A Economia brasileira
Por: flsn01 • 13/2/2016 • Trabalho acadêmico • 1.436 Palavras (6 Páginas) • 332 Visualizações
Resenha
ECONOMIA BRASILEIRA
José Márcio Rego & Rosa Maria Marques (Org.)
O Texto aborda as várias tentativas de estabilização da economia brasileira durante a dé-cada de 80, dentro de um cenário de crise mundial potencializada pela crise do petróleo, da moratória Mexicana, o aumento dos juros externos e, por fim, a necessidade de submissão ao FMI.
Objetivo: apresentar os equívocos e a influência dos setores especulativos na condução dos planos de estabilização econômica.
Principais ideias desenvolvidas:
• Choques externos e desestruturação interna: a recessão de 1981 - 1983
• A crise da dívida externa e a crise fiscal do Estado
• Teoria da inflação inercial e política de estabilização
RESENHA
O artigo relata o percurso da política econômica brasileira desde o inicio da década de 80, no esforço de retomar o crescimento econômico, com investimentos direcionados para os setores de energia, das atividades voltadas para a exportação substituindo os insumos importados de natureza básica, em especial no setor agrícola.
O texto narra de forma clara, alguns aspectos que compunham o contexto da crise econômica brasileira naquele momento, a recessão exponencial, a submissão às metas estabelecidas pelo FMI, e um alto índice de inflação. Consequentemente, a política adotada foi à contenção da demanda agregada e desindexação parcial dos salários - diminuição do poder de compra.
Em outra abordagem, o autor, fala dos efeitos da política ortodoxa empregada, funda-mentado no controle dos gastos públicos, aumento da arrecadação via tributação e na redução da liquidez do crédito, somando-se a isto, o aumento das taxas de juros externos, elementos ideais para uma queda de 10% da já debilitada produção industrial, causando estagflação, face à redução da atividade econômica.
No ano de 1984 houve uma leve recuperação da atividade econômica devido o aumen-to das exportações, derivada da melhora da economia Americana, somado a um modesto incremento na produção agrícola.
O texto também discorre acerca dos embates entre teóricos monetaristas e neoestrutu-ralistas, na tentativa de explicar os fatores mantenedores da inflação (teoria da inflação autônoma ou inercial), trazendo a cena os defensores do chamado choque-heterodoxo - Francisco Lopes, que con-sistia em: Políticas de Renda, controle direto de preços, Bresser e Nakano que defendiam a moeda indexada, sobrevindo de uma reforma monetária.
Por último, o texto sintetiza que vários planos econômicos foram implementados e to-dos foram talhados ao fracasso, seja por falta de credibilidade de opinião pública, seja por pressões de mercado, em razão das altas taxas de juros, tendo vista muito mais interessante o investimento em capitais do que no setor produtivo e por fruto de uma política econômica tímida adotada pelo gover-no.
ECONOMIA E POLÍTICA: REFLEXÕES SOBRE OS GOVERNOS VARGAS, JK E JOÃO GOULART
Fernanda Melchionna e Silva Marcus Vinicius Martins Vianna
O artigo em um breve resumo faz uma análise das características gerais do processo de industrialização do Brasil nos governos de Vargas, JK, João Goulart, interligando os aspectos po-líticos internos e externos em suas implicações diante dos antagônicos interesses das diferentes clas-ses sociais.
Objetivo: Analisar o desenvolvimento do capitalismo do Brasil, correlacionando com o acúmulo de capital existente, e problematiza a questão da dependência externa, de modo sequencial descreve a forma de atuação de cada governo diante dos desafios desenvolvimentistas e o atendimento de expectativas dos aliados, tanto da burguesia conservadora quanto a parcela organizada da classe trabalhadora, representada pelas CGT.
Principais teses desenvolvidas:
• Contexto Internacional
• Nacionalismo Conveniente
• Subdesenvolvimento Industrial
• Governo João Goulart
RESENHA.
O autor mostra a lenta trajetória do processo de industrialização do Brasil, ou melhor, a tardia industrialização brasileira, a partir do pós-guerra, momento de intensa transformação dos países peri-féricos, que neste momento acirram o sentimento antiimperialista.
O autor do texto, segundo Governo Vargas, considera como um nacionalismo conveniente, visto que a industrialização para substituir importações com intuito de produzir bens de consumo duráveis lhe permite fazer a estruturação do mercado nacional. No entanto, era necessário o aperfei-çoamento da infraestrutura com ênfase no setor energético, visando aumentar a capacidade de produ-ção, dos meios de comunicação para agilizar os contatos e, por último, investimentos e transportes como meio de distribuir os produtos nos centros de consumos e levar a matéria-prima nos centros produtores. Sem uma burguesia nacional com capital suficiente, para impulsionar este projeto, Vargas então amplia, de forma significativa a participação do Estado, fundando o BDNE (após BNDES), dá início ao projeto de criação da Petrobrás e da Eletrobrás.
Em contrapartida, as concessões de Vargas durante o Estado Novo lhe valem um apoio de parte significativa dos trabalhadores, colaborando desta forma para uma coalizão hegemonizada pelos setores conservadores da sociedade, representados pelos: Partido Social Democrático - PSD e o PTB representando os trabalhadores.
Com a polarização ideológica formada na outra ponta pela UDN e pelas Forças Armadas, torna a cena política absolutamente hostil ao projeto de Vargas.
Portanto, a segunda fase da industrialização incumbe à JK por meio do plano de metas intitu-lado “50 anos de progresso em 5 anos de realizações”, que envolvia entre outros projetos a mudança do centro de decisões para o Planalto Central, mesmo mediante a um grande endividamento público, a política de JK possibilitou um crescimento considerável da economia brasileira. Sob o ponto político foi marcado pelos acordos partidários, configurando uma ampla base aliada.
O governo de João Goulart por sua vez, que se dá sob a ressaca do
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