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CARBOIDRATOS

Seminário: CARBOIDRATOS. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicos

Por:   •  17/6/2014  •  Seminário  •  6.378 Palavras (26 Páginas)  •  412 Visualizações

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Dossiê carboidratos

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FOOD

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Nº 20 - 2012

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Os carboidratos, também conhecidos como hidratos de carbono,

glicídios, glícidos, glucídeos, glúcidos, glúcides, sacarídeos ou

açúcares, são as biomoléculas mais abundantes na natureza.

Dentre as diversas funções atribuídas aos carboidratos, a

principal é a energética. Além da sua importância biológica, os

carboidratos são matérias-primas para a indústria de alimentos.

Introdução

Os carboidratos são as macromo

-

léculas mais abundantes na natureza.

Suas propriedades já eram estudadas

pelos alquimistas no século 12. Duran

-

te muito tempo acreditou-se que essas

moléculas tinham função apenas

energética no organismo humano.

A glicose, por exemplo, é o principal

carboidrato utilizado nas células como

fonte de energia.

A partir da década de

1970, o surgimento de técni-

cas avançadas de cromatografia, ele

-

troforese e espectrometria permitiu

ampliar a compreensão das funções

dos carboidratos. Hoje, sabe-se que

os carboidratos participam da sina

-

lização entre células e da interação

entre outras moléculas, ações biológi

-

labora

-

tórios.

Tanto o

ágar como

a carragenana

são também usados

como espessantes na

produção de sorvetes.

A sacarose (extraída da

cana-de-açúcar) é o principal ado

-

çante empregado na culinária e na in

-

dústria de doces. O açúcar ‘invertido’

(obtido pela ‘quebra’ da sacarose, que

resulta em uma mistura de glicose e

frutose) é menos cristalizável, mas

muito usado na fabricação de balas e

biscoitos. A quitosana, um polissaca

-

rídeo derivado da quitina, tem sido

utilizada no tratamento da água (para

absorver as gorduras) na alimenta

-

ção e na saúde. Por sua atuação na

redução da gordura e do colesterol, a

quitosana pode ajudar no combate à

obesidade; além disso, estudos farma

-

cológicos recentes comprovaram que

ela apresenta efeitos antimicrobianos

e antioxidantes.

Estrutura, t

I

pos

E

propr

IE

dad

E

s

Os carboidratos são formados fun

-

damentalmente por moléculas de car

-

bono (C), hidrogênio (H) e oxigênio

(O), por isso recebem a denominação

de hidratos de carbono. Alguns car

-

boidratos podem possuir outros tipos

de átomos em suas moléculas, como é

o caso da quitina, que possui átomos

de nitrogênio em sua fórmula.

Os carboidratos estão relacio

-

nados com o fornecimento de ener

-

gia imediata para a célula e estão

presentes em diversos tipos de

alimentos. Além da função energé

-

tica, também possuem uma função

estrutural, atuando como o esqueleto

de alguns tipos de células, como por

exemplo, a celulose e a quitina, que

fazem parte do esqueleto vegetal e

animal, respectivamente.

Os carboidratos participam da estru

-

turas dos ácidos nucléicos (RNA e DNA),

sob a forma de ribose e desoxirribose, que

são monossacarídeos com cinco átomos

de carbono em sua fórmula.

O amido, um tipo de polissacarídeo

energético, é a principal substância

de reserva energética em plantas e

fungos.

Os seres humanos também pos

-

suem uma substância de reserva

energética: o glicogênio, que fica

armazenado no fígado e nos músculos.

Quando o corpo necessita de energia,

o glicogênio é hidrolisado em molécu

-

las de glicose, que são carboidratos

mais simples, com apenas seis átomos

de carbono. O glicogênio é resultado

da união de milhares de moléculas de

glicose, assim como a celulose.

Os carboidratos são substâncias

extremamente importantes para a

vida e sua principal fonte são os vege

-

tais, que

os produ

-

zem pelo

processo da fotos

-

síntese. Os vegetais

absorvem a energia solar e a

transforma em energia química,

produzindo glicídios.

De acordo com a quantidade de

átomos de carbono em suas molé

-

culas, os carboidratos podem ser

divididos em monossacarídeos, dis

-

sacarídeos e polissacarídeos.

Os

monossacarídeos

, também

chamados de açúcares simples, consis

-

tem em uma única unidade cetônica.

O mais abundante é o açúcar de seis

carbonos D-glucose; é o monossacarí

-

deo fundamental de onde muitos são

derivados. A D-glucose é o principal

combustível para a maioria dos orga

-

nismos e o monômero primário básico

dos polissacarídeos mais abundantes,

tais como o amido e a celulose.

C

ar

B

o

I

dratos

cas essenciais para a vida. Além disso,

sua estrutura química se revelou mais

variável e diversificada do que a das

proteínas e dos ácidos nucléicos.

Os primórdios do estudo de car

-

boidratos estão ligados ao seu uso

como agentes adoçantes (mel) ou no

preparo do vinho a partir da uva. Nos

escritos dos alquimistas mouros, no

século 12, há referências ao açúcar

da uva, conhecido hoje como glicose.

Os relatos iniciais sobre açúcares na

história vêm dos árabes e persas. Na

Europa, o primeiro agente adoçante

foi sem dúvida o mel, cuja composição

inclui frutose, glicose, água, vitaminas

e muitas outras substâncias.

Há indícios de que Alexandre, o

Grande - o imperador Alexandre III

da Macedônia (356-323 a.C.) - intro

-

duziu na Europa o açúcar obtido da

cana-de-açúcar, conhecido hoje como

sacarose (e o primeiro açúcar a ser

cristalizado). A dificuldade do cultivo

da cana-de-açúcar no clima europeu

levou ao uso, como alternativa, do

açúcar obtido da beterraba (glicose),

cristalizado em 1747 pelo farma

-

cêutico alemão Andreas Marggraf

(1709-1782).

A história dos carboidratos está

associada a seu efeito adoçante,

mas hoje sabemos que a maioria

desses compostos não apresenta

essa propriedade.

A análise da glicose revelou sua

fórmula química básica - CH

2

O -, que

apresenta a proporção de um átomo

de carbono para uma molécula de

água. Daí vem o nome carboidrato (ou

hidrato de carbono). Tal proporção

mantém-se em todos os compostos

desse grupo.

O avanço científico per

-

mitiu conhecer de modo mais

detalhado as propriedades fí

-

sico-químicas dos carboidra

-

tos, resultando na exploração

dessas características em di

-

versos processos industriais,

como nas áreas alimentícia e

farmacêutica. A carragena

-

na, por exemplo, é empre

-

gada para revestir cápsulas

(drágeas) de medicamentos,

para que o fármaco seja li

-

berado apenas no intestino,

aumentando a sua absorção.

O ágar é utilizado para a cul

-

tura de microorganismos, em

São os carboidratos mais simples, dos

quais derivam todas as outras classes.

