Quimica Geral
Por: AndreLuis1986 • 12/9/2016 • Projeto de pesquisa • 3.999 Palavras (16 Páginas) • 349 Visualizações
Faculdade Salesiana Maria Auxiliadora
Engenharia Química
Disciplina: Química Geral
Titulo:
Prof.: PAULA SCOVINO E VANESSA ALGEMIRO
Aluno: André Luis Rodrigues Alves Reis
Macaé
08/11/2015
RESUMO
No Brasil ainda não existe uma legislação federal específica estabelecendo os critérios de impermeabilização em áreas de armazenamento de líquidos inflamáveis. A Bahia é o único estado que possui uma legislação distinta sobre eficiência de retenção de bacias de contenção, a qual estabelece que tais áreas devem ser providas de diques de contenção devidamente impermeabilizados. Apesar disso, alguns estados têm apresentado recomendações sobre impermeabilização tomando como base a norma brasileira ABNT NBR 17505-2/2006. A NBR 17505-2 especifica que bacias de contenção devem ter coeficiente de permeabilidade máximo de 10-6 cm/s, referenciado à água a 20ºC, ou 10-4 cm/s, referenciado à água a 20ºC, caso possuam canaletas de drenagem. O solo argiloso compactado é o material predominantemente empregado na impermeabilização de bacias de contenção devido à eficiência comprovada na retenção da água e ao baixo custo de implementação. No entanto, estudos têm demonstrado que solos argilosos submetidos à infiltração de compostos orgânicos apresentaram coeficientes de permeabilidade superiores aos obtidos em ensaios com água. Em vista disso, o objetivo geral deste estudo foi avaliar se os critérios estabelecidos pela NBR 17505-2 são suficientes para a tomada de decisão sobre a impermeabilização de bacias de contenção de tanques verticais de armazenamento de produtos, considerando o estudo de caso de cinco terminais. Para isso, foram coletadas 118 amostras de solos dentre 51 bacias de contenção dos cinco terminais. As amostras de solo foram submetidas a ensaios de granulometria e raios-X, e determinação do coeficiente de permeabilidade referenciado à água e aos produtos armazenados nas bacias de contenção. Os ensaios de granulometria demonstraram composição distinta entre os solos dos terminais. A composição mineralógica do solo revelou a predominância dos argilominerais ilita e caulinita, caracterizados como não expansivos. Através dos ensaios de permeabilidade, foi possível constatar a influência da mobilidade do líquido percolado no valor do coeficiente de permeabilidade. A exemplo disso, verificou-se que as amostras permeadas por óleo combustível ou gasóleo, produtos de altíssima viscosidade, apresentaram coeficientes de permeabilidade na ordem de 10-8 cm/s, independente das mesmas apresentarem valores de permeabilidade à água entre as ordens de grandeza 10-7 a 10-3 cm/s. No geral, os resultados revelaram que 52% das bacias de contenção apresentaram o coeficiente de permeabilidade referenciado ao produto maior que o coeficiente de permeabilidade referenciado à água. Logo, este estudo demonstrou que os critérios estabelecidos pela NBR 17505-2 relacionados à impermeabilização de bacias de contenção não oferecem proteção efetiva aos solos e às águas subterrâneas. Com isso, foram propostos novos procedimentos para a avaliação da eficiência de impermeabilização de bacias de contenção, os quais se baseiam na previsão da profundidade de solo contaminado em função do tempo de migração do contaminante, em caso de derramamento. Esse estudo de previsão do cenário concebe uma excelente ferramenta para tomada de decisão no gerenciamento dessas áreas com grande potencial de contaminação, e permite avaliar a eficiência de impermeabilização das bacias de contenção considerando-se as especificidades de cada local.
LISTA DE FIGURAS ..............................................................................................................XI LISTA DE GRAFICO............................................................................................................XIII LISTA DE QUADROS..............................................................................................................
