A ECONOMIA NO GOVERNO TEMER
Por: Fernando Willian Scholz • 7/11/2017 • Trabalho acadêmico • 4.008 Palavras (17 Páginas) • 417 Visualizações
ECONOMIA NO GOVERNO TEMER
Francyane Barbada de Campos Viana; Kelvin Maikon de Souza; Letícia de Oliveira Laia; Scharielle Flores Tigre.
RESUMO
A política brasileira encontra-se em um processo delicado, onde destacam-se: o processo de impeachment, a recessão e as medidas consideradas necessárias para reestabelecer a economia do país. O presente estudo tem como objetivo analisar o processo histórico político que ocasionou a atual situação. Para obtenção da pesquisa foram utilizadas pesquisas bibliográficas, artigos e revistas sobre economia, para evidenciar os fatos. Abordando a política brasileira a partir do governo de Luís Inácio Lula da Silva, até o presente momento em que se encontra na gestão do presidente Michael Temer.
Palavras-chave: Economia; Governo; Política; Recessão.
INTRODUÇÃO
A política brasileira passou pelo segundo processo de impeachment desde 1992 com o governo de Fernando Collor. A situação da atual política é delicada tendo em vista o processo de impeachment que ocorreu no ano de 2016 com a presidente Dilma Rousseff.
Sendo assim o atual governo que está na direção do presidente Michael Temer tem que lidar com desafios, e situações de extrema urgência no que tange a política econômica, que são resultados da recessão que se iniciou no ano de 2014.
A eclosão de crises, financeiras, econômicas e políticas, é uma dura realidade para países que vivem no sistema capitalista, e entre estas, algumas tiveram maior abrangência e fortes impactos, atingindo grande parte da população em escala mundial. O presente artigo foi elaborado, com o objetivo de descrever a economia brasileira, assim como os planos e metas do atual governo.
Para tanto, como base metodológica, foram realizadas pesquisas bibliográficas de caráter exploratório em livros, artigos acadêmicos e notícias em sites específicos.
Desta maneira o artigo apresentará um panorama da política econômica brasileira nos últimos governos até o presente momento, assim como, as propostas governamentais e ações da atual gestão do presidente Michael Temer.
2. ATUALIDADE BRASILEIRA
Os últimos sete anos da política brasileira são marcados de fatos históricos controversos. Isso se deve ao fato de que especificamente se tratando em economia mundial, o mundo passou por uma delicada crise que se iniciou no mercado imobiliário no ano de 2008. A princípio ainda no governo do presidente Lula, o mesmo na época afirmou que esta crise não passaria de “uma marolinha” em nosso país. E utilizou o incentivo ao consumo para assim fazer o mercado fluir e manter as taxas de empregabilidade. (BUENO, p. 444, 2010).
Entretanto ao final do segundo mandato do governo Lula, um novo período se inicia com Dilma Rousseff. Ondes, prioritariamente em sua agenda política estava comtemplada a proposta de redução de juros adotada pelo Banco do Brasil e Caixa Econômica, assim como o discurso da presidente exigindo mudanças dos bancos privados em relação aos juros. (TEXEIRA; PINTO, p. 27, 2012)
As mudanças nas relações entre o sistema financeiro e o Estado brasileiro (política monetária menos ortodoxa com redução mais rápida da SELIC, redução dos juros dos bancos públicos, etc.) ficaram mais claras no governo Dilma e expressam a ruptura da hegemonia do segmento bancário-financeiro no bloco no poder. Isso não significa dizer que esse segmento vai deixar de obter elevadas taxas de lucro, mas sim que (i) ele já não tem a capacidade alcançar os seus objetivos por cima dos outros interesses dos demais segmentos do bloco no poder e fora dele e que (ii) ele tem menor influência na condução do padrão de acumulação brasileiro (TEXEIRA; PINTO, p. 30, 2012)
Todavia no setor privado ocorre uma queda em particular no setor industrial, e consequentemente afetando o crescimento do PIB, que se baseia na soma de toda a produção de bens e serviços. Do consumo privado somado, ao total de investimentos, gastos governamentais, volume de exportações e importações[1]. O ano de 2011segundo economistas ocorre uma reversão no cenário externo, pois devido à crise seus efeitos começam a ser cada vez mais forte, o consumo diminui e o investimento privado passa a ser escasso.
A partir de 2011, entretanto, em meio à reversão do cenário externo, na esteira da crise internacional iniciada em 2008, a economia brasileira entra em rota de desaceleração: taxas de crescimento menores (2,1% a.a. entre 2011-14, ante 4,6% a.a. entre 2007-10), desaceleração do investimento privado e do consumo das famílias (especialmente o apoiado em endividamento), dificuldades de concorrência enfrentadas pela indústria, déficit externo crescente e a estabilização da inflação em nível próximo ao teto da meta do governo (em torno de 6% a.a.) foram alguns dos ingredientes que colocaram em xeque a capacidade de sustentação do padrão de crescimento de 2004-10. (GENTIL; HERMANN, p 02, 2015)
Um fato marcante na gestão da presidente Dilma Rousseff foi que especificamente entre 2011-2014 o consumo do governo[2] aumentou exponencialmente. Esse consumo governamental está diretamente ligado com as despesas com a máquina pública, a assim como salários, e despesas que envolvem a União.
Entre 2011 a 2014 é importante destacar a fase do agravamento da crise mundial em relação ao Euro. Segundo especialistas:
É importante destacar que o período 2011-2014 marca uma fase de agravamento da crise internacional na Zona do Euro. De 2010 a 2013, a média de crescimento mundial diminuiu a cada ano, tendo sido, respectivamente, de 5,2%; 3,9%; 3,2% e 2,9% (FMI, 2015). O baixo dinamismo da economia mundial nesse período, que inevitavelmente enfraqueceria a economia doméstica, recomendando uma política fiscal mais expansiva, de modo a contornar a desaceleração econômica ditada pelo cenário externo. A política fiscal poderia ainda ter contribuído para evitar uma maior deterioração das expectativas, reduzindo a incerteza que contaminava as decisões empresariais de investimento. No entanto, o governo federal fez um movimento oposto ou, no mínimo, ambíguo, especialmente no que tange ao investimento público, como demonstrado na seção. (GENTIL; HERMANN, p.4, 2016)
É imprescindível entender a desvalorização cambial que ocorreu durante o governo de Dilma Rousseff a partir do ano de 2012 onde:
Outro importante eixo de atuação foi a modificação na gestão da política cambial, que passou a adotar bandas não explicitas, buscando desvalorizar nominalmente o real – que passou de R$/US$ 1,58 em julho de 2011 para R$/US$ 2,03 em novembro de 2012 – com o objetivo de reestabelecer a competitividade da indústria de transformação. Cabe observar que essa estratégia de defesa da indústria nacional eliminou a política de valorização cambial que fora, ao longo da década de 2000, o principal instrumento de controle da inflação utilizado pelo Banco Central. (PINTO, p. 22, 2016).
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