A Critica ao Behaviourismo
Por: pngarces • 2/7/2017 • Artigo • 306 Palavras (2 Páginas) • 202 Visualizações
Pessoalmente, o primeiro impulso que sobressalta à mente quando leio as definições acerca do comportamento humano dissecado pelos behavioristas é enquadrar-me a uma das molduras que melhor expresse a minha condição: o ser que analisa ou o ser analisado. O que produz e aquele que domina a produção. Sem mensurar a importância que esta reflexão deve ter no debate, é inevitável conter a frustração ao confrontar a minha crença sobre as potencialidades da existência humana com a aparente redução que o homem faz do próprio: os que não dominam, são recursos. É meio forte e talvez dramático afirmar isto, mas me soa real. Em tom cômico (mas não por isto menos sério), se pode ilustrar esta impressão - subjetiva e pessoal - à experimentos em laboratório com ratos.
Invariavelmente, para concordar ou não com algo em uma teoria - ou até mesmo para sermos críticos ou entusiastas - devemos em primeiro lugar retomar questões antropológicas, talvez uma das mais fundamentais delas que é "o que é o ser humano?". Quando assumo como verdade que todo o ser humano é potencialmente cognitivo e transformador e que sua essência é construída sobre as suas relações com o mundo extrínseco a si mesmo, devo averiguar sobre que bases está edificada a nossa essência; se destas bases irrompem nossos ímpetos - aqueles intimamente atrelados a condição humana - ou se elas ensejam apenas a sobrevivência distante de uma libertação.
O behaviorismo, de uma forma menos cruel que a Teoria Cietífica e de uma forma menos fabulesca que a Escola das Relações Humanas, diferencia implicitamente os seres cujas ações são involuntárias, sujeitas a influência de decisões sempre superiores e àqueles que tem poder de decisão. Assim como todas outras não questiona o que deu luz às disparidades materiais entre os seres humanos, apenas avalia a melhor alternativa para a manutenção deste fenômeno.
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