Quimicamente são poliidroxialdeí

-

dos (ou aldoses), ou poliidroxicetonas

(ou cetoses), sendo os mais simples

monossacarídeos compostos com no

D-glucose

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mínimo três carbonos: o gliceraldeído

e a dihidroxicetona.

Com exceção da dihidroxicetona,

todos os outros monossacarídeos, e

por extensão todos os outros carboi

-

dratos, possuem centros de assime

-

tria e fazem isomeria óptica.

A classificação dos monossacarí

-

deos também pode ser baseada no

número de carbonos de suas molécu

-

las; assim, as trioses são os monossa

-

carídeos mais simples, seguidos das

tetroses, pentoses, hexoses, heptoses,

etc. Destes, os mais importantes estão

as pentoses e as hexoses. As pentoses

mais importantes são a ribose, a ara

-

binose e a xilose.

Os

dissacarídeos

são carboidratos

ditos glicosídeos, pois são formados a

partir da ligação de dois monossaca

-

rídeos através de ligações especiais

denominadas “ligações glicosídicas”.

A ligação glicosídica ocorre entre o

carbono anomérico de um monossa

-

carídeo e qualquer outro carbono do

monossacarídeo seguinte, através de

suas hidroxilas e com a saída de uma

molécula de água.

Os glicosídeos podem ser for

-

mados também pela ligação de um

carboidrato a uma estrutura não

-

carboidrato, como uma proteína, por

exemplo.

Os principais dissacarídeos in

-

cluem a sacarose, a lactose e a maltose.

forma armazenadora de combustível

e como elementos estruturais.

Os polissacarídeos mais impor

-

tantes são os formados pela polime

-

rização da glicose, em número de

três e incluem o amido, o glicogênio

e a celulose.

componente importante da parede

celular. Semelhante ao amido e ao

glicogênio em composição, a celulose

também é um polímero de glicose,

mas formada por ligações tipo b

(1,4). Este tipo de ligação glicosídica

confere á molécula uma estrutura es

-

pacial muito linear, que forma fibras

insolúveis em água e não digeríveis

pelo ser humano.

Font

E

s d

E

C

ar

B

o

I

dratos

Os carboidratos não significam

apenas pão, massas, cereais e arroz.

Evidentemente, esses alimentos

possuem carboidratos, mas não são

suas únicas fontes. Todas as frutas e

verduras contêm carboidratos, que

também podem ser encontrados em

alguns produtos derivados do leite.

Na verdade, todo alimento à base de

vegetais possui carboidrato. Através

do processo de fotossíntese, as plan

-

tas armazenam carboidratos como

sua principal fonte de energia.

Os vegetais são ricos em carboi

-

dratos, que é sua forma de armazena

-

mento de energia. Quando alimentos

à base de vegetais são ingeridos, essa

energia armazenada é colocada em

uso dentro do organismo. Embora

a proteína e a gordura possam ser

utilizadas para produzir energia, o

carboidrato é a fonte de combustível

mais fácil para o organismo usar e,

por isso, a preferida. Isso se deve

principalmente à estrutura química

básica do carboidrato, ou seja, as

unidades de carbono, hidrogênio e

oxigênio.

Ingerir uma grande quantidade

de carboidrato é essencial porque ele

fornece um suprimento de energia

estável e facilmente disponível para o

organismo. Na verdade, é a principal

fonte de energia para o cérebro e o

sistema nervoso central.

Car

B

o

I

dratos

E

o

d

E

s

E

mp

E

nho atlét

IC

o

Embora poucos discordem de que

os carboidratos sejam um componen

-

te vital na dieta dos atletas, ainda

há dúvidas sobre como tirar o maior

proveito deles através da dieta.

Os açúcares e o amido encontra

-

dos na dieta comum são fontes de

carboidrato para o atleta. Enquanto

a glicose e a frutose são monossaca

-

rídeos, a sacarose é um dissacarídeo,

uma vez que contém glicose e frutose.

O amido é um polímero (cadeias ra

-

mificadas) de moléculas de glicose.

Os amidos encontrados nos vegetais

e cereais são digeridos e absorvidos

pela corrente sanguínea em forma de

glicose, o único tipo de carboidrato

utilizado diretamente pelos músculos

para obtenção de energia.

A sacarose (açúcar de mesa) é des

-

dobrada em glicose e frutose durante

o processo absortivo no intestino

delgado, onde todos os carboidratos

são ingeridos.Em seguida, a frutose

(açúcar encontrado nas frutas) é con

-

vertida em glicose pelo fígado. Uma

das principais diferenças entre as

formas de carboidratos está na taxa

de aparecimento de glicose no sangue.

A disponibilidade de glicose, avaliada

por um aumento na glicemia após o

consumo de carboidratos, é geral

-

mente semelhante para a glicose,

xarope de milho e amidos puros, e

um pouco inferior para a sacarose.

Vegetais e outros carboidratos que

contém combinações de amido, fibras

e proteínas, podem levar mais tempo

para serem digeridos, diminuindo,

consequentemente, a taxa de apa

-

recimento de glicose no sangue. A

frutose é lentamente convertida em

glicose pelo fígado e o aumento da

glicemia após a ingestão de frutose

costuma ser lento.

Outras diferenças entre as formas

de carboidratos são o teor de nu

-

trientes, ou seja, as frutas, vegetais

e cereais (amidos ou carboidratos

complexos) contém vitaminas B, ri

-

As hexoses mais importantes são

a glicose, a galactose, a manose e a

frutose.

Os

polissacarídeos

são os carboi

-

dratos complexos, macromoléculas

formadas por milhares de unidades

monossacarídicas ligadas entre si

por ligações glicosídicas, unidas em

longas cadeias lineares ou ramifica

-

das. Os polissacarídeos possuem duas

funções biológicas principais, como

Arabinose

Xilose

Ribose

Glicose

Celulose

Galactose

Frutose

Manose

Sacarose

Lactose

Maltose

Amido

O

amido

é o polissacarídeo de

reserva da célula vegetal, formado

por moléculas de glicose ligadas en

-

tre si através de numerosas ligações

a (1,4) e poucas ligações (1,6), ou

“pontos de ramificação” da cadeia.

Sua molécula é muito linear, e forma

hélice em solução aquosa.

Glicogênio

O

glicogênio

é o polissacarídeo

de reserva da célula animal. Muito

semelhante ao amido, possui um

número bem maior de ligações a

(1,6), o que confere um alto grau de

ramificação à sua molécula. Os vários

pontos de ramificação constituem um

importante impedimento à formação

de uma estrutura em hélice.

A

celulose

é o carboidrato mais

abundante na natureza. Possui função

estrutural na célula vegetal, como um

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boflavina e niacina; o nível de doçura,

que é variável nos carboidratos, por

exemplo, a frutose é mais doce em

comparação com a sacarose e a glico

-

se, que são menos doces; e o conforto

gastrointestinal, ou seja, soluções

concentradas de açúcar (10% a 20%)

podem produzir gases e a ingestão de

frutose pura, concentrada está asso

-

ciada a desconforto gastrointestinal

e diarréia.