Sumário
1.INTRODUÇÃO....................................................................................................................................1.1CONTEXTUALIZAÇÃO.................................................................................................................... 1.1.2OBJETIVOS.................................................................................................................................. 2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA................................................................................................................ 2.1. REFERÊNCIAS NACIONAIS E INTERNACIONAIS RELACIONADAS À IMPERMEABILIZAÇÃO DE BACIAS DE CONTENÇÕES.................................................................................................................. 2.2.ALTERNATIVAS DE IMPERMEABILIZAÇÃO E SUAS LIMITAÇOES.............................................. 3.BIBLIOGRÁFIA.........................................................................................
LISTA DE FIGURAS
FIGURA 2.1 – Possíveis falhas na impermeabilização em sistemas de contenção: A) Aplicação inadequada da geomembrana, com exposição aos raios solares, podendo resultar em rápida depreciação pela ação do tempo; B e C) Pontos em que as geomembranas não podem conter possíveis vazamentos, como em juntas, conexões e estruturas cravadas no solo; D) Fissuras e juntas de dilatação que podem ser pontos vulneráveis na impermeabilização com concreto.................................................................................................................................14 FIGURA 2.2 – Parque de armazenamento de combustíveis em que são identificados os tanques de armazenamento, os sistemas de contenção primários e os secundários (bacias de contenção delimitadas pelos diques)..........................................................................16
LISTA DE TABELAS
TABELA 2.1 – Normas técnicas que substituem a NBR 7505-1..................................................8 TABELA 2.2 – Coeficiente de permeabilidade máximo...............................................11
1. INTRODUÇÃO
1.1. Contextualização
A indústria petrolífera está no centro do sistema produtivo contemporâneo, uma vez que serviu de base para o desenvolvimento de vários e poderosos setores industriais: automobilístico, aeronáutico, químico, sintéticos, adubos e etc. Além disso, o petróleo ainda é a principal matriz energética em uso (ROSA, 2004). O Brasil produz, armazena, distribui e revende grandes quantidades de petróleo e derivados, sendo uma das principais indústrias do país. A magnitude da indústria do petróleo no Brasil pode ser avaliada por meio dos dados do Anuário Estatístico Brasileiro do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis 2006. Conforme este Anuário (ANP, 2006), as reservas totais brasileiras de petróleo atingiram a marca de 16,1 bilhões de barris e a produção alcançou um volume de 1,7 mil barris por dia em 2005. Das reservas, 91,6% localizamse no mar e 8,4% em jazidas terrestres. Apesar da predominância de reservas marinhas no Brasil, dos 8.002 poços de exploração existentes, 90,9% estão localizados em terra. Para viabilizar a movimentação de petróleo, derivados e etanol no território nacional, o Brasil dispunha, em 2005, de 9 centros coletores de etanol, 53 terminais aquaviários e 27 terrestres. Esses terminais possuem uma capacidade nominal de armazenamento de 11,0 milhões de m3 distribuída em 1.392 tanques, dos quais 24 em centros coletores de etanol, 1.063 em terminais aquaviários e 305 em terrestres. A infra-estrutura dutoviária nacional é composta de 446 dutos destinados à movimentação de petróleo, derivados, gás natural e outros produtos, que somam 15,1 mil km de extensão. O Brasil conta ainda com 551 bases de distribuição e 35.585 postos revendedores de combustíveis automotivos. Devido aos milhões de barris de petróleo e derivados estocados ao longo do país, o potencial de ocorrer vazamentos é muito significativo, e os efeitos destas contaminações podem acarretar impactos ambientais graves, tanto pela magnitude como pela dificuldade de recuperação dos ecossistemas, ameaçando solos, águas subterrâneas, águas superficiais e o ar atmosférico. Segundo Cheremisinoff (1996), uma das principais fontes de contaminação de solos e águas subterrâneas têm sido os vazamentos de tanques de armazenamento de produtos químicos. O Programa Federal UST (Underground Storage Tank), da Agência
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