Espectroscopia vibracional
Por: Leonardo Vitorio • 9/5/2016 • Trabalho acadêmico • 908 Palavras (4 Páginas) • 498 Visualizações
Resultados e Discussão
No presente experimento, foram estudadas sete moléculas, todas contendo o grupo carbonila, através do software GaussView, sendo possível simular algumas propriedades de interesse: o calor de formação das moléculas, a frequência vibracional do estiramento C=O e o comprimento da ligação C=O.
Os dados obtidos para a simulação com o método semiempírico AM1 foram os seguintes:
Tabela 1 – Calor de Formação, Frequência Vibracional do Estiramento C=O e
Comprimento da Ligação C=O – Método AM1
Para a simulação com o método PM3, obtiveram-se os valores abaixo:
Tabela 2– Calor de Formação, Frequência Vibracional do Estiramento C=O e
Comprimento da Ligação C=O – Método PM3
Já o método MNDO produziu os resultados seguintes:
Tabela 3– Calor de Formação, Frequência Vibracional do Estiramento C=O e
Comprimento da Ligação C=O – Método MNDO
Também se calcularam, através dos mesmos métodos computacionais, as propriedades das quatro primeiras moléculas (formaldeído, acetaldeído, acroleína e formamida) desprotonadas, isto é, após a quebra heterolítica da ligação entre o carbono e um dos hidrogênios. Os resultados se encontram abaixo:
Tabela 4 – Calor de Formação, Frequência Vibracional do Estiramento C=O e
Comprimento da Ligação C=O – Moléculas Desprotonadas – Método AM1
Tabela 5 – Calor de Formação, Frequência Vibracional do Estiramento C=O e
Comprimento da Ligação C=O – Moléculas Desprotonadas – Método PM3
Tabela 6 – Calor de Formação, Frequência Vibracional do Estiramento C=O e
Comprimento da Ligação C=O – Moléculas Desprotonadas – Método MNDO
Cálculo da Energia de Quebra Heterolítica
A energia quebra heterolítica corresponde à energia liberada quando da quebra da ligação, no caso, entre o carbono carbonílico e o hidrogênio; esta pode ser calculada a partir da diferença entre as energias de formação da molécula desprotonada e da sua forma original, ou seja,
EH = Edp-E,
onde dp corresponde à forma desprotonada da molécula.
Com os dados apresentados nas tabelas acima, é possível calcular as energias de quebra heterolítica para as quatro primeiras moléculas (as outras três não apresentam hidrogênios ligados ao carbono carbonílico):
Tabela 6 – Energias de Quebra Heterolítica
Como é possível perceber, a energia de quebra heterolítica da ligação carbono-hidrogênio é maior para a molécula de formaldeído; isto ocorre porque grupos contendo carbono e nitrogênio estabilizam a molécula eletronicamente, o que faz com que o carbono da carbonila tenha uma carga parcial menor; quanto mais substituídos os grupos ligados ao carbono da carbonila, mais elétrons serão doados, diminuindo a carga parcial positiva causada pela eletronegatividade do oxigênio[1].
Assim, o formaldeído é a substância mais reativa dentre as quatro estudadas (pois se a energia de quebra heterolítica é maior, o estado de energia alcançado é menor), o que é o esperado. A formamida tem a segunda maior energia de quebra heterolítica, se analisados os métodos AM1 e PM3; para o MNDO, a segunda maior energia é do acetaldeído. O acetaldeído seria um bom candidato para segunda mais reativa molécula, uma vez que tem apenas um átomo de carbono para doar densidade eletrônica, enquanto a formamida possui um par de elétrons livres no átomo de nitrogênio.[1] Por fim, a acroleína apresenta a menor energia nos métodos AM1 e PM3, o que pode ser explicado pelo fato de possuir dois carbonos que aumentam a densidade eletrônica da molécula, atenuando a carga parcial positiva acarretada pela ligação carbonílica[1][2].
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