O USO DE EXPERIMENTOS NO ENSINO DE FUNÇÕES QUÍMICAS

O USO DE EXPERIMENTOS NO ENSINO DE FUNÇÕES QUÍMICAS

Katiele Cavalcante Viana¹

Carla Simone Seibert

Kleiton Dias Meireles

Resumo: 

O presente trabalho tem como objetivo apresentar os resultados do uso de experimentos nas aulas de ciências com o conteúdo de funções químicas. O trabalho foi realizado em forma de oficina por quatro alunas bolsistas do PIBID (Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência), e apresentado no Colégio Estadual Doutor Pedro Ludovico Teixeira, município de Porto nacional, TO, com estudantes do 9º ano do Ensino Fundamental. O conteúdo trabalhado foi Reações Químicas, onde o mesmo foi dividido em quatro subtemas: Ácidos, Óxidos, Bases e Sais. Os resultados apontam a eficácia da utilização do experimento que complementa a teoria e assim melhora o desempenho dos alunos.

INTRODUÇÃO

A sociedade atual revela-se cada vez mais exigente e com elevada quantidade de informações, onde a escola torna-se responsável em passar aos educandos esses conhecimentos. Nesse sentido, grande parcela desta responsabilidade compete ao profissional professor que, no desenvolvimento do conhecimento, tem de criar cada vez mais habilidades em seus alunos, o que demanda em muitos casos, um trabalho amplo e contextualizado. (NUNES e ADORNI, 2010)

O desafio que é imposto à escola é enorme, há uma necessidade de que tenham a capacidade para desenvolver nos estudantes, habilidades para viverem e conviverem em um mundo onde a competitividade dá lugar a capacidade de resolver problemas diários com criatividade, buscando inovação, sendo assim, é necessário que se entenda que o aprendizado é constante e deve acontecer ao longo da vida. (COUTINHO e LISBÔA, 2011).

Em particular, o ensino da química nas escolas é um desafio constante, tanto para os alunos quanto para o professor. Ao longo do tempo é possível notar que cada vez mais o ensino da química vem se tornando algo de difícil aprendizado, a maior parte dos alunos não percebem ou não sabem a importância do que estão estudando, tornando-se desinteressados (NUNES e ARDONI, 2010).

DA SILVA (2011), ressalta que na visão dos alunos, a química é de difícil aprendizado por ser muito complexa, tornando assim umas das matérias mais complicadas de se aprender. Dessa forma, a responsabilidade torna se grande para o professor, que deve ter a iniciativa de desmistificar a química e também buscar soluções para que o aprendizado se torne mais agradável aos alunos. Como diz BERNADELLI (2004), ensinar química é de extrema seriedade, e não é somente apresentar o conhecimento aos alunos e esperar que eles por si só assimilem o que lhes foi dado, é necessário empenho para que esses alunos consigam adquirir e absorver a matéria.

Para tornar o ensino da química mais simples é de suma importância e necessário que haja o uso de experimentos, já que a mesma é uma ciência experimental. Esse papel é do professor que deve incluir esses experimentos para que os ajude e também aos alunos, para que estes possam perceber a necessidade da química, e que também compreendam que, o que lhes são ensinados podem ser usados no seu cotidiano (SILVA e BANDEIRA, 2006).

Muito se fala que no aprendizado da química complementar o ensino dando exemplos do cotidiano faria grande diferença, BUENO et al. (2009) ressalta que, o que tem sido ensinado aos alunos nas aulas de química tem sido insuficiente para eles assimilarem o teórico ao seu cotidiano.

Com a ideia de despertar o interesse nos alunos, houve-se uma proposta de fazer algo diferente, algo que os fizessem se interessar pelo conteúdo que estava sendo dado e ao mesmo tempo que aprendessem, também se divertissem, pois assim o ensino se tornaria mais interessante a eles. Pois como diz BERNADELLI (2004), ao encantar o aluno, o ensino torna-se mais prazeroso conseguindo atrair a atenção e despertar o interesse.

A proposta foi que houvesse após a apresentação teórica do conteúdo, uma oficina com experimentos que os ajudassem a fixar o que foi ministrado na aula teórica, e também o experimento mostraria a eles como a química está relacionada com o dia a dia de cada um, pois como NUNES e ADORNI (2010) ressaltam, o ensino deve estar ligado ao dia a dia dos alunos para que assim eles entendam porque estão a estudar tal coisa.

O objetivo dessa proposta foi, além de mostrar como o cotidiano está diretamente ligado a química, foi também obter resultados sobre o uso de experimentos para o ensino de funções químicas com o intuito de concluir se esse método é satisfatório e ajuda no aprendizado dos alunos.

METODOLOGIA

O trabalho foi realizado em forma de oficina por quatro alunas bolsistas do PIBID (Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência), e apresentado no Colégio Estadual Doutor Pedro Ludovico Teixeira, município de Porto nacional, TO, com estudantes do 9º ano do Ensino Fundamental. O conteúdo trabalhado foi Reações Químicas, onde o mesmo foi dividido em quatro subtemas: Ácidos, Óxidos, Bases e Sais. Cada subtema foi apresentado de duas formas: teórica e prática, com utilização de projetor multimídia para explicação do conteúdo teórico e experimentos práticos para cada subtema com resultados imediatos.

Na explicação teórica, todos alunos do colégio ficaram juntos, mas para o experimento pratico, formamos quatro grupos de aproximadamente sete alunos. Como a oficina foi apresentada por quatro alunas do PIBID, cada uma ficou responsável por apresentar um subtema.  Após a realização da oficina, foi aplicado um questionário para os alunos, como forma de diagnosticar a eficácia do método utilizado para ensino do conteúdo.

O questionário possuía 6 questões de múltipla escolha, cada aluno recebeu um questionário. Para realizar a análise do trabalho, foram aplicados 40 questionários, sendo 20 questionários para 20 alunos que participaram da oficina e 20 questionários para 20 alunos da mesma série que não participaram da oficina, assim poderíamos diagnosticar o quanto a oficina foi relevante.

Experimento ácidos:

Materiais utilizados foram: Balões; garrafas pet, uma colher de sopa, bicarbonato de sódio e vinagre.

Colocou-se duas colheres de sopa de bicarbonato na garrafa, adiciona-se três colheres de sopa de vinagre no balão, logo após prenda a ponta aberta do balão à boca da garrafa, levante o balão para deixar o vinagre cair dentro da garrafa, a mistura irá começar a borbulhar e o balão vai encher-se de gás (dióxido de carbono).

Experimento bases:

Materiais utilizado foram: suco de repolho roxo (1,5L), 10 Copos descartáveis, soda caustica, água sanitária, sabão em pó, bicarbonato de sódio, sal amoníaco, açúcar, leite, detergente, vinagre e limão.