A taxa de carboidrato ingerido

deve ser levada em consideração,

pois, inicialmente, os carboidratos

ingeridos são transportados pela

corrente sanguínea até o fígado,

onde podem ser transformados em

gordura, armazenados sob a forma de

glicogênio, ou liberados na corrente

sanguínea para que sejam levados a

outros tecidos, como o muscular.

O glicogênio, cadeia de moléculas

de glicose, é a forma de armaze

-

namento de glicose no fígado e no

músculo. O glicogênio armazenado

no fígado pode ser reconvertido em

glicose e liberado no sangue para

atender às necessidades energéticas

de todo o organismo.O glicogênio

armazenado em uma determinada

fibra muscular atende direta e exclu

-

sivamente àquela fibra.

Quando o glicogênio é degradado

no músculo, a energia pode ser libera

-

da em taxas capazes de permitir uma

aceleração metabólica de até 150%

da captação máxima de oxigênio. Em

comparação, a energia obtida de gor

-

duras não pode ser liberada de modo

suficientemente rápido para permitir

que uma pessoa se exercite em níveis

além de 50% da captação máxima de

oxigênio (corrida lenta). O principal

"combustível" para o exercício in

-

tenso é o glicogênio muscular, não a

gordura. Quando a concentração de

glicogênio muscular é normal, a ener

-

gia presente é mais do que suficiente

para abastecer os treinos da maioria

dos atletas e outras atividades com 90

a 120 minutos de duração (uma barra

de chocolate não fornece energia ra

-

pidamente porque já existe energia

suficiente de glicogênio muscular.)

Após uma a três horas de corrida

contínua, ciclismo ou natação, a 65% a

80% da captação máxima de oxigênio,

ou após sprints (80% a 95% ou mais da

captação máxima de oxigênio), as re

-

servas de glicogênio muscular podem

ser depletadas. Aparentemente, o

consumo de alimentos com carboidra

-

tos durante tais exercícios melhora o

desempenho, uma vez que fornecem

uma fonte adicional de energia.

O gasto diário de energia durante

os treinos dependerá, obviamente,

da intensidade e da duração dos

exercícios, bem como do número de

músculos em atividade. Atletas que

se submetem a provas de resistência

costumam treinar intensamente por,

pelo menos, 90 minutos contínuos,

consumindo de 1.000 a 1.400 kcal no

processo. De um modo geral, tais

atletas devem ingerir aproximada

-

mente 50 kcal de alimento/kg de

peso corporal/dia (51 kcal/kg/dia),

ou seja, 3.500 kcal para um atleta de

70 kg. Pelo menos, 50% (embora o

ideal seja de 60% a 70%) das calorias

presentes nas dietas dos atletas de

resistência devem ser obtidas a partir

de carboidratos, o que corresponde

a aproximadamente 500g a 600g

de carboidratos (2.000 a 2.400 kcal/

dia). O restante das calorias devem

ser obtidas através de gorduras

(20% a 30%) e proteínas (10% a

15%). Embora a maioria dos atletas

admita a importância de uma inges

-

tão adequada de carboidratos para

treinamentos de alta intensidade,

suas dietas costumam conter menos

do que 40% de carboidratos (350gr).

Consequentemente podem acabar

sofrendo de fadiga crônica durante

os períodos de treinamento intenso.

A Tabela 1 contém uma lista com o

teor de carboidratos normalmente à

disposição dos atletas.

Uma média de apenas 5% do gli

-

cogênio muscular utilizado durante o

exercício é ressintetizado a cada hora

após o exercício. Da mesma forma,

para que a restauração seja total, são

necessárias pelo menos 20 horas após

a prática de exercícios intensos, desde

que sejam consumidos aproximada

-

mente 600g de carboidratos.

Durante dias consecutivos de com

-

petição, ou de treinamento intenso, os

atletas devem consumir aproximada

-

mente 100g de carboidrato nos 15 a 30

minutos após o exercício e continuar

se alimentando com porções adicionais

de 100g a cada duas a quatro horas.

Neste período, açúcar simples, líqui

-

do, sólido ou carboidratos complexos

parecem ser igualmente eficazes.

Como os atletas costumam sentir

mais sede do que fome após uma com

-

petição, pode ser que prefiram con

-

sumir carboidratos na forma líquida.

Isso também ajuda na reidratação.

Alguns dias antes de uma compe

-

tição intensa e prolongada, os atletas

devem balancear as dietas e treinos

na tentativa de supercompensar ou

saturar as reservas de glicogênio

muscular. Níveis altos de glicogênio

antes do exercício possibilitarão que

os atletas se exercitem por períodos

mais longos, uma vez que a fadiga

será retardada. O modo mais prático

de se armazenar glicogênio para um

determinado esporte envolve treinar

intensamente cinco ou seis dias antes

da competição. Nos demais dias ante

-

riores à competição, os atletas devem

reduzir gradativamente a quantidade

de treinos e incluir, em suas refeições,

alimentos com altas taxas de carboi

-

dratos (> 600g), em cada um dos três

dias que antecedem a competição. Tal

regime aumentará as reservas de

glicogênio muscular em pelo menos

20% a 40% acima do normal.

Refeições ricas em carboidratos

consumidas no período de até seis

horas antes da competição dão “um

toque final” nas reservas de glico

-

gênio hepático e muscular. O fígado,

responsável pela manutenção dos ní

-

veis de glicemia, depende de refeições

frequentes para manter suas peque

-

nas reservas (80g a 100g) de glicogê

-

nio. Atletas que jejuam no período de

seis a 12 horas anteriores ao exercício

e que não consumem carboidratos

durante o exercício podem apresentar

uma queda prematura de glicemia

durante a competição. Mesmo depois

de se submeter a um regime para su

-

percompensar o glicogênio muscular,

aconselha-se fazer uma refeição com

baixo teor de gordura e com 75g a

150g de carboidrato. No período de

três a seis horas antes da competição.

O consumo de carboidratos varia de

acordo com o gasto de energia e ta

-

manho corporal do atleta. Os valores

determinados para a ingestão de

carboidratos devem ser adaptados às

necessidades individuais do atleta. Às

vezes torna-se difícil seguir um regi

-

me de abastecimento de glicogênio

antes da competição por causa das

competições de longa duração, das

viagens ou por qualquer outra razão.

É importante que 600g (2.400 kcal) de

carboidratos sejam consumidos um

dia antes da competição e que outros

100g a 200g (400 a 800 kcal) sejam

consumidos seis horas antes da com

-

petição. Se as reservas de glicogênio

muscular ainda não tiverem sido su

-

pridas, uma parte da última refeição

antes do exercício pode ser utilizada

para aumentar o glicogênio muscular

antes da competição. Já foi sugerido

aos atletas que evitem refeições ricas

em carboidratos no período de duas

horas antes da competição, uma vez

que estes podem elevar a insulina

sangüínea no início do exercício,

provocando uma queda de glicemia

durante o mesmo. Pesquisas têm

demonstrado que tais respostas são

temporárias e que, provavelmente,

não comprometem o desempenho.

