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A Construção Social do Conhecimento em Campos Científicos: Análise Institucional e a Configuração de Mundos Pequenos

Por:   •  3/5/2022  •  Trabalho acadêmico  •  2.420 Palavras (10 Páginas)  •  68 Visualizações

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FICHAMENTO

ARTIGO

A Construção Social do Conhecimento em Campos Científicos: Análise Institucional e a Configuração de Mundos Pequenos

REFERÊNCIA

ROSSONI, Luciano; MACHADO-DA-SILVA, C. L. A Construção Social do Conhecimento em Campos Científicos: Análise Institucional e a Configuração de Mundos Pequenos. Rio de Janeiro, 2007. XXXI Encontro da ANPAD.

RESUMO (pg. 1)

Foi abordado por parte dos autores Luciano Rossoni e Clovis L. Machado da Silva (2007) que a finalidade do presente artigo é verificar a estrutura do relacionamento no campo da pesquisa em organizações e estratégia no Brasil condiciona a construção do conhecimento científico nesse campo social, investigando, para isso, diversas fontes diferentes, analisando entre elas a mudança e a evolução da temática com o passar do tempo, apresentando a ideia de pequenos mundos (small worlds), que conecta, por meio de redes, que mesmo não sendo completamente conectada, apresenta uma certa homogeneidade, possibilitando uma conexão entre esses pequenos mundos, por meio da configuração estrutural dos mesmos.

INTRODUÇÃO (pg. 1 e pg.2)

Relações sociais têm papel fundamental na construção de significado. Levando em consideração a perspectiva da sociologia, Leydesdorff (2007), assim como dito pelos autores doa artigo, realça a importância de se entender as relações entre pesquisadores para se compreender a cognoscitividade dos autores de textos científicos. (pg.1)

Assim, relações entre autores correlaciona-se com a produção do conhecimento científico em um campo de conhecimento. (pg. 1)

A perspectiva longitudinal de análise adotada possibilitou verificar a dinâmica das redes de relacionamentos com o desenvolvimento do campo da pesquisa em organizações e estratégia no país. Por sua vez, a abordagem estruturacionista da teoria institucional foi utilizada para compreender a capacidade de agência dos autores e o seu exercício em relação recorrente com a estrutura de relações dos sistemas sociais. Com isso, o campo científico é um sistema social que apresenta “relações reproduzidas entre atores ou coletividades, organizadas como práticas sociais regulares” (Giddens, 1989, p. 20). O que possibilita que o componente estrutural seja analisado como uma ampla rede social.

No estudo feito foram analisadas as trilhas das formas de conduta (que analisou a relação entre os autores) e os métodos para se praticar a ciência. (pg. 1 e pg.2)

QUADRO TEÓRICO DE REFERÊNCIA (pg. 2 e pg.4)

O pressuposto fundamental do fenômeno de mundos pequenos (small worlds) é que os atores presentes numa grande rede podem se conectar a partir de um pequeno número de intermediários (coeficiente de agrupamento), tipicamente seis (Newman, 2004). Diferentemente de redes aleatórias eles apresentam pouca variância na distância média (PL). Coeficiente de agrupamento alto + distancia média pequena = operando em mundos pequenos. (pg. 2)

A dinâmica de small worlds permite que atores isolados atuem reproduzindo as propriedades estruturais presentes nas relações sociais, contradizendo a intuição de que atores podem romper abruptamente com a estrutura social. Tirando assim da ideia dos autores que, tal fato é fundamental para entender a relação entre os níveis micro e macro. Entender a dinâmica local entre pesquisadores possibilita verificar como eles constroem em nível micro o conhecimento científico. No entanto, a ideia de coesão não é suficiente para compreender os mecanismos de geração do conhecimento por parte dos pesquisadores, pois em ambientes de alta densidade de relacionamentos, seu conteúdo torna-se cada vez mais redundante (Kogut e Walker, 2001). E para acrescentar mais certeza a pesquisa tem-se a relação entre laços fortes e coesos (Coleman, 1990) e laços fracos e buracos estruturais, tendo assim os small words como “visão de coesão com a visão de buracos estruturais e laços fracos” (Kogut e Walker, 2001; Uzzi e Spiro, 2005). Tendo como finalidade se esperar que o conhecimento se dê por um sistema auto organizado com a afiliação entre pesquisadores em nível micro repercutindo na estruturação da rede global (nível macro). (pg. 2 e pg. 3)

Porém a essa ideia coloca-se as ressalvas de que (assim como afirma Rossoni e Machado-da-Silva, 2007):

1. não se afirma que a capacidade de agência dos pesquisadores seja equitativa;

2. não se aceita a posição de que o campo científico reflete uma estrutura de classes sociais, pois o campo científico é projetado por todo um corpo cientifico.

Além de entender as configurações dos relacionamentos entre os autores, busca-se compreender como ela se desenvolveu no decorrer do tempo, pressupondo que dois elementos (estrutura de relacionamento e produção científica) influenciam a construção de padrões de relações longitudinalmente. Sob a perspectiva de que os relacionamentos são dinâmicos, procuramos compreendê-los a partir da reconstrução histórica, na qual a simultaneidade e recursividade entre os elementos estão presentes no campo científico (Machado-da-Silva, Fonseca e Crubellate, 2005; Machado-da-Silva, Guarido Filho e Rossoni, 2006). (pg. 3 e pg. 4)

Para isso, algumas distinções devem ser feitas. De acordo com Rossoni e Machado-da-Silva (2007), a primeira é relativa ao que se entende como estrutura social. Por coerência ao arcabouço utilizado no presente estudo, vislumbra-se a estrutura social como virtual, existente somente como traços de memória. Já por estrutura de relações entende-se o conjunto de relações diretas e indiretas desenvolvidas em um momento espaco-temporalmente delimitado que fazem parte do sistema social, aqui visto como campo de pesquisa. Sendo assim, circunscrevendo os autores no campo de pesquisa de organizações e estratégia por meio de suas relações, espera-se entender posteriormente como tais relações estão relacionadas com a produção científica. (Pg. 4)

PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS (pg. 4 e pg. 5)

O presente estudo é

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