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A ECONOMICA BRASILEIRA

Por:   •  4/4/2017  •  Tese  •  983 Palavras (4 Páginas)  •  162 Visualizações

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Quais os grandes entraves para o desenvolvimento econômico do Brasil?

R: Desde o período colonial até 1930, o Brasil centrou sua atividade econômica na produção de produtos primários para exportação. Durante esse período, houve três grandes ciclos de produção no Brasil – o da cana-de-açúcar, o do ouro e o do café – que, ao lado de outros sistemas produtivos de menor expressão, buscaram, no fundamental, suprir o mercado externo. A colonização no Brasil do Século XVI estava ligada fundamentalmente à indústria açucareira. Em sua fase inicial de colonização, Portugal encontrou na produção de cana-de-açúcar no Brasil e a Espanha, na extração de ouro de suas colônias da América do Sul e Central as fontes de riqueza que garantiam a manutenção de seus empreendimentos coloniais. No Brasil, a existência de uma economia de plantation está bastante relacionada com os interesses dos proprietários das melhores terras que lucravam enormemente com as culturas de exportação.

No Brasil, a colônia de exploração prosperou graças ao sucesso comercial da produção da cana-de-açúcar. Essa, talvez, tenha sido uma das principais causas do insucesso na implantação da colônia de povoamento caracterizada pela existência da pequena e média propriedade dedicada ao autoconsumo e /ou ao mercado interno nos moldes da que se instalou nos Estados Unidos. A diferença entre o dispêndio total monetário e o valor das importações traduziria o movimento das reservas monetárias e a entrada líquida de capitais, além do serviço financeiro daqueles fatores de produção de propriedade de pessoas não residentes na colônia. O fluxo de renda se estabelecia, portanto, entre a unidade produtiva, considerada em conjunto, e o exterior. Cabe observar que crescimento significava, nesse caso, ocupação de novas terras e aumento das importações. O seu oposto, a decadência, vinha a ser a redução dos gastos em bens importados e na reposição da força de trabalho (também importada), com diminuição progressiva, mas lenta, no ativo da empresa, que assim minguava sem se transformar estruturalmente.

Nesse período, houve a ocupação pelos holandeses, durante um quarto de século, de grande parte da região produtora de açúcar no Brasil. Durante sua permanência no Brasil, os holandeses adquiriram o conhecimento de todos os aspectos técnicos e organizacionais da indústria açucareira. Esses conhecimentos vão constituir a base para a implantação e desenvolvimento de uma indústria concorrente, de grande escala, na região do Caribe. Na segunda metade do século XVII, quando se desorganizou o mercado do açúcar e teve início a forte concorrência antilhana, os preços do açúcar se reduziram à metade. A economia açucareira do Nordeste do Brasil, que dependia fundamentalmente da procura externa, passou a enfrentar um processo de decadência resistindo por mais de três séculos às mais prolongadas depressões, logrando recuperar-se sempre que permitiam as condições do mercado externo, sem sofrer nenhuma modificação estrutural expressiva. Somente a partir de 1694 começaram a ser descobertas ricas minas de ouro no Brasil. E, algumas décadas depois (1729), também diamantes. A economia mineira no Brasil oferecia possibilidades a pessoas de recursos limitados porque, ao contrário do que ocorria com a exploração da prata no Peru e no México, o metal de aluvião era encontrado depositado no fundo dos rios. A economia mineira abriu um novo ciclo de desenvolvimento para todas elas ao elevar substancialmente a rentabilidade da atividade pecuária, induzindo a uma utilização mais ampla das terras e rebanhos, fazendo com que essas regiões se tornassem interdependentes, especializadas umas na criação, outras na engorda e outras constituindo

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