Quando o glicogênio muscular e hepá-

tico encontram-se abaixo dos níveis

ótimos antes da competição, o consu

-

mo de carboidratos antes do exercício

ajuda a melhorar o desempenho.

Após uma a três horas de exercí

-

cios contínuos, a 70% a 80% da capta-

ção máxima de oxigênio, os atletas

ficam cansados devido a falta de car

-

boidratos. Aparentemente, a ingestão

de carboidratos durante o exercício

retarda a fadiga em até 30 a 60 minu

-

tos, ao permitir que os músculos em

atividade dependam, basicamente, da

glicemia para a obtenção de energia

ao final do exercício e não poupando

o glicogênio muscular.

Aproximadamente 40% a 50% da

energia utilizada no exercício a 70%

da captação máxima de oxigênio pro

-

vem da gordura, enquanto os 50% a

60% restantes são provenientes de

carboidratos. Nos primeiros estágios

do exercício, a maior parte da energia

obtida dos carboidratos deriva do

glicogênio muscular. A medida que o

exercício prossegue, a utilização do

glicogênio muscular diminui, contri

-

buindo menos para as necessidades

de carboidratos durante o exercício.

A redução da dependência do glico

-

gênio muscular é compensada por

uma maior dependência da glicemia

para obtenção de energia provenien

-

te dos carboidratos. Depois de três

horas de exercício, grande parte da

energia proveniente dos carboidratos

parece resultar do metabolismo da

glicose, transferida do sangue circu

-

lante para os músculos em atividade.

Depois de duas ou três horas de exer

-

cícios sem ingestão de carboidratos, a

concentração de glicemia tende a cair

para níveis relativamente baixos. O

fígado reduz sua produção de glicose

devido à extinção das reservas de

glicogênio hepático, quando os mús

-

culos removem altas taxas de glicose

do sangue.

Os exercícios prolongados sem

ingestão de carboidratos podem re

-

sultar em fadiga, uma vez que não há

glicemia suficiente para compensar

Tabela 1 -

a

limen

T

os selecionados ricos em carboidra

T

os

a

limento

e

nergia (Kcal)

c

arboidrato (g)

Gordura (g)

Maçã média

81

21

0

Uvas, 1 xícara

88

16

0

Iogurte de morango, 1 xícara

257

43

3,5

Ervilhas cozidas, 1 xícara

110

10

0

Purê de maçã, 1/2 xícara

97

26

0

Banana média

108

27

0

Milho, 1/2 xícara

88

21

0

Batata assada, grande

139

32

0

Passa, 1/2 xícara

300

79

0

Pão integral, 1 fatia

51

11

1

Broa de milho, 1 pedaço

198

29

7

Macarrão, ovo, 1 xícara

175

33

3

Arroz, 1 xícara

205

45

0

Torrada de pão branco, 1 fatia

64

12

1

Tortilhas de milho, 15 cm de diâmetro

67

13

1

Espaguete com milho de tomate, 1 xícara

179

34

1,5

Favor usar os números acima como estimativa, uma vez que os valores diferem de acordo com a origem do produto e metodologia ana

lítica

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a depleção de reservas de glicogênio

muscular. Embora os atletas possam

ficar hipoglicêmicos, ou seja, apre

-

sentar um quadro de baixa glicemia,

menos de 25% sofrem de sintomas,

como tonturas e náuseas. A maioria

dos atletas costuma apresentar, em

primeiro lugar, fadiga muscular local.

O consumo de carboidratos não

evita a ocorrência de fadiga, apenas a

retarda. Nas últimas etapas do exer

-

cício, quando o glicogênio muscular

está baixo e os atletas dependem

intensamente da glicemia para obten

-

ção de energia, os músculos parecem

pesados e o atleta precisa de maior

concentração para manter o exercício

à uma intensidade que normalmente

não seria estressante se as reservas

de glicogênio muscular estivessem

completas.

O consumo de carboidratos du

-

rante exercícios contínuos e prolon

-

gados garantirá a disponibilidade de

carboidratos para os estágios finais

do exercício. Pesquisas recentes

demonstram que a fadiga pode ser

retardada quando a suplementação

de carboidratos é administrada no

final da competição. Entretanto, a fa

-

diga só se reverteu quando os atletas

receberam injeções intravenosas de

glicose a uma taxa superior a um g por

minuto. Essa taxa foi necessária para

atender às necessidades de carboi

-

dratos dos músculos em movimento.

Quando esses atletas ingeriram 200g

de glicose em solução (o equivalente

a aproximadamente 800 Kcal ou a

sete bananas, mais 170g de suco de

uva), não conseguiram absorver tal

refeição com suficiente rapidez para

manter as necessidades energéticas

dos músculos em atividade. Os atletas

precisam ingerir carboidratos a inter

-

valos regulares durante o exercício.

Assim, haverá uma grande quanti

-

dade de carboidrato disponível para

quando dependerem intensamente da

glicemia para a obtenção de energia.

Houve uma melhora no de

-

sempenho quando a taxa média

de ingestão de carboidratos foi de

0,8g por minuto, ou de aproxima

-

damente 24g para cada 30 minutos.

Para tanto, é necessário beber 240

mililitros de uma solução que con

-

tenha 5% de carboidratos ou 120

mililitros de uma solução com 10%

a cada 15 minutos.

Está claro que o consumo de

carboidratos é benéfico durante

exercícios com mais de duas horas

de duração - tais exercícios costu

-

mam resultar em fadiga devido à

depleção de carboidratos. Aparen

-

temente, o consumo de carboidratos

também é benéfico durante exercí

-

cios intermitentes. Esportes como

futebol (desde que não praticados

por mais de duas horas) podem

acarretar fadiga e depleção signifi

-

cativa do glicogênio muscular. Em

suma, o consumo de carboidratos

é vantajoso para atividades que

resultem em fadiga decorrente da

disponibilidade inadequada de car

-

boidratos. Entretanto, parece não

haver uma necessidade fisiológica

que justifique a suplementação de

carboidratos durante exercícios que

não provoquem fadiga.

d

o

E

nças r

E

la

CI

onadas aos

C

ar

B

o

I

dratos

O fato de que muitas doenças,

genéticas ou adquiridas, decorrem

de defeitos no metabolismo de carboi

-

dratos é outro forte estímulo para o

estudo desses compostos. A galacto-

semia, por exemplo, é uma doença

hereditária rara, caracterizada pela

deficiência em enzimas que proces

-

sam a galactose.

Nos portadores, esse carboi

-

drato, normalmente convertido em

glicose, é acumulado na forma de

galactosefosfato, o que leva a retardo

mental severo e, com freqüência, à

morte. Recém-nascidos e crianças

com galactosemia não podem ingerir

substâncias com galactose, em par

-

ticular o leite (a lactose, presente no

leite, é um dissacarídeo formado por

glicose e galactose).

