A Ação do Homem Sobre a Natureza
Por: Tataborges • 25/11/2015 • Artigo • 1.646 Palavras (7 Páginas) • 817 Visualizações
A Ação do Homem Sobre a Natureza
O homem adquiriu uma cultura de não se preocupar com a natureza, até que surgem problemas apresentados a ele, esses problemas surgem pelo modo que o homem se relaciona com a natureza.
Sempre nos deparamos com grandes ameaças que o planeta vem sofrendo por ações da interferência direta do ser humano na natureza com finalidade de extrair recursos naturais, matéria-prima e pela conquista de algumas vantagens. (Gonçalves, 2008).
Ao decorrer dos tempos o homem usa a natureza como um meio de tirar recursos para a garantia de sua sobrevivência, ou como meio de tirar recursos da natureza apenas visando seu próprio lucro. Com o aumento de tecnologias usadas para extração de recursos no meio ambiente gerou cada vez mais um conflito na relação homem x natureza.
Portanto as aplicações de tecnologia ultramoderna têm de ser estudadas com muito cuidado, para serem adequadas ao meio ambiente e não tragam mais prejuízo do que benefício à população. (Drew, 1989).
Mas a relação do homem com a natureza nem sempre foi a mesma, no princípio essa relação era mediada por mitos, rituais e magia, pois era tratada como relações divinas. Para cada fenômeno natural havia um deus, uma entidade responsável e organizadora da vida no planeta. O que moderava o comportamento dos seres humanos era o medo da vingança dos deuses, impedindo uma intervenção desastrosa, ou, sem uma justificativa aceitável perante a destruição natural, onde natureza e homem se igualavam. (Gonçalves, 2008).
Posteriormente com a evolução do homem, o mesmo arrancou os deuses da natureza e passou a destruí-la como se ele próprio fosse divino, cheio de poderes absolutos. O desejo sem controle pelo poder e pelo dinheiro, mudou a concepção do homem como parte do natural e assim a natureza começou a perder o seus status de mãe da vida. Tornando assim natureza e homem duas coisas distintas. (Gonçalves, 2008).
Pode se concluir que os homens com suas diferente culturas e tecnologias, modificam o meio ambiente, na medida que desenvolvem diferentes tipos de contatos com a natureza e de organizações sociais e políticas.
Portanto, o termo meio ambiente se refere tanto ao meio natural quanto ao meio social, diferentemente do termo natureza, que na percepção sensorial do homem, refere-se somente ao meio natural. (Albuquerque, 2007).
Temos o costume de nunca nos preocuparmos com a degradação da natureza, esquecendo que a fonte de matéria prima não é infinita. Todos os seres vivos possuem necessidades básicas para sua sobrevivência, e todos, até mesmo o homem buscam supri-las com recursos extraídos da natureza.
Utilizamos esses recursos como se fossem infinitos, como exemplo a água muitos utilizam a água como um recurso infinito, até se deparar com uma crise que o afete diretamente, um racionamento ou até mesmo a falta dela por determinado tempo.
Nossa preocupação também deve estar voltada nos inúmeros modos de produção que o homem vem desenvolvendo ao longo do tempo, devemos nos preocupar em como produzimos e para o que estamos destinando os resultados dessa produção.
Admiramos carros modernos, aparelhos de DVD de última geração e computadores portáteis sem nos conscientizarmos que cada pequeno detalhe que da forma a estes produtos teve que ser utilizado matéria prima e energia retiradas da natureza para construí-los. As teorias econômicas também refletem essa alienação, como se a economia estivesse em um posto acima da natureza. (Albuquerque, 2007).
O Homem tem maior influência na natureza porque não retira dela só o necessário para sua sobrevivência, como os outros seres vivos agem, mas utiliza recursos para satisfazer necessidades que a sociedade desenvolveu ao longo do tempo, necessidades que não são relevantes para sua sobrevivência, mas sim para suprir seus padrões culturais, sociais e de “status”.
Essa junção de fatores faz com que o impacto do homem sobre a natureza seja muito mais intenso do que seria se fosse ocasionado apenas por suas necessidades físicas. Ser socialmente determinada se torna a grande diferença da ação do homem sobre a natureza da ação dos outros animais. Portanto vai variar historicamente de acordo com o modo de produção, a estrutura de classes, as tecnologias disponíveis e a cultura de cada sociedade. (Albuquerque, 2007).
Podemos constatar que provavelmente o homem desejou dominar a natureza a partir do instante em que percebeu que podia decidir a maneira de como ia interferir no meio. Portanto, essa ambição do homem de executar seu poder, dominando plantas, animais, elementos naturais e até mesmo outros homens à sua própria vontade, vem acarretando diversas complicações ao longo da história. Poderíamos até mesmo dizer que a desigualdade social e a crise sócio-ambiental são iniciadas, em sua raiz mais profunda, pela ambição do homem de ser superior e exercer sua própria vontade, sobre o meio ambiente e sobre os outros. (Albuquerque, 2007).
Um fator que também torna tão incerto o futuro do ambiente é a ignorância do homem sobre a ação do mundo a que pertence. (Drew, 1989).
O Homem em Busca da Sustentabilidade
Perante a crise sócio-ambiental podemos perceber que a ação do homem sobre a natureza provocou grandes desastres ambientais que colocam a vida do planeta terra em risco. (Albuquerque, 2007).
Para superarmos esta crise temos que criar uma nova relação do homem com a natureza, buscarmos uma nova direção, indo além da nossa zona de conforto gerado pela sociedade de consumo, e seguirmos a direção da sustentabilidade.
O modo em que o homem vem vivendo buscando sempre praticidade e a comodidade gera a criação de tecnologias que buscam produzir artigos descartáveis, muitas vezes com uma falsa utilidade que não resultam em uma boa utilização e nem uma boa direção para a conservação do meio em que vivemos.
Podemos tomar como exemplo os cascos de vidro de refrigerantes que reutilizávamos várias vezes, foram substituídos por garrafas PET descartáveis, otimizando assim lucros para as empresas de refrigerante, que com essa ação economizavam com o frete. (Albuquerque, 2007).
Atualmente os produtos são fabricados para ter uma vida útil reduzida, tornando-se cada vez mais descartáveis, as empresas estimulam o consumo produzindo produtos que ficarão rapidamente ultrapassados, motivando assim as pessoas a consumir mais e à descartarem os produtos considerados ultrapassados.
Os produtos descartáveis prejudicam a qualidade do meio ambiente das populações que moram perto aos lixões, pois levam centenas ou até mesmo milhares de anos para serem degradados, provocando o surgimento de doenças como a dengue. Além de ocuparem um espaço enorme em aterros sanitários e lixões e representam uma das formas mais exacerbadas de desperdício da matéria e energia retirada da natureza. (Albuquerque, 2007).
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