A QUÍMICA BÁSICA EXPERIMENTAL
Por: AlanisLuckwu • 28/10/2022 • Pesquisas Acadêmicas • 1.385 Palavras (6 Páginas) • 95 Visualizações
UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA
QUÍMICA BÁSICA EXPERIMENTAL
RELATÓRIO PRÁTICA 3
SOLUBILIDADE
Alunas: Alanis Luckwu da Silva
Talita Vitória Ramos da Silva
Professor: Ary Maia
João Pessoa
2022
Introdução
O presente relatório descreve as práticas sobre solubilidade realizadas na aula passada (09/09/2022). Contextualizando um pouco, a solubilidade é um vasto assunto da química, muito importante em diversos aspectos como: a dissolução, a mistura e até a separação.
Para dissolver um sólido, as forças de atração da sua estrutura cristalina devem ser vencidas por interações soluto-solvente. Quando esse sólido for hidratado (solvatado), os cátions e os ânions envolvidos se hidratarão. Porém, isso acontece mais facilmente quando os solutos tem polaridades próximas à polaridade do solvente, pois dissolvem-se em maior quantidade do que aqueles com polaridade muito diferente. Dessa forma, “semelhante dissolve semelhante”.
Fora isso, a temperatura influencia diretamente a solubilidade, de forma que, grande parte dos compostos orgânicos se solubilizam em altas temperaturas. No entanto, para muitos compostos inorgânicos, a o aumento da temperatura não tem um efeito significativo na solubilidade ou até o efeito contrário, diminuindo sua solubilidade.
Quando uma solução saturada é resfriada a solubilidade diminui, precipitando o sólido o qual pode ser filtrado e seco.
Para finalizar, extrações ou sínteses quase não produzem produtos puros, por isso algum tipo de purificação é necessário como: extração, recristalização destilação e cromatografia.
Objetivos
Objetivo Geral: Observar na prática a miscibilidade de líquidos, a extração, a precipitação e a filtração através de experimentos.
Objetivos específicos:
- Manusear as vidrarias de laboratório de maneira correta;
- Perceber o porquê de alguns líquidos não se misturarem;
- Entender com detalhes a importância da extração;
- Avaliar a precipitação de um sólido pela mudança de solvente;
- Realizar um processo de filtração.
Procedimento
Materiais utilizados:
- 7 tubos de ensaio
- Pipetas de 5 mL
- Béqueres de 50mL e 250mL
- Suporte universal
- Papel de filtro
- Argola de metal
- Funil
- Porcelana
- Bastão de vidro
- Gelo
- Etanol
- 1-Butanol
- Clorofórmio
- Acetanilida
- Iodo (~0,03%)
Miscibilidade de líquidos:
Preparar 6 misturas em 6 tubos de ensaio e escrever o que foi observado. Não esquecer de homogeneizar cada tubo antes de fazer as anotações. Misturar: água e etanol, água e butanol, água e clorofórmio, etanol e butanol, etanol e clorofórmio e butanol e clorofórmio.
Extração:
Colocar 3mL de uma solução aquosa saturada de iodo num tubo de ensaio, após isso colocar 1mL de clorofórmio no tubo e agitar.
Precipitação:
Colocar 0.5g de acetananilida em 4mL de etanol num béquer pequeno, homogeneizar e logo após acrescentar 20mL de água destilada e deixar cristalizar num banho de gelo.
Filtração:
Pegar o precipitado anterior e filtrar em um funil com papel de filtro, retirar o papel de filtro e deixar secar num recipiente adequado.
Resultados e discussões
- Miscibilidade de líquidos
Qual dos líquidos é mais denso? Eles se misturam?
O tipo de interação entre as substâncias vai favorecer ou não a mistura, é fato que semelhante dissolve semelhante, logo, a água, que é polar, dissolve substâncias polares, e o clorofórmio, que é apolar, dissolve apolar.
- Colocamos 3 mL de água nos 3 primeiros tubos de ensaio (1, 2 e 3) com ajuda da pipeta graduada. No tubo 4 e 5 colocamos 3 mL de etanol, e no tubo 6 colocamos 3 ml de 1-butanol.
- No tubo 1 colocamos 1 mL de etanol e observamos com a homogeneização que houve mistura e não conseguimos observar qual o líquido mais denso.
- No tubo 2 colocamos 1 mL de 1-butanol e depois de homogeneizar, observamos que os líquidos não se misturavam, fora isso percebemos que a água foi o líquido mais denso.
- No tubo 3 colocamos 1 mL clorofórmio e depois de homogeneizar, observamos que os líquidos dos não se misturavam, nesse caso o clorofórmio foi o líquido mais denso.
- No tubo 4, que continha 3 mL de etanol, colocamos 1 mL de 1-butanol e após a homogeneização, observamos que houve mistura, no entanto nos pareceu que parte dos líquidos não se misturou.
- No tubo 5, que continha 3 mL de etanol, adicionamos 1 mL de clorofórmio e após homogeneizar observamos que houve mistura, mas aparentemente parte dos líquidos também não se misturou.
- No tubo 6, que continha 3mL de 1-butanol, acionamos 1 mL de clorofórmio e após a homogeneização observamos que houve mistura.
Nesse experimento, percebemos que o tubo 2 e 3 possuíram 2 fases bem definidas caracterizando líquidos imiscíveis, nos tubos 4, 5 e 6 observamos uma mistura quase total entre os líquidos e no tubo 1 observamos uma mistura total.
Sabendo a estrutura molecular desses líquidos, é possível concluir que quem se misturou possui ser as mesmas características. Ou seja, os líquidos apolares se misturaram bem com líquidos apolares, e não se misturaram bem com a água (polar). A incógnita aqui, é o etanol que se misturou em apolar e em polar, isso ocorre porque ele possui uma parte polar (OH-) e outra parte apolar, mas essa parte apolar é uma pequena cadeia carbônica e por isso sua parte polar é tão forte quanto a apolar, dando esse caráter anfótero a ele. Isso não ocorre com o 1-butanol, pois sua parte apolar é muito longa (cadeia carbônica) Então mesmo ele possuindo parte polar (OH-) isso não o torna um líquido que reaja bem com líquidos polares.
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