Já a intolerância à lactose, tam

-

bém causada por deficiência enzimá

-

tica, pode ter três origens: defeito

genético raro na capacidade de sinte

-

tizar a lactase intestinal, redução da

produção da enzima devido a doenças

intestinais ou deficiência adquirida

com o avanço da idade. Tanto na ga

-

lactosemia quanto na intolerância à

lactose, é essencial uma dieta livre de

lactose. Outros exemplos de doenças

ligadas a desordens no metabolismo

dos carboidratos são as mucopolis

-

sacaridoses, como as síndromes de

Hurler e de Hunter, que levam a

retardo mental e à morte prematura.

A doença mais conhecida relacio

-

nada aos carboidratos é o diabetes,

decorrente de fatores hereditários

e ambientais, que levam a uma defi-

ciência na produção ou a uma incapa

-

cidade de ação da insulina (hormônio

cuja função principal é controlar a

entrada de glicose nas células). Nos

portadores, a quantidade de glicose

no sangue aumenta, comprometendo

vários órgãos e os sistemas renal,

nervoso e circulatório. A doença pode

ser regulada pelo consumo controlado

de carboidratos e, em casos mais se

-

veros, pela administração de insulina.

Além do diabetes, uma dieta exa

-

gerada em carboidratos pode acarre

-

tar outros problemas, como

obesidade, doenças cardiovas

-

culares, tromboses e avanço da ate

-

rosclerose (depósito de substâncias

nas paredes dos vasos sangüíneos,

obstruindo a circulação). O excesso na

ingestão desses compostos também

intensifica a síntese e o armazena

-

mento de gordura, além de desesti

-

mular os receptores de insulina nas

células, gerando a forma mais grave

do diabetes. Esse quadro piora com

um estilo de vida sedentário, que

reduz a metabolização dos glicídios.

Em contrapartida, dietas com

poucos carboidratos também podem

prejudicar a saúde, já que eles são

a fonte principal de energia para as

células.

Car

B

o

I

dratos: v

I

E

s ou

mo

CI

nhos?

Muitas pessoas acreditam que

quanto menos carboidrato consumi

-

rem, mais saudáveis e magros ficarão.

No entanto, as pesquisas ao longo do

tempo mostram que isso não é ver

-

dade. Os carboidratos ou hidratos de

carbono são um grupo de alimentos

energéticos e devem representar

aproximadamente 45% a 65% das

calorias totais diárias, seguidos pelo

grupo de gorduras e proteínas. Es-

colher os carboidratos mais saudáveis

é o mais recomendado, principal

-

mente aqueles com grãos integrais

que acabam sendo uma importante

fonte de fibra, vitaminas, minerais e

substâncias antioxidantes.

Grande parte da má fama dos

carboidratos está ligada, sobretudo,

aos carboidratos altamente proces

-

sados, encontrados em doces, pães,

salgadinhos e outras guloseimas. O

processamento industrial moderno

dos alimentos elimina as fibras, o que

prejudica sua verdadeira natureza

e a forma como são metabolizados

no organismo. O processamento do

arroz, por exemplo, remove as fibras

e, consequentemente, os nutrientes,

para facilitar e acelerar seu cozi

-

mento. Como resultado, o organismo

absorve apenas o amido e as calorias.

Em contrapartida, nos alimentos

integrais, fibras e nutrientes são

preservados. Assim, quando se ingere

arroz integral, o organismo absorve

além do amido e calorias, fibras e

outros nutrientes, de forma lenta e

gradual.

Existe uma famosa frase nutri

-

cional que afirma que “a digestão co

-

meça na boca”. Com os carboidratos

não é diferente. Nesta fase, a saliva

começa o processo químico de separar

o alimento em seus componentes.

Depois, no estômago, o carboidrato

é dilacerado pelas contrações muscu

-

lares e ácidos gástricos para obter os

açúcares contidos nele. A velocidade

que isso acontece depende de vários

fatores, principalmente, de outras

substâncias que “entram no caminho”

do organismo na hora de digerir os

carboidratos.

Algumas, como as fibras, dimi

-

nuem a velocidade, já que aumentam

o esforço do estômago para alcançar

os açúcares e amidos dos carboidratos.

Ligados às fibras estão os nutrientes, o

que faz com que o estômago tenha que

trabalhar ainda mais para chegar ao

alimento. Além das fibras, gorduras e

proteínas também retardam a veloci

-

dade com a qual o estômago age sobre

os carboidratos. Assim, consumir um

pouco de proteína ou gordura saudável

junto com carboidratos pode ser sim

muito benéfico.

Na digestão, o organismo extrai

os açúcares dos carboidratos e os

transforma em combustível, que po

-

derá ser queimado ou armazenado. A

queima de quase todo o combustível

significa que a pessoa é suficiente

-

mente ativa para fazer uso eficiente

dos alimentos que consome. O excesso

de combustível armazenado resulta

em gordura corporal.

Os alimentos ricos em carboidra

-

tos fornecem a energia necessária

para o funcionamento do organismo

humano. É com a energia obtida dos

carboidratos que temos força para

nos locomover, trabalhar e realizar

as atividades cotidianas.

Por este mesmo motivo, os carboi

-

dratos são muitas vezes considerados

inimigos do emagrecimento, já que

combustível estocado se transforma

em gordura, que se deposita sob o te

-

cido adiposo, gerando ganho de peso.

Com uma alimentação balanceada,

adequada em carboidratos de acordo

com o peso, a altura e a idade, isso

não acontece.

O importante é haver um equilí

-

brio entre a quantidade de carboi

-

dratos consumidos e o tipo de vida.

Crianças na fase escolar também

não podem deixar de ingerir car

-

boidratos. Em fase de crescimento,

recomenda-se, inclusive, uma dieta

rica nestes nutrientes, já que eles

agem sobre o Sistema Nervoso

Central, responsável por funções

como memória e concentração. Di

-

ficuldades de aprendizado podem

estar associadas à baixa ingestão de

carboidrato.

Os carboidratos são os vilões e os

mocinhos da alimentação, por isso,

devem ser consumidos de maneira

correta para que não altere o bom

funcionamento do organismo.

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Introdução

Após décadas de uma crescente

conscientização pública sobre uma

boa alimentação e o seu papel para

a saúde como um todo, a maioria,

se não todos os consumidores estão

conscientes sobre a diferença entre

os bons carboidratos, como as fibras

alimentares, e os maus carboidratos,

como a sacarose. Não há dúvidas que

a tendência geral por hábitos alimen

-

tares mais saudáveis desenvolveu a

demanda no mercado e um entendi

-

mento mais profundo sobre o metabo

-

lismo dos carboidratos se tornou um

elemento importante nisso. Milhões

de consumidores informados estão

optando mais por “bons carboidratos”

e menos por “maus carboidratos”,

entre outros atributos, entre os ali

-

mentos e bebidas que compram hoje

em dia.

As indústrias orientadas para

o futuro estão respondendo com

ofertas de produtos com uma gama

de ingredientes como carboidratos

alternativos cuja alegação é de um

melhor equilíbrio metabólico. Isto se

reflete em escolhas mais inteligentes

nos corredores dos supermercados

e um maior controle por parte dos

consumidores sobre o que consomem.

