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Relatorio Sobre Solo e Matéria Orgânica

Por:   •  6/4/2023  •  Relatório de pesquisa  •  2.488 Palavras (10 Páginas)  •  101 Visualizações

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O Solo e a Matéria Orgânica

Alunos (Grupo 6):

Denise Guliato

Maria Eduarda Ribeiro

Mariana de Freitas Santos

Professora: Samara

Uberlândia 2022

  1. Introdução

O solo é uma mistura complexa de sólidos inorgânicos e orgânicos, ar, água, solutos, microrganismos, raízes de plantas e outros tipos de biota (PELINSON, Natália de S.; DIAS, Camila S.; CHAVES, 2021). A Figura 1 apresenta uma composição proporcional do solo em termos de seus principais componentes.

 A matéria orgânica do solo desempenha papel fundamental na natureza, integrada aos processos de ciclagem de nutrientes e sustentabilidade dos sistemas agrícolas. Ela influencia atributos físicos, químicos e biológicos do solo, com reflexo na estabilidade e na produtividade dos agro-ecossistemas. Além disso, é considerada fonte de nutrientes para as plantas e influencia a infiltração, a retenção de água, a estruturação e a susceptibilidade do solo à erosão. Atua também sobre outros atributos, tais como: capacidade de troca de cátions, ciclagem de nutrientes, complexação de elementos tóxicos do solo, estimulação da biota do solo, condicionamento físico do solo, efeito tampão biológico e químico e controle térmico. A ciclagem da matéria orgânica do solo é controlada por taxas de deposição, decomposição e renovação dos resíduos, processos que ocorrem de forma dinâmica. Os diferentes sistemas de manejos adotados nos cultivos agrícolas têm grande influência sobre seus estoques, podendo fazer a matéria diminuir, se manter estável ou aumentar em relação à vegetação nativa.  (DOS REIS, Agnes Caroline 2012).

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Figura 1 – Composição proporcional de um solo bem estruturado. Retirado de (PELINSON, Natália de S.; DIAS, Camila S.; CHAVES, 2021).

  1. A Química do Solo

Em (Addiscott, 1995), citado por (Roscoe, Bodley e Salton, 2006), o solo pode ser entendido como um sistema aberto, onde o fluxo de matéria e energia é controlado por seus processos internos e, sobretudo por suas relações com o meio ambiente conforme mostra a Figura 2.  Sendo um sistema aberto, o solo interage com outros sistemas externos, como as plantas e o clima (atmosfera, energia solar) .  O solo resultante, ao longo de seu processo de formação, é influenciado pela combinação do seguintes fatores: material de origem, clima, topografia, organismos e tempo . O material de origem é a base para a formação da fração mineral do solo, constituída de partículas de diferentes tamanhos contendo uma combinação de minerais primários e secundários (areia, silte, argila). Em solos tropicais a fração argila (minerais secundários) encontrada no solo são: i) silicatadas, pertencendo ao grupo das caulinitas; ii) não silicatadas, contendo óxido de hidróxido de ferro e alumínio. A fração de areia , por outro lado é dominada por minerais primários mais resistentes ao intemperismo como o quartzo. O silte é composto por minerais intermediários.

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Figura 2 – Principais processos e fluxos de energia. Retirada do (Roscoe, Bodley e Salton, 2006).

  1. A matéria Orgânica do Solo

A matéria orgânica do solo (MOS) é considerada como todo material no solo que contém carbono orgânico, incluindo os micro-organismos vivos e mortos, resíduos de plantas e animais em estágios variados de decomposição, a biomassa microbiana, as raízes e a fração mais estável, denominada húmus. A MOS desempenha papel fundamental nas funções do solo, sendo, por  isso, considerada a principal característica indicadora da sua qualidade, por apresentar forte interrelação com quase todas as características físicas, químicas e biológicas do solo, exercendo forte influência na sua capacidade produtiva e, de modo muito intenso, na nutrição das plantas (Primo, Menezes e Silva, 2011).  A quantidade de MOS depende da entrada de material orgânico, da sua taxa de mineralização, da textura do solo e do clima, entre outros fatores (Costa, Silva e Ribeiro, 2103).

 A MOS constitui o maior reservatório de carbono da superfície terrestre e é dinâmico, podendo variar em decorrência de práticas de manejo (Primo, Menezes e Silva, 2011).  São três os mais importantes reservatórios de  MOS (Roscoe, Bodley e Salton, 2006):

  • MOS transitória – composta principalmente por resíduos de plantas e organismos do solo de fácil decomposição e de materiais orgânicos produzidos pela microbiota e raízes (ácidos de baixo peso molecular e polissacarídeos);
  • MOS humificada – composta por materiais recalcitrantes, os quais passaram por um processo intenso de transformação, como os ácidos húmicos e fulgicos, além dos materiais carbonizados;
  • Biomassa – formada pela meso e macrofauna, além da microbiota do solo.

A presença da MOS tem uma relação direta com as condições físicas do solo são, entre elas: a estabilização da temperatura do solo; o aumento da capacidade de retenção de água no solo; melhor estabilidade dos agregados e redução do escoamento de água superficial, diminuindo os riscos de erosão. Quanto maior a quantidade de resíduos orgânicos retornados para o solo, maior a cobertura da superfície do solo e maior a proteção da estrutura do solo contra perturbações naturais e antropogênicas (Costa, Silva e Ribeiro, 2103).

1.3 Degradação do solo

 A perda de MOS representa o ponto de partida para a degradação do solo, influenciando diversos outros atributos, em uma reação em cadeia. Os sistemas convencionais de cultivo, envolvendo aração e gradagem são considerados os de maior poder de degradação, isso porque a perda de MOS ocorre principalmente pelo revolvimento do solo (Roscoe, Bodley e Salton, 2006). O revolvimento do solo introduz oxigênio ao meio, aumentando assim a atividade dos microrganismos e consequentemente a produção de CO2 que retorna para a atmosfera, causando perda de carbono orgânico no solo.

A utilização de práticas sustentáveis como o sistema de integração lavoura pecuária, plantio direto, a utilização de culturas de cobertura, sistemas agroflorestais, a longo prazo, pode aumentar e/ou manter a quantidade e a qualidade da MOS, tendo como consequência a melhoria das propriedades químicas, físicas e biológicas do solo  (Costa, Silva e Ribeiro, 2103) .

 

  1. Objetivos (geral e específicos)

O objetivo desse experimento é obter o teor de carbono orgânico presente em uma amostra de solo. A determinação do carbono orgânico ocorre indiretamente em função da reação do carbono presente nos compostos orgânicos com o dicromato de potássio. Com o volume de dicromato de potássio utilizado na oxidação da matéria orgânica, efetuamos o cálculo do teor de carbono orgânico. Deste modo, determinamos a quantidade de carbono na amostra e identificamos o teor de carbônico orgânico presente no solo.

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