A Aprendizagem organizacional
Por: Letícia Teles • 15/6/2016 • Trabalho acadêmico • 861 Palavras (4 Páginas) • 257 Visualizações
A Aprendizagem organizacional
Durante muito tempo o modelo taylorista era visto como o mais desenvolvido e adequado às organizações, pois ela era vista como mais eficiente e moderna para a época.
Diversos estudos organizacionais clássicos confirmaram a separação entre a estrutura formal e a informal e o fato de que nem sempre o controle estrito dos operários e a redução da autonomia de decisão levam a maior produtividade.
Argyris, ao estudar as atitudes dos atores sociais possuem rotinas defensivas que impedem a ação de certos procedimentos na prática. Todos os atores confirmaram as limitações de um sistema com base estritamente nos princípios burocráticos. Mais do que isso, diversos estudos mostram que quando as normas são seguidas ao pé da letra o sistema não funciona por falta de flexibilidade. Uma das formas de protesto mais eficazes é a de os empregados seguirem exatamente o que dizem as normas e regulamentos, “trabalhar seguindo exatamente o que está escrito”. O sistema, nesse caso, não funciona.
Apesar dessas descobertas, muitos sistemas organizacionais ainda se baseiam na supervisão direta, no controle burocrático estrito e na redução da autonomia dos indivíduos e, consequentemente, da aprendizagem. Pouco a pouco, porém, o modelo taylorista de administração foi sendo questionado e foram surgindo novos modelos com base na valorização da aprendizagem e de valores como autonomia e flexibilidade e mudança.
A Aprendizagem e o modelo industrial
O modelo industrial baseia-se no tipo ideal de organização mecânica, definida nos anos 60 por meio dos estudos sociotécnicos clássicos. Trata-se do modo taylorista de produção e da aplicação de processos científicos à produção industrial, a qual se baseia na divisão social do trabalho, na fragmentação programada das tarefas e no controle cerrado dos recursos humanos por meio da obediência à regra e da supervisão direta. O funcionário deveria se preocupar em desenvolver outras habilidades além das necessárias ao bom cumprimento de sua função e a obediência às ordens localizadas. Aprender significa ser bom no cumprimento de uma função específica, previamente designada ao empregado por seu superior imediato.
Características do modelo industrial
Separação entre a vida privada e a vida pública
Maior mobilidade social
Divisão do trabalho
Mecanização e automatização do trabalho humano
Aprendizagem de circuito simples.
Aprendizagem e Modelo Pós-industrial
Na verdade, as organizações em aprendizagem são um aperfeiçoamento do tipo ideal orgânico, desenvolvido também a partir de estudos sociotécnicos clássicos em oposição ao modelo mecânico.
Na sociedade pós – industrial, as empresas teriam então interesse real, de ordem financeira, no desenvolvimento da capacidade cognitiva dos seus membros. Os indivíduos teriam devem ter autonomia de ação, o que implica maior liberdade individual. Significa que o individuo tem o dever de discordar e questionar os pressupostos básicos do sistema.
O modelo Pós-Industrial (informacional) e o “Homem que aprende”
No modelo informacional, o homo economicus do modelo industrial é substituído pelo homem que aprende.
Nessa visão o destino do ser humano é evoluir e buscar autonomia de pensamento. O ser humano autônomo é reconhecido como um ser capaz de analisar informações, dar sentido a elas e encontrar soluções, aprendendo com suas experiências se sendo capaz de formular um pensamento próprio. O individuo passa a ser menos vinculado e dependente da organização, em contrapartida assume também a responsabilidade pelos resultados da própria ação.
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