Graças a diversidade de ingredien

-

tes alimentícios alternativos, como

por exemplo, inulina e oligofrutose,

muitas destas escolhas inteligentes

têm condições de manter as caracte-

rísticas atraentes que continuam a

despertar o interesse do consumidor,

A Palatinose

(isomaltulose) fornece a energia total do

carboidrato por um período mais longo, enquanto apresenta

um baixo efeito sobre o nível de glicose no sangue

como por exemplo, as tradicionais

expectativas com relação ao sabor,

textura e paladar.

Apoiados em um conhecimento

básico, os consumidores (e os marque

-

teiros) agora estão sendo convidados

para discutir os detalhes do metabo

-

lismo dos carboidratos. Um exemplo

é a Palatinose™ (isomaltulose), um

carboidrato multifuncional atualmen

-

te disponível para os fabricantes que

são sensíveis à tendência mundial dos

consumidores voltados para uma ali

-

mentação saudável. A Palatinose™ é

o único carboidrato de baixa glicemia

que fornece uma energia mais prolon

-

gada em forma de glicose.

o

qu

E

é a

I

somaltulos

E

?

A isomaltulose ocorre natural

-

mente em pequenas quantidades

no mel e no suco da cana de açúcar.

A Beneo obtém sua isomaltulose a

partir da sacarose, utilizando um

rearranjo enzimático, que é comercia

-

lizada para uso como um carboidrato

da próxima geração em aplicações

em alimentos e bebidas com a marca

registrada Palatinose™.

Como a sacarose, a Palatinose™ é

um dissacarídeo composto de glicose

e frutose. A diferença está na ligação

entre estes dois componentes. A Pa

-

latinose™ tem uma ligação glicosídica

alfa-1,6, enquanto que a sacarose tem

uma ligação glicosídica alfa-1,2.

Esta ligação diferente é que ga

-

rante à Palatinose™ suas proprieda

-

des fisiológicas características, que se

diferem amplamente das da sacarose

e de outros açúcares comuns. Ela

é mais resistente as atividades das

bactérias na boca, por isso ela é, ao

contrário dos açúcares tradicionais,

inofensiva para os dentes. Ela é mais

estável a condições de acidez, como às

que ocorrem no estômago ou em cer

-

tas aplicações em alimentos e bebidas.

E ela é hidrolisada lentamente pelas

enzimas intestinais, permitindo uma

liberação lenta de glicose, resultando

em um baixo efeito sobre os níveis

de glicose sanguínea e de insulina.

De fato, já foi demonstrado que ela

exerce uma influência positiva sobre

a liberação de energia durante um

período de tempo e sobre o metabo

-

lismo da gordura.

Por isso, a Palatinose™ fornece

ao organismo humano a energia total

do carboidrato por um período signi

-

ficativamente maior, enquanto tem

apenas um baixo efeito sobre o nível

de glicose sanguínea. Ao oferecer uma

energia equilibrada e duradoura, ela

pode ser vista como um carboidrato

que fornece “calorias lentas”.

u

ma r

E

sposta

B

a

I

xa

E

duradoura d

E

gl

IC

os

E

no sangu

E

Após uma refeição contendo

carboidratos, os monossacarídeos

integrantes são absorvidos no sangue

e, no caso da glicose, são distribuídos

pelo organismo. O resultado é um

aumento nas concentrações de glicose

sanguínea após uma refeição, apre

-

sentando o nível mais alto cerca de 30

minutos após a ingestão, se estendo

por um período de uma a duas horas

até que, com a ajuda do hormônio

insulina, os níveis de glicose sanguí

-

nea voltam ao patamar normal. As

diversas propriedades de digestão e

absorção dos carboidratos se refletem

na concentração de glicose no sangue:

Carboidratos simples ou dis

-

poníveis imediatamente

têm uma

resposta mais rápida e elevada sobre

o nível de glicose no sangue (como,

por exemplo, glicose, sacarose, malto

-

dextrinas ou amidos processados

como os encontrados no pão branco

ou batatas cozidas).

Carboidratos

de disponibilidade lenta

como a

Palatinose™ têm uma baixa respos

-

ta sobre a concentração de glicose

no sangue. Carboidratos de

baixa

digestão

e, portanto parcialmente

disponíveis têm uma resposta de gli

-

cose sanguínea muito baixa (como por

exemplo, os polióis).

Carboidratos

não digeríveis

não exibem alteração

sobre a glicose sanguínea (como, por

exemplo, as fibras alimentares).

Mesmo entre aqueles que são to

-

talmente disponíveis, os carboidratos

podem se diferenciar amplamente

em seu fornecimento de glicose para

o corpo, afetando a liberação de in

-

sulina e a administração de energia.

O Índice Glicêmico (IG) é uma fer

-

ramenta para comparar e classificar

carboidratos simples ou disponíveis

de acordo com a sua resposta sobre

a concentração de glicose do sangue.

Define-se

1

como a área abaixo da cur

-

va de resposta de glicose sanguínea

de uma porção de 50 g de carboidrato,

expressa em porcentagem sobre a

resposta da mesma quantidade de

um carboidrato de referência (geral

-

mente glicose ou pão branco). O IG

é considerado como “alto” quando

alcança 70 ou mais, “médio” em um

patamar entre 56 e 69 e “baixo”, se

for de 55 ou inferior.

A Tabela 1

apresenta os valores do

IG de vários açucares e carboidratos

adoçantes, mostrando que a vasta

maioria dos carboidratos tradicionais

TABELA 1 - ÍNDICE GLICÊMICO DOS AÇÚCARES (UM COMPARATIVO)

Fatores que influenciam o

i

G

(exemplos)

e

feitos redutores

e

feitos elevadores

Natureza do amido

Alto conteúdo de amilose

Alto conteúdo de amilopectina

Natureza dos mono, di e

oliogossacarídeos

Palatinose™, frutose,

oligofrutose

Glicose, sacarose

Fibras alimentares, viscosas

Guar, betaglucan, inulina

Método de processamento

Parboilização, extrusão a frio

Cozimento tradicional, extrusão

HTHS, descamação, flaking, uffing

Tamanho de partícula

Partículas grandes

Partículas pequenas

Maturidade e armazenamento do

alimento

Não maduro, resfriamento

Maturidade

Inibidores da alfa-amilase

Lecitinas e fitatos

Interações com outros nutrientes

Gordura/proteína (alto)

Gordura/proteína (baixo)

se situa em uma classificação entre

um IG médio e alto. Em aplicações

alimentícias e, em particular, nas ma

-

trizes alimentícias mais complexas de

alimentos sólidos, existe um número

adicional de fatores que afetam a

resposta da glicose sanguínea, como

está resumido na Tabela 2.

As propriedades especiais de

lenta liberação da Palatinose™ no

intestino delgado se refletem em sua

resposta sobre a glicose no sangue.

