A “Economia Micro e Macro” de Vasconcellos, “Um breve retrospecto da evolução da teoria econômica
Por: Júlie Costa • 10/10/2019 • Resenha • 1.350 Palavras (6 Páginas) • 429 Visualizações
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE – FURG
INSTITUTO DE CIÊNCIAS ECONÔMICAS, ADMINISTRATIVAS E CONTÁBEIS - ICEAC
TEORIA ECONOMICA
JÚLIE PIRES COSTA – 117174
RESUMO
O trabalho a seguir apresenta de maneira resumida uma explanação do apêndice, do capítulo 1 do livro “Economia Micro e Macro” de Vasconcellos, intitulado “Um breve retrospecto da evolução da teoria econômica”. A baixo as ideias principais do texto original encontram-se sintetizadas, de forma que possamos compreender a teoria econômica desde seu início.
Conforme explicado no texto, o início da teoria econômica, acontece no ano de 1776, quando foi publicada a obra de Adam Smith, A riqueza das nações. Anteriormente podia-se encontrar apenas pequenas referências sobre a teoria econômica. Foi na Grécia Antiga, que encontramos muitas coisas á respeito da economia, destacando-se o trabalho de Xenofonte (440-335 a.C.), que acredita-se ter sido o responsável pelo termo economia (“oikos nomos”). Encontra-se de Platão (427-347 a.C.) e de seu discípulo Aristóteles (384-322 a.C.), alguns escritos de ordem econômica. Roma não deixou nenhum escrito notável na área da economia.
No século XVI, nasce o primeiro conjunto de ideias mais sistematizadas sobre o comportamento econômico: o mercantilismo. Apesar de não representar um conjunto homogêneo, o mercantilismo apresentava preocupações sobre a acumulação de riquezas de uma nação. Continha princípios de como fomentar o comércio exterior e entesourar riquezas.
No século XVIII, a escola de pensamento francesa, fisiocracia, produziu alguns trabalhos de destaque, dividindo a sociedade em classes sociais. Obteve maior destaque o trabalho de François Quesnay, um médico da corte de Madame Pompadour. Ele foi responsável por escrever Tableau economique, dividindo a economia em setores, mostrando a inter-relação entre eles. Sua análise econômica representou grande avanço, e enaltece a relação do homem com a natureza. Os fisiocratas criaram o termo “laissez-faire”, pois não eram partidários da intervenção do Estado na economia, posteriormente o termo se converteria no símbolo das ideias liberais.
Adam Smith é o autor da obra considerada como o primeiro tratado de teoria econômica, em 1776, publicou A riqueza das nações, um estudo sobre questões econômicas que englobam desde aspectos monetá rios e de preços até distribuição do rendimento da terra. Sua contribuição mais conhecida foi a hipótese da mão invisível. Para Adam Smith, todos os agentes, em sua busca de lucrar o máximo, acabam promovendo o bem-estar de toda a comunidade. Adam Smith ainda tem outra importante contribuição à teoria econômica, ao destacar o papel do trabalho humano como fonte de riqueza, introduzindo a noção de produtividade como determinante da riqueza.
A teoria neoclássica tem inicio na década de 1870, com as obras de William Stanley Jevons, Carl Menger e León Walras, e posteriormente seus seguidores, como Eugen Bõhm-Bawerk, Joseph Alois Schumpeter, Vilfredo Pareto, Arthur C. Pigou e Francis Edgeworth. Os aspectos microeconômicos da teoria foram privilegiados neste período, a crença na economia de mercado fez com que não se preocupasse tanto com a política e o planejamento macroeconômicos. Princípios de economia, de Alfred Marshall, foi a obra de maior repercussão neste momento histórico.
Este foi um período onde a formalização da análise econômica evoluiu muito. Analisando profundamente o comportamento do consumidor. O desejo do consumidor de maximizar sua utilidade (satisfação no consumo) e do produtor em maximizar o lucro são a base para a elaboração de um sofisticado aparato teórico. Por meio do estudo de funções ou curvas de utilidade e de produção, considerando restrições de fatores e restrições orçamentárias, é possível deduzir o equilíbrio de mercado. Como o resultado depende basicamente dos conceitos marginais (receita marginal, custo marginal etc.).
A teoria keynesiana tem inicio com a publicação de A teoria geral do emprego, do juro e da moeda, de John Maynard Keynes, na Páscoa de 1936. Muitos autores afirmam que a partir daí iniciou-se a Revolução Keynesiana, devido ao impacto da obra, e que Keynes seria o pai da moderna macroeconomia.
Para entender o impacto que causou a obra de Keynes, é necessário considerar o contexto histórico da época. Neste período a economia mundial atravessava, em 1930, uma recessão prolongada (depressão), e a teoria econômica que estava em vigência acreditava que se tratava de um problema temporário. Neste momento predominavam o liberalismo e a crença de que o mercado sozinho permitiria recuperar o nível de atividade e emprego. A Teoria geral procurou então mostrar por que a combinação das políticas econômicas adotadas não funcionava adequadamente, e apontou para soluções que poderiam tirar o mundo da recessão. A teoria keynesiana foi rica em contribuições para todos os campos da economia, bem como para a ampliação dos horizontes de estudo.
A teoria econômica tem tido muitas críticas e abordagens alternativas. O espectro dessas abordagens é muito amplo e disperso e, evidentemente, é muito heterogêneo. Vasconcellos destaca a contribuição dos marxistas e dos institucionalistas e alguns desenvolvimentos relativamente recentes na área de organização industrial e da macroeconomia.
Os marxistas, por exemplo, têm como fundamentação de seu trabalho a obra de Karl Marx. O marxismo desenvolve uma teoria de valor - trabalho e consegue analisar muitos aspectos da economia com seu referencial teórico. A apropriação do excedente produtivo pode explicar o processo de acumulação e a evolução das relações entre classes sociais. Karl Marx enfatizou muito o aspecto político em seu trabalho, que teve impacto ímpar não só na ciência econômica, como também em outras áreas do conhecimento.
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