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A Teoria Atômica

Por:   •  2/6/2018  •  Trabalho acadêmico  •  1.566 Palavras (7 Páginas)  •  287 Visualizações

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  1. INTRODUÇÃO

Segundo (wikibooks, 2013), por volta do século IV a.C. na Grécia antiga, filósofos como Demócrito de Abdera e Leucipo de Mileto tentaram racionalizar porque diferentes substâncias tinham diferentes propriedades como cor, cheiro e estados físicos (sólido, líquido e gasoso) que em última instância levaram a formulação das primeira teorias da natureza e da química. Segundo os filósofos gregos, toda matéria seria constituída de uma parte diminuta e indivisível que tem as mesmas propriedades do todo. Esta compreensão filosófica formou o atomismo que teorizava que o mundo era constituído da matéria e do vácuo.

Com isso, inúmeros indícios históricos escritos apontam que a química teórica começou a se erguer nas antigas academias gregas, tendo como principais filósofos estudiosos da área: Leucipo, Demócrito, Lucrécio e Epicuro.

1.1. LEUCIPO

Leucipo foi um filósofo grego, pouco se sabe sobre a sua vida, pois não há referências do exato local do nascimento. Provavelmente tenha vivido no século V a.C. e tenha nascido na cidade de Abdera, ou Eléia, ou Mileto. Segundo (A filosofia de Leucipo, 2014), a existência de Leucipo foi colocada em dúvida, pois o próprio filósofo Epicuro (341 a.C. - 270 a.C.) afirma que nunca houve um filósofo com esse nome e alguns historiógrafos reafirmam isso; outros, por sua vez, afirmam que há evidências concretas de que o filósofo existiu.

1.2. DEMÓCRITO

O filósofo materialista Demócrito, assim como seu mestre Leucipo, seguiu o caminho da filosofia racionalista científica e é reconhecido como o filósofo grego que mais contribuiu para o desenvolvimento da posição atomista. Como não havia distinção clara entre filosofia e ciência na Grécia do século IV a.C., e como a posição atomista de Demócrito é muito semelhante aos desenvolvimentos do século XIX, acerca da compreensão da estrutura atômica, Demócrito é mais reconhecido como cientista do que filósofo, sendo considerado por autores modernos como o pai da ciência como a conhecemos hoje. (SPINELLI, 2003)

1.3- LUCRÉCIO

Titus Lucrecius Carus, conhecido como Lucrécio, viveu numa época em que a antiga religião romana havia perdido sua forte influência nas classes cultas e prevalecia um ceticismo generalizado. O desencanto e a incerteza daquele período, contudo, tornavam sem dúvida o povo supersticioso e apreensivo. Lucrécio observa que mesmo aqueles que manifestam desprezo pelos deuses lhes sacrificam ovelhas negras em momentos de perplexidade.

1.4 - EPÍCURO

Epicuro (341 a.C.-271 a.C.) foi um filósofo grego, que viveu no período denominado Helenístico. Considerado o "Profeta do Prazer" e o "Apóstolo da Amizade", Epicuro foi o primeiro a sugerir a Teoria Darwiniana ao apresentar um esboço, extraordinariamente moderno, da evolução, 2.300 anos antes de Darwin.

Nasceu na ilha de Somos, Grécia, em 341 a.C. Estudou filosofia, foi aluno de Pânfilo, seguidor das ideias de Platão, das quais Epicuro rejeitava. Mudou-se para Téos, onde tece os primeiros contatos com a teoria atômica, pregada por Nausífanes, discípulo de Demócrito. Embora aceitasse o materialismo dos atomistas, rejeitava o mecanismo absoluto defendido por eles.

  • Teoria atômica de Demócrito e Leucipo;

O primeiro modelo atômico que surgiu é o de Leucipo e Demócrito. Eles foram os primeiros que tiveram a iniciativa de pensar na estrutura da matéria e a tirar conclusões a respeito. Na época em que eles se propuseram a começar os estudos, é muito importante enfatizar que eles não tiveram auxílio de nenhuma tecnologia que os pesquisadores tem atualmente, visto que esse assunto nunca tinha sido abordado antes, então os dois recorreram apenas à observação.

        Primeiramente, a palavra “átomo” vem do grego a=não, tomo=divisão, e significa “algo que não pode ser cortado”, naquela época acreditava-se que o átomo era indivisível e foi justamente pensando nessa teoria que se desenvolveu a teoria atômica de Demócrito e Leucipo. O átomo era visto como sendo a menor partícula de uma matéria, e, por isso, não podia ser dividido. Para esclarecer melhor, era como se pegasse em qualquer objeto e começasse a parti-lo ao meio, até chegar em um ponto onde ele não poderia mais ser dividido, ou seja, quando chegar em um ponto onde o objeto esteja muito pequeno, então essa menor partícula era vista como um átomo, para os gregos.

        Segundo Leucipo e Demócrito, os átomos eram as partículas elementares de qualquer matéria, porém poderiam ter formatos e tamanhos diferentes. A prova disso seria a vastidão de substâncias que existem na natureza, cada uma delas com formatos e características diferentes.

        De acordo com eles, cada substância teria um tipo específico de átomo, que daria a ela a forma que possuía. Um exemplo era a água, como ela escorre, era formada por átomos redondos, tendo a possibilidade de escoar, continuar no estado líquido, e uma substância no estado sólido era formada por átomos pontiagudos.

        Para facilitar a compreensão dessa teoria, pensa-se na matéria como sendo um quebra-cabeças, onde suas peças seriam os átomos, os quais seria necessário se unir de forma perfeita para formar estruturas mais complexas.  

        Com tudo isso, Leucipo e Demócrito ainda acreditavam que o átomo era eterno, não havendo nada que pudesse o destruir.

        Contudo, essa teoria é ultrapassada, porém não deixa de ser imprescindível para a história da química, visto que essa teoria lançou bases para que pudessem fazer ainda mais estudos sobre e chegar até a teoria atual.

  • Teoria atômica de Epícuro e Lucrécio;

Epícuro reformulou o atomismo de Leucipo e Demócrito e o epicurismo, não muito popular entre os filósofos gregos, nomeadamente Aristóteles e Platão, que adoptaram os quatro elementos fundamentais de Empédocles, teve entre os Romanos os seus principais seguidores, alguns tão influentes como o orador Cícero e o poeta Horácio. Mas, a insistência epicurista em causas materiais para todos os aspectos da natureza era incompatível com a influência crescente do cristianismo de tal modo que, no século V, o epicurismo já era uma filosofia marginal.

  De fato, o cristianismo condenou primeiro e proibiu depois esta filosofia que, para além de refutar a transubstanciação do pão e do vinho, negava a intervenção de qualquer força, inteligência ou entidade divina nos processos naturais. Não havia intenção no movimento (aleatório) dos átomos, o que não implica que tudo acontece é fruto do acaso, pois tudo o que acontece é regido pelas leis inalteráveis da natureza. Os atomistas acreditavam que todos os fenómenos têm uma causa natural, ou seja, negavam o argumento teleológico.

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