Diversos estudos sobre a resposta

na glicose sanguínea demonstraram

que sua ingestão é seguida por uma

elevação significativamente mais

baixa nos níveis de glicose sanguí

-

nea, durante um período mais longo,

em comparação com a sacarose.

As flutuações de glicose sanguínea

correspondentes após a ingestão

da Palatinose™ têm uma amplitude

muito mais baixa do que daquelas

conhecidas de carboidratos simples

(imediatamente disponíveis). Em

outras palavras, a glicose é fornecida

de uma forma mais equilibrada.

Expressando a resposta de glicose

sanguínea mais baixa de um modo

geral em termos numéricos, a Pala

-

tinose™ detém um IG de 32, como foi

determinado por Jenny Brand-Miller

e sua equipe na Universidade de

Sidnei, de acordo com sua metodolo

-

gia reconhecida internacionalmente,

utilizando a glicose como padrão

2

. Em

um

dos

B

ons

C

ar

B

o

I

dratos

TABELA 2 - FATORES QUE INFLUENCIAM O ÍNDICE GLICÊMICO (IG)

DE ALIMENTOS A BASE DE CARBOIDRATOS

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termos de classificação por IG, a Pa

-

latinose™ é um carboidrato de baixa

glicemia. A baixa resposta sobre a

glicose no sangue é associada a uma li

-

beração menor de insulina e menores

mudanças metabólicas subsequentes

do que é o caso dos carboidratos sim

-

ples e de alta glicemia.

A resposta da glicose sanguínea,

em conjunto com as descobertas em

outros estudos, demonstra que a Pa

-

latinose™ é digerida e absorvida com

-

pletamente, mas de forma mais lenta,

pelo intestino delgado, resultando

em um fornecimento prolongado de

glicose no sangue para o corpo. De

fato, trata-se do primeiro carboidrato

dissacarídeo que tem características

de baixa glicemia e fornece glicose

por um período de tempo mais pro

-

longado.

A maioria dos carboidratos forne

-

ce glicose e a glicose é energia para o

corpo. Por isso, a forma como a glicose

é fornecida reflete o fornecimento de

energia para o organismo. Conside

-

rando o fato de que a glicose obtida da

ingestão de carboidratos é utilizada

preferencialmente ao invés da glicose

proveniente de fontes internas como a

mobilização das reservas de glucogê

-

nio ou através da formação de outras

fontes de macronutrientes, a glicose

sanguínea pode ser entendida como

um biomarcador do fornecimento

de energia. De acordo com a típica

resposta da glicose sanguínea da

Palatinose™, apresentada na Tabela

3, a seguir, isto significa que ela for

-

nece a energia do carboidrato de uma

forma mais lenta, mais gradativa e

equilibrada e durante um período de

tempo maior. A liberação de energia

prolongada é uma propriedade única

da Palatinose™, como resultado de

sua liberação intestinal lenta, mas

completa.

Beneo Institute

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sua estabilidade a altas temperaturas,

acidez e enzimas. Diferente da saca

-

rose, ela não é facilmente hidrolisada

pelos ácidos, por isso é ideal para

conceitos de bebidas isotônicas e até

hipotônicas. Ela pode ajudar a man

-

ter a osmolalidade do produto final.

Ela apresenta uma alta estabilidade

à fermentação da maioria das leve

-

duras bem como de bactérias. Esta

qualidade pode oferecer vantagens na

produção de cervejas, por exemplo,

para aumentar o extrato final, resul

-

tando em uma maior palatabilidade,

corpo e um perfil sensorial mais real

e otimizado. A Palatinose™ também

oferece características antioxidantes.

Ela pode ser utilizada para aumentar

a estabilidade de alimentos que são

sensíveis ao oxigênio, melhorando a

sua vida útil.

Com suas propriedades únicas de

liberação lenta de energia, seu baixo

efeito sobre o nível de glicose no

sangue e sua natureza de inofensivi

-

dade aos dentes, a Palatinose™ é um

carboidrato natural que promete aos

consumidores atentos à sua saúde o

potencial de melhorar o equilíbrio me

-

tabólico enquanto oferece aos fabri

-

cantes novas opções de formulações

para os consumidores mais exigentes.

* Dra. Antje Jungclaus é Manager Nutrition Com

-

munication do Beneo-Institute

TABELA 3 - PALATINOSE™ - LIBERAÇÃO EQUILIBRADA E PROLONGADA

DE ENERGIA EM FORMA DE GLICOSE

u

t

I

l

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alat

I

nos

E

E

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F

ormulaçõ

E

s

As pesquisas demonstraram que a

Palatinose™ é adequada para utiliza

-

ção em bebidas energéticas e esporti

-

vas e na nutrição, bem como em chás,

cervejas e confeitos. Com sua baixa

higroscopicidade, ela também é ideal

para produtos em pó como bebidas

instantâneas.

Além de fornecer energia para

corpo e mente em forma de glicose,

a Palatinose™ oferece significativas

vantagens para a formulação, como

Se fosse necessário definir os car

-

boidratos em uma única palavra, ela

seria “combustível”, pois os carboi

-

dratos são uma classe de substâncias

químicas que desempenham papel

vital em todos os organismos vivos.

Esses compostos receberam o

nome de carboidrato no século XVIII,

quando se notou que suas fórmulas

químicas podiam ser inscritas como

se fossem feitas de átomos de carbono

(C), mais um determinado número de

moléculas de água (H

2

O). Daí o nome

carboidrato, ou “carbono hidratado”.

Atualmente sabemos que essa fórmu

-

la tão simples não é verdadeira para

todos os carboidratos, mas ficamos

com o nome.

Glicídios, hidrocarbonetos, hidra-

tos de carbono e açúcares são ou

-

tros nomes atribuidos aos car

-

boidratos, que são as principais

fontes de energia para os siste

-

mas vivos, porque são convertidos

em energia (açúcares) durante o

processo de oxidação. Participam

também na formação de estruturas

de células e de ácidos nucleicos.

Os carboidratos podem ser classifica

-

dos de acordo com o tamanho de sua

cadeia de carbono, e embora tenham

estruturas moleculares diferentes,

todos eles fornecem a mesma quanti

-

dade de energia para o nosso metabo

-

lismo: cerca de 4 calorias por grama.

Os de constituição mais simples

são denominados

monossacarí

-

deos

. Um dos mais conhecidos é a

glicose. Obtida através da quebra

de polissacarídeos em moléculas de

um único sacarídeo (mono), a glicose

é um carboidrato extremamente

importante para a nossa vida como

fonte de energia.

Resultantes da união de dois

monossacarídeos, por uma ligação

denominada glicosídica, temos os

dissacarídeos

. Quando ocorre esse

evento, há a liberação de uma molé

-

cula de água (desidratação). Sacarose

(glicose + frutose), lactose (glicose

+ galactose) e maltose (glicose +

glicose) são três exemplos bastante

conhecidos de dissacarídeos.

