A COMPETÊNCIA DE SER ÉTICO NO ÂMBITO EMPRESARIAL
Por: Luiz Schuster • 14/11/2017 • Projeto de pesquisa • 1.275 Palavras (6 Páginas) • 202 Visualizações
A COMPETENCIA DE SER ÉTICO NO ÂMBITO EMPRESARIAL
INTRODUÇÃO
As competências de ser ético no âmbito empresarial é refletir sobre a ética, moral e a responsabilidade nas empresas, no sentido de motivar as ações. Empresas de todas as partes do mundo estão sujeitas a ética; ela é como se fosse uma lei universal da qual nenhum ser humano pode fugir. A falta de ética pode gerar prejuízo, não somente no presente, mas, no futuro por vir. Pois só o comportamento ético garante a continuidade no âmbito pessoal ou organizacional.
DESENVOLVIMENTO
O estudo da ética, conforme se tem notícia, foi iniciado por filósofos gregos há vinte e cinco séculos, período marcado por grandes autores, dentre os quais um dos mais destacados é Aristóteles.
Para Aristóteles, o comportamento ético resulta do crescimento e da maturidade individual. Pode-se afirmar que há uma relação direta entre a evolução das empresas, a evolução dos seres humanos, a evolução de valores e o surgimento da ética.
A empresa tem sido entendida, doutrinariamente, como uma atividade econômica organizada, exercida profissionalmente pelo empresário, através do estabelecimento. Para um melhor entendimento, empresa é uma organização particular, governamental, ou de economia mista, que produz e oferece bens e/ou serviços, com o objetivo de obter lucros.
Partindo deste conceito, temos uma pista gigante de onde surgem os maiores prejuízos à companhias, desde a pequena até as grandes potências multinacionais. Funcionários mal intencionados, somado à oportunidade de uma falha de um processo administrativo, se apoderam desta brecha para cometer atos ilícitos para obter alguma vantagem ou benefício próprio.
Se na sociedade atual é difícil praticar a ética, dentro de uma corporação ainda é mais difícil, pois é onde o espírito de competição, o individualismo e a visão voltada ao lucro estão mais destacados, além do fator da convivência diária, que é um agravante, pois ao passar do tempo gera desgaste nas relações interpessoais. Por isso, muitos acreditam que a composição "ética empresarial" é contraditória. Partindo desse ponto é que são nomeadas as diferentes manifestações de desvio de conduta dentro de uma empresa, na maioria das vezes derivados do abuso do poder: como o assédio moral, sexual, e coerção, incluindo a que causa mais prejuízos às empresas, as fraudes, como desvio de recursos.
A falta de ética também gera custos altíssimos relacionados ao índice de “turnover” nas organizações, estamos falando do índice de demissões e contratações. Empresas que não possuem uma relação de valores e comportamento organizacional dentro de princípios éticos não retém talentos, ao contrário, demitem acima da taxa natural de rotatividade do mercado. Esta variação gera consequências seríssimas em despesas com folha de pagamento, impostos e em muitos casos ex-funcionários acionam juridicamente a empresa após seu desligamento, atribuindo alguma falta relacionada a assédio moral ou algo do gênero.
Assim como em todas as áreas de atuação, o Executivo de Finanças possui seu próprio Código de Ética, o qual determina que no exercício de suas atribuições e responsabilidades profissionais e pessoais, o profissional deve conduzir seu trabalho com absoluta integridade e honestidade. É imprescindível trabalhar de forma imparcial, equilibrada e justa durante o exercício de atividades que caracterizam a gestão financeira, assim como, assumir responsabilidade total pela execução do trabalho realizado. No exercício da gestão Financeira é importante se manter atualizado com conhecimentos técnicos e possíveis mudanças que possam ocorrer. Sendo assim, o profissional contribui efetivamente para seu aperfeiçoamento pessoal e para o da empresa. Embora nem todos os atos de desvio de conduta profissional estejam relacionados diretamente com a área financeira da organização, todos eles provocam impactos financeiros consideráveis, que são decorrentes de um clima de insegurança e desconfiança entre os funcionários e suas chefias, o que gera baixa produtividade, suspeitas sobre a capacidade de gestão de seus administradores e ainda, no âmbito externo, denigrem a imagem da organização junto ao público consumidor.
O compartilhamento de responsabilidades em favor do bem estar econômico, social e ambiental tem sido crucial para consolidar as bases do desenvolvimento sustentável. Nessa perspectiva, é cada vez mais recorrente a adoção de práticas de gestão responsável para a sustentabilidade pelas empresas, por meio da adesão a normas internacionais, que têm sido criadas para promover a implementação de um sistema de gestão padronizado, orientando organizações de diferentes naturezas rumo à solução dos desafios globais da sustentabilidade. Cunhada em 2010, a Norma Internacional de Responsabilidade Social - ISO 26000 - estabelece diretrizes sobre responsabilidade social empresarial com ênfase na contribuição para o desenvolvimento sustentável. A responsabilidade social conclama todos os setores da sociedade a assumirem a responsabilidade pelos impactos que suas decisões geram na sociedade e meio ambiente. Nesse sentido, os setores produtivos e empresariais ganham um papel particularmente importante, pelo impacto que geram na sociedade e seu poder econômico e sua capacidade de formular estratégias e concretizar ações.
Assim, por meio da definição, existem sete princípios da Responsabilidade Social. Essas normas direcionam os gestores à incorporação de um comportamento empresarial ético ao fornecer orientações:
Accountability: Ato de responsabilizar-se pelas consequências de suas ações e decisões, respondendo pelos seus impactos na sociedade, na economia e no meio ambiente, prestando contas aos órgãos de governança e demais partes interessadas declarando os seus erros e as medidas cabíveis para remediá-los.
Transparência: Fornecer às partes interessadas de forma acessível, clara, compreensível e em prazos adequados todas as informações sobre os fatos que possam afetá-las.
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