigo tem como objetivo mostrar a história e a continuidade do LSD na sociedade desde o a sua sintetização. Taxado como uma droga o ácido lisérgico ou mais conhecido como LSD ainda hoje passa por estudos para realmente descobrir quais são os efeitos no corpo humano, e se é possível obter uma característica medicinal na área da terapia, induzindo a estudos mais avançados e direcionados a melhoria da famosa droga psicoativa.

Palavras chave

 Droga, lsd, dietilamida do ácido lisérgico, ácido, doce, alucinógeno.

ABSTRACT: This article aims to show the history and continuity of LSD in society since its synthesis. Taxed as a drug lysergic acid or better known as LSD still today passes through studies to really figure out what are the effects on the human body, and if it is possible to get a feature in the area of medicinal therapy, inducing the most advanced and targeted studies to improve the famous psychoactive drug.

Keywords

drug, lsd, lysergic acid diethylamide, acid, sweet. Hallucinogens.

INTRODUÇÃO

O LSD

Em 1938, o doutor Albert Hofmann químico da indústria farmacêutica, onde estudou sobre alcaloides do fungo Claviceps purpúrea, sendo mais conhecido como “ergot” que pode ser encontrado em centeio e trigo. Muitos compostos são preparados com os alcaloides do ergot. Entretanto nesse ano, Hofmann sintetizou a dietilamida composta do ácido lisérgico (LSD), porem a sua pesquisa ficou parada por

cinco anos. Em 1943, Hofmann estava fazendo uma nova síntese, onde por sua vez descobriu os efeitos psíquicos ao ingerir uma pequena quantidade. Descrevendo detalhadamente as sensações, para seus professores que trabalhavam nesse mesmo projeto sobre os alcaloides, quais eram os sintomas que sentia, mostrando também a eles o que a sua “criança-problema” era capaz de fazer. Sua formula é descrita em C20H25N3O, e sua estrutura é encontrada desta forma:

[pic 1] 

Figura 1. Molécula de LSD

Seis anos depois, pela primeira vez o LSD chega nos EUA, fazendo com que cientistas começassem testes freneticamente para observar qual era o potencial dessa nova droga. Experimentos feitos com diversos tipos de animais, variando entre tamanhos e espécies concluía-se que mudanças de comportamento eram os sintomas primeiramente “visíveis”. A maioria dos testes mostrava que pequenas doses poderiam já ser letais, entretanto isso variava de acordo com a espécie animal, em um elefante a dose letal do LSD poderia ser bem menor do que a de um rato, isso explica-se porque animais de grande porte reagem com mais sensibilidade ao LSD. Mesmo com esse dado, não foi descoberta a dosagem letal para um ser-humano, pois nenhum caso foi conhecido até hoje de morte por ingerir o LSD. Porém, se a pessoa compara a dose letal em animais com a

dose efetiva em seres humanos que é de 0,0003-0,001 mg/kg (0,0003 a 0,001

Milésimos de grama por quilograma de peso do corpo), isto mostra uma extraordinária baixa toxicidade.

 Mas com os avanços interesses de médicos sobre esses feitos, logo os mistérios dessa nova droga, chegavam indiretamente a população, artigos, revistas, médicos, terapeutas, todos tinham olhar para descobrir outros efeitos que eram possíveis de se obter.

Os efeitos da droga dos anos 60

Na década de 60 o rock roll chegava as ruas e aos jovens com total força, e foi aí que o LSD chegou no seu auge. Como os jovens daquela época procuravam uma nova diversão, novas sensações, o LSD foi a droga mais usada dessa época, seus efeitos eram como uma recreação para quem usava, e muitos sentiram quais eram os efeitos dessa “criança problema”.

Estudos, pesquisas, testes em humanos ou animais, mostram como o ácido age no corpo, afetando principalmente o cérebro. Ainda assim, apesar dos estudos ainda serem feitos, não se sabe ao certo se realmente o LSD pode ser uma droga que mata ou torna-se dependente como o crack ou a cocaína, mas, entretanto, seus efeitos são psicoativos, ou seja causa psicose, e o usuário por sua vez não “comanda” os seus atos.

Após o uso, os sintomas começam a aparecer entre meia hora à quarenta minutos; observa-se que primeiramente as pupilas começam a se dilatar e as mudanças na feição começam a mudar, assim quando se entra na “viagem”, o cérebro começa a agir freneticamente 100 vezes mais rápido que o normal, já que o ácido passa pelo córtex e interfere na ação dos neurotransmissores de serotonina que por sua vez são responsáveis ou parcialmente pela área do cérebro que influencia no humor, lembranças, e sensações. O usuário tende a ter visões extremamente diferente, distorcida, fora da realidade, assim como a audição é afetada, diante de testes e relatos dos próprios usuários, a psicose faz com que você veja coisas irreais, como ver um objeto que não está presente ali, ou ouvir coisas com dificuldade ou sem elas existir. Também é possível sentir-se com uma sensação de bem-estar, leveza, fadiga, coordenação motora acelerada e parcialmente fora de controle, batimentos cardíacos acelerados, perda de noção e tempo, percepção sobre cores, tamanhos e distancias. Esse alucinógeno provoca um fenômeno conhecido como “sinestesia”, que faz com que ocorra experiências normalmente associadas a um sentido transferindo-se para outro, por exemplo é possível “ouvir” objetos, “ver” sons, e “cheirar” cores, entretanto a pessoa lembra-se nitidamente das sensações após passar o efeito.

Porém, apesar de serem descritas como sensações de bem-estar, existe uma parte dessa “viagem” onde sensações ruins se tornam presentes. Conhecidas como “flashbacks”, essas alucinações ocorrem na maioria das vezes após os efeitos passarem, classificado em três tipos: emocionais, somáticos e perceptuais, os emocionais de todos é o mais perigoso, já que traz de volta a sensação de pânico e solidão, nessas circunstancias são frequentes as tentativas de suicídio, o que por muitas vezes ocorre, já que não é possível se ter controle absoluto do que acontece. O somático se experimentasse náuseas, fraquezas, tontura, medo e possivelmente uma ansiedade fora do comum, formigamento na pele e arrepios, isso ocorre depois de uma “viagem” ruim com o uso.  O último tipo de flashback, o mais comum de todos é o perceptual, original do LSD, que não apresenta perigo. Esses flashbacks ainda hoje são estudados por médicos e cientistas, mas ainda não se sabe sobre como e quais são os mecanismos que o cérebro usa para produzi-los.

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