Os polissacarídeos são carboidra

-

tos grandes, às vezes ramificados,

formados pela união de mais de dez

monossacarídeos ligados em cadeia,

constituindo, assim, um polímero

de monossacarídeos. São insolúveis

em água e, portanto, não alteram o

equilíbrio osmótico das células. Os

polissacarídeos possuem duas funções

biológicas principais, como forma

armazenadora de combustível e como

elementos estruturais:

Função Energética: constituem a

primeira e principal substância a

ser convertida em energia calo

-

rífica nas células. Nas plantas, o

carboidrato é armazenado como

amido nos amiloplastos; nos ani

-

mais, é armazenado no fígado e

nos músculos como glicogênio. É o

principal combustível utilizado pe

-

las células no processo respiratório

a partir do qual se obtém energia

para ser gasta no trabalho celular.

Função Estrutural: determinados

carboidratos proporcionam rigi

-

dez, consistência e elasticidade

a algumas células. A pectina, a

hemicelulose e a celulose compõem

a parede celular dos vegetais. A

quitina forma o exoesqueleto dos

artrópodes. Os ácidos nucleicos

apresentam carboidratos, como a

ribose e a desoxirribose, em sua es

-

trutura. Entram na constituição de

determinadas estruturas celulares

funcionando como reforço ou como

elemento de revestimento.

Entre os polissacarídeos se

enquadram as celuloses e os amidos.

A celulose não é digerível pelos seres

humanos (só os cupins conseguem

digerí-la), mas é importante na nossa

dieta, como fibra. O amido é consi

-

derado um dos componentes mais

abundantes nas plantas dentre os que

podem ser convertidos em produtos

comerciais com aplicações específicas.

Está presente principalmente em

cereais como milho, trigo, arroz e em

tubérculos e raízes como mandioca,

batata, inhame e outros.

Dentre as fontes disponíveis,

a mais utilizada para obtenção do

amido, no Brasil, é o milho, por ser

um cereal com possibilidade de esto

-

cagem após a colheita, adequação as

condições climáticas e terreno, pelas

múltiplas aplicações possíveis devido

ao aproveitamento de todas as partes

do grão (óleos, fibra, proteína e ami

-

do) e pelo alto percentual de amido

contido no seu grão, superior aos de

-

mais cereais e

tubérculos.

O grão de

amido é uma

mistura de dois

polissacaríde

-

os, amilose e

amilopectina,

polímeros de

glicose forma

-

C

ar

B

o

I

dratos

by Cargill

FOOD

INGREDIENTS BRASIL

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Bibliografia

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Índice Glicêmico da isomaltulose,

publicado no banco de dados do IG, no

www.glycemicindex.com

Dossiê carboidratos

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dos através de síntese por desidratação

(a cada ligação de duas glicoses ocorre

a “liberação” de uma molécula de água).

A diferença básica entre amilose e

amilopectina se encontra no tipo de liga

-

ção glicosídica, que dá origem ou não a

ramificações na cadeia. Em

ambos os casos, as unidades

de glicose se unem mediante

ligações (α1-4), que resulta

em uma cadeia linear. Este

é o caso da amilose, que

somente possui este tipo de

ligação. No caso

da amilopecti

-

na, encontramos

também a liga

-

ção glicosídica

(α1-6), que gera

pontos de ramifi

-

cação na cadeia.

Uma das pro

-

priedades mais

importantes do amido é a gelatini

-

zação, que, durante aquecimento em

meio aquoso, possibilita absorção de

até 2500 vezes seu peso em água.

O aquecimento em excesso causa

o intumescimento irreversível dos

grânulos, os quais se tornam muito

sensíveis a estresses mecânico e tér

-

mico ou à acidez do meio. Uma vez

resfriados ou congelados, os polímeros

de amido nativo se reagrupam, liberando

água e danificando o gel formado. Este

processo de reagrupamento das molécu

-

las é conhecido como retrogradação, e

sua consequência, a saída de água, é cha

-

mada sinerese. Cadeias lineares (como

a amilose) se reaproximam com maior

facilidade quando comparadas com ca

-

deias ramificadas (como a amilopectina).

Quanto maior o teor de amilopectina na

composição do amido, portanto, menor

a ocorrência de retrogradação e, con-

sequentemente, de sinerese.

As pastas de amidos de milho, trigo

ou arroz, que contêm teores relativamen

-

te elevados de amilose, se tornam opacas

e formam géis durante o resfriamento.

Estes géis apresentam característica fir

-

me e quebradiça. Pastas obtidas de fécu

-

las de batata ou de mandioca, por outro

lado, geralmente permanecem mais cla

-

Cargill Agrícola S.A.

www.cargill.com.br

ras (menos opacas) e, embora ao sofre

-

rem resfriamento apresentem um certo

aumento de viscosidade, não chegam a

formar géis opacos. Os géis formados

são mais flexíveis, sem característica

de corte. No caso de pastas de amido de

milho cero

-

so, é menor

ainda a tendên

-

cia à formação

de gel e, conse

-

quentemente, à retrogradação. Isto por

-

que o amido de milho ceroso é composto

praticamente por moléculas de amilo

-

pectina, apresentando teor quase nulo de

amilose, sendo este também o motivo de

sua pasta ser bastante translúcida, sem

opacidade.

Para atender às diferentes demandas

dos mercados que necessitam de ingre

-

dientes mais complexos para elaboração

do produto final, os amidos nativos

isolados da fonte vegetal original podem

ser modificados enzimática, física ou

quimicamente. Com isso, as indústrias

alimentícias podem contar com amidos

especiais adaptáveis às condições de

processamento e ambientes de preparo

diferentes, que conferem características

multifuncionais exclusivas como corpo,

textura e estabilidade. As principais

razões que levam à alteração do amido

são: modificar as características de

cozimento; diminuir a retrogradação e a

tendência das pastas em formarem géis;

aumentar a estabilidade das pastas ao

resfriamento e descongelamento;

melhorar transparência das pastas

ou géis; proporcionar adesividade;

melhorar a textura e a formação de

filmes das pastas ou géis; introduzir po

-

der emulsificante

através da adição

de grupamentos

hidrofóbicos.

Dependendo

da fonte de ori

-

gem e da modi

-

ficação, o amido

pode ser utilizado

em diversas aplicações como:

sorvetes, pudins, sobremesas,

produtos de panificação,

macarrão instantâ

-

neo, produtos ex

-

trusados, balas e

caramelos, produtos

lácteos, sopas, conservas, molhos e

produtos cárneos.

A Cargill tem uma linha completa

de amidos nativos e modificados, de

-

senvolvidos para satisfazer as diver

-

sas necessidades dos mais modernos

processos alimentícios.

FOOD

INGREDIENTS BRASIL

Nº 20 - 2012

50

Bibliografia

Propriedades Gerais do Amido –

Série: Culturas de Tuberosas Amiláce

-

as Latinoamericanas, volume I

Wolk, Robert L. - O que Einstein

disse ao seu cozinheiro: a ciência na

cozinha.

www.brasilescola.com

...

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