Elaboração de Hipóteses em Atividades Investigativas em Aulas Teóricas de Química por Estudantes de Ensino Médio" e "Conhecimento Prévio, Caráter Histórico e Conceitos Científicos: O Ensino de Química a Partir de Uma Abordagem Colaborativa da A

Resenha crítica dos artigos: "Elaboração de Hipóteses em Atividades Investigativas em Aulas Teóricas de Química por Estudantes de Ensino Médio" e "Conhecimento Prévio, Caráter Histórico e Conceitos Científicos: O Ensino de Química a Partir de Uma Abordagem Colaborativa da Aprendizagem"

        O artigo intitulado Elaboração de Hipóteses em Atividades Investigativas em Aulas Teóricas de Química por Estudantes de Ensino Médio, da autoria de Ana Cláudia Kasseboehmer e Luiz Henrique Ferreira, relata a experiência da proposta de uma atividade na qual os alunos deveriam levantar hipóteses, estratégias de verificação e uma explicação sobre o fato de o cheiro ser sentido a longas distâncias, mesmo na ausência de vento.

        No decorrer do artigo, são citados vários autores, visando dar embasamento teórico ao texto. Podem ser destacados Freire, Mortimer, Vygotsky,  Bachelard, entre outros, os quais discorrem sobre o papel da escola e o conhecimeno científico, uma vez que tal conhecimento é essencial para o desenvolvimento e a aprendizagem dos alunos. Além disso, há a importância de o aluno ser investigador, visto que o pesquisador levanta hipóteses, observa e questiona resultados.

        Os autores discorrem acerca das três etapas fundamentais do trabalho do cientista, as quais são: a) elaboração de hipóteses, elaboração de estratégias para verificar a coerência das hipóteses e a discussão  coletiva.        

        O relato é parte de uma tese de doutorado, foi aplicada em 2010, em turmas de primeiro ano de duas escola públicas, denominadas A e B e uma escola particular, denominada de C. Foram convidados 390 estudantes, no entanto, apenas 37 realizaram a etapa do trabalho que seria desenvolvido em casa. A metodologia utilizada foi a pesquisa-ação, sendo de caráter participativo.

        Como resultado, observou-se que os estudantes das escolas públicas se esforçaram mais para pensar nas respostas sozinhos e não recorreram muito à internet. Além disso, os estudantes relataram que é importante o professor inovar e não apenas usar o giz e a lousa. Disseram, ainda, que ao terem que "pensar" e "investigar" algo de caráter científico, houve também o processo de reflexão, visto que ela é essencial para o aprendizado. Como dificuldade, os autores citaram o pouco tempo para a realização da atividade, levando em consideração o pouco número de aulas de química.

        Já o artigo Conhecimento Prévio, Caráter Histórico e Conceitos Científicos: O Ensino de Química a Partir de Uma Abordagem Colaborativa da Aprendizagem, da autoria de Vitor de Almeida Silva e Márlon Herbert Flora Barbosa Soares, discorre acerca da importância da aprendizagem colaborativa para o aprendizado. Nesse tipo de aprendizagem, o aluno é instigado a participar, compartilhar seus argumentos e conhecimentos e tem autonomia. Além disso, há mais interação entre aluno/aluno e aluno/professor, o que também facilita o aprendizado.

        Os autores citam, entre outros, autores como Piaget e Pacheco e Sisto, os quais falam sobre conflito cognitivo, assimilação, adaptação intelectual, etc.

        No artigo é visível a importância de valorizar e partir do conhecimento prévio dos alunos, ou seja, aquele conhecimento que o aluno já possui, o que, de fato, é essencial em qualquer área do conhecimento e grau de ensino.

        A pesquisa relatada no artigo diz respeito a uma atividade realizada em pares, baseada na leitura interpretativa de artigos publicados em uma revista de química. A metodologia usada foi estudo de caso.

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