A Estrutura molecular do paracetamol
Por: Dhandara Silva • 29/11/2017 • Relatório de pesquisa • 1.851 Palavras (8 Páginas) • 2.062 Visualizações
ALUNAS: Dhandara Lucymilla Conceição da Silva
Samara Jullen Feitosa Luna
ENGENHARIA QUÍMICA – 2017.1
QUIMICA ANALÍTICA QUALITATIVA – ANDREA FERNANDES
1. ANALITO
O analito que foi analisado no artigo foi o paracetamol.
O paracetamol (acetoaminofenol, N-acetil-p-aminofenol, 4-acetoamidofenol), também conhecido como PRC e sua formula molecular é o C8H9NO2 (figura 1), é um fármaco com propriedades analgésicas e antipiréticas.
Faz parte da composição de uma série de medicamentos usados contra a constipação comum e gripe. Faz parte da composição de uma série de medicamentos usados contra a constipação comum e sintomas de gripe. As doses recomendadas são bastante seguras, não afeta a mucosa gástrica, não altera a coagulação sanguínea e não causa nefropatias. Também, difere dos analgésicos opioides, porque não provoca euforia nem altera o estado de humor do doente, não causa problemas de dependência, tolerância e síndrome de abstinência.
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Figura 1. Estrutura molecular do paracetamol.
A reação do p-aminofenol com anidrido acético produz a acetilização do primeiro, obtendo-se como produtos da reação o paracetamol e o ácido acético.
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Figura 2. Reação de formação do paracetamol.
O paracetamol tem um índice terapêutico muito ajustado. Isto significa que a dose normal é próxima da dose em que se considera haver sobredosagem, tornando-o um fármaco relativamente perigoso. Uma única dose de paracetamol de dez gramas ou doses continuadas de cinco gramas/dia em um não consumidor de bebida alcoólica com boa saúde, ou quatro gramas/dia num consumidor habitual de álcool, pode causar danos significativos no fígado. Sem um tratamento adequado, no momento oportuno, a sobredosagem de paracetamol pode originar uma falência hepática seguida de morte em poucos dias. Em virtude da fácil aquisição, sem receita médica, o paracetamol é utilizado em muitas tentativas de suicídio.
O paracetamol é metabolizado em compostos inativos por combinação com sulfato e glicuronídeo, sendo uma pequena parte metabolizada pelo sistema de enzimas citocromo P450. Os citocromos oxidam o paracetamol para produzir uma substância intermediária muito reativa, a imina N-acetil-p-benzoquinona (NAPQI). Em condições normais a NAPQI é neutralizada pela acção do glutatião que pode reagir livremente com as membranas celulares. Assim, sendo o NAPQI um composto eletrofílico altamente reativo, vai-se ligar ao grupo cisteína das proteínas formando adutos, causando danos irreversíveis e morte de muitos hepatócitos, levando a necrose hepática aguda.
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Figura 3. Estrutura molecular da substância tóxica NAPQI, produzida durante a via metabólica do citocromo P450.
A Farmacopeia Brasileira (FB) é o código oficial do Brasil, que estabelece os principais padrões a serem adotados, no que se refere às análises físico-químicas. Em sua V edição estabeleceu que o medicamento paracetamol em compridos, deve obter em sua composição no mínimo 95,0% e no máximo 105,0% de princípio ativo. A identificação é feita a partir de testes, os quais em conjunto formulam as etapas para uma boa qualidade do fármaco.
A FDA (Food and Drug Administration), nos EUA, equivalente à ANVISA, no Brasil: anunciou "em 13/01/2011 que obrigará as indústrias farmacêuticas a produzirem produtos que contenham paracetamol com um limite máximo de 325 mg (miligramas) por comprimido, cápsula ou outro tipo de unidade da dose. A FDA acredita que limitar a quantidade de paracetamol por unidade prescrita pode reduzir o risco de lesão grave ao fígado por dosagem excessiva de paracetamol, um evento adverso que pode levar à falência do fígado, transplante de fígado e morte." Por essa razão, a determinação desse analito é de extrema importância, visto que pode causar danos à vida humana se apresentar altos índices de princípio ativo que se mostra inadequado ao limite estabelecido em sua composição.
2. MÉTODOS
2.1. Reações envolvidas
Foi realizada a detecção da luminescência promovida pela reação entre o paracetamol, hipoclorito de sódio (NaClO) e luminol (C8H7N3O2). O luminol reage com o excesso de hipoclorito, que não foi consumido pelo paracetamol, obtendo-se assim o sinal da luminescência. A diferença entre os sinais do branco (hipoclorito e luminol) e da reação entre hipoclorito, paracetamol e luminol (supressão da luminescência) é determinada, sendo esta proporcional à concentração de paracetamol na amostra ou na solução de referência que foi o paracetamol de 1,5 x 10-5 mol L-1.
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Figura 4. (a) Reação quimiluminescente entre o luminol e o hipoclorito de sódio e (b) reação entre hipoclorito e paracetamol, onde há diminuição da magnitude do sinal analítico.
2.2. Condições Experimentais
Os parâmetros experimentais podem ser classificados em dois grupos: os parâmetros fixos ou independentes e as que são variáveis. Os parâmetros fixos são aqueles cujo valor não muda ou não se espera que apresente grandes variações, por exemplo, o tempo pré-estabelecido para processar-se a reação. Por sua vez os parâmetros variáveis são aqueles que possuem uma faixa de trabalho, onde as variáveis podem